Hugo iniciou sua carreira em 1955, ficou conhecido pelo grande público interpretando personagens notáveis na televisão, como o “malandro carioca”, que se destaca em suas comédias de costumes. Foi ator de mais de 50 filmes. Entre as produções que dirigiu, estão Vai trabalhar, vagabundo (1973), Se segura, malandro (1977), Bar Esperança, o último que fecha (1982), O homem nu (1996), Casa da mãe Joana (2007) e Não se preocupe, nada vai dar certo (2009). Carvana faleceu há oito anos, no dia 4 de outubro, no Rio de Janeiro. 

O ator também foi diretor no cinema nacional, ficou conhecido pelo uso abundante de tomadas externas e em locais públicos, mostrando o trabalhador, o homem simples na sua condição crua, muitas vezes até atuando com eles.

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Um homem e uma mulher aparecem na fachada de uma casa, encostados em uma cerca de madeira. Ele usa bigode espesso e ela tem cabelos loiros e longos.
Hugo Carvana e Odete Lara em O dragão da maldade contra o santo guerreiro, dirigido por Glauber Rocha em 1969 (imagem: divulgação)

Do artista, dirigido por Glauber Rocha, estão disponíveis na plataforma Itaú Cultural Play: Terra em transe (1967), que fala das lutas políticas de Eldorado, um país fictício convulsionado por disputa de poder.

Câncer (1968), que aborda discursos críticos à ditadura, improvisação, humor corrosivo, longos planos-sequência e um roteiro fragmentado fazendo dele uma obra sem concessões, performática e livre.

O dragão da maldade contra o santo guerreiro (1969) – composto a partir de uma fotografia de cores vivas – é um drama que revela o apreço de Glauber pelo faroeste norte-americano, sobretudo no roteiro e na caracterização das personagens.

Há também filmes dirigidos por Ruy Guerra: Os cafajestes (1962) foi lançado em um momento do cinema brasileiro em que as chanchadas dominavam o mercado exibidor; o filme chocou a crítica e o público por suas inovações e disposição para o escândalo.

Os fuzis (1963) foi ganhador do Urso de Prata no Festival de cinema de Berlim; o longa é uma obra-prima do cinema brasileiro moderno. Trágico, desconcertante, formalmente rigoroso, funde as linguagens do documentário e da ficção de forma inovadora e radical.

Assista aos filmes na plataforma de streaming Itaú Cultural Play.

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