Hilda Hilst escreve, em versos da série Da morte. Odes mínimas (publicada, pela primeira vez, em 1980), o porquê de se dedicar à poesia: “Me fiz poeta / Porque à minha volta / Na humana ideia de um deus que não conheço / A ti, morte, minha irmã, / Te vejo”. Cada artista, é certo, tem as suas razões; mas, a despeito de quais sejam as motivações, o dia de hoje, 20 de outubro, homenageia quem, como Hilda, se faz poeta. Para comemorar aqueles que pensam e criam o poético, o site do Itaú Cultural (IC) seleciona conteúdos que dialogam com a data em foco. Confira abaixo.
 

A escritora Hilda Hilst está em um sofá lendo um livro. Na foto preto e branco, ela aparece jovem, de pernas cruzadas e bastante atenta ao que está lendo.
Hilda Hilst | crédito: Instituto Hilda Hilst


>>Ocupações
Até agora, o programa Ocupação Itaú Cultural já se deteve nos legados dos seguintes fazedores de poesia: Manoel de Barros, Conceição Evaristo, Hilda Hilst, Mário de Andrade, Haroldo de Campos e Paulo Leminski.
 

Conceição Evaristo olha diretamente para a câmera. Ela é negra e usa batom e vestido amarelo. O fundo da imagem também é amarelo.
Conceição Evaristo | crédito: Richner Allan/Itaú Cultural


>>Paiol literário
No Paiol literário, podcast do IC voltado para a literatura, destacam-se as conversas com Cida Pedrosa, Marília Garcia e Eucanaã Ferraz.
 


>>Versos
A série Versos traz produções de artistas presentes na coleção de obras de arte do IC. A cada publicação, um escritor é convidado a elaborar um poema inspirado em uma obra do acervo. Leia os trabalhos de Icaro Mello, Carlos Costa e Duanne Ribeiro.
 

>> Encontros com a nova literatura brasileira contemporânea
A série Encontros com a nova literatura brasileira contemporânea conta com textos de escritores da cena literária recente, com uma seleção atenta à produção de todas as regiões do país. No ciclo de agora, a curadoria e a apresentação são da pesquisadora Fabiana Carneiro da Silva. Entre os escolhidos, estão os poetas Thiago Costa, Vãngri Kaingáng e Kika Sena.
 

Na imagem em preto e branco, a poeta está contra uma parede branca com manchas escuras de umidade. Nós a vemos acima do peito, com os braços abertos (a foto os corta no antebraço). Ela tem os cabelos crespos e pretos.
Kika Sena | crédito: Sarah Bicha
Veja também
No canto esquerdo da tela, uma mulher tenta abrir uma porta.

Versos | “Sono afundado”

Duanne Ribeiro escreve inspirado por "After a deep sleep (getting out)", de Rafael França, obra experimental e pioneira da videoarte brasileira