O Palco virtual – programação artística do Itaú Cultural (IC), com espetáculos, shows, cenas teatrais, performances, debates e outras atividades, realizada em ambiente on-line – ganha mais uma casa. Além do canal no YouTube e da plataforma Sympla/Zoom, agora a programação passa a integrar a Itaú Cultural Play – streaming gratuito de audiovisual brasileiro.

Confira as cinco obras disponibilizadas. Para assistir, basta realizar o seu cadastro no link itauculturalplay.com.br.

Vaga carne
Grace Passô e Ricardo Alves Jr.

Vaga carne é um campo de jogo entre palavra e movimento, no qual um corpo de mulher vive a urgência de discurso, à procura de suas identidades e de pertencimento. Em sua narrativa, uma voz errante capaz de invadir qualquer matéria sólida, líquida ou gasosa resolve, pela primeira vez, invadir o corpo de uma mulher e, a partir dessa experiência, traça uma jornada de autoconhecimento, descrevendo o que sente, o que finge sentir, o que é insondável em si, o que sua imagem é para o outro que vê e o que significa seu corpo como construção social. A obra é originalmente uma peça de teatro que se tornou audiovisual.

Disponível até 11 de fevereiro de 2023.

Do lado direito de uma cena muito escura, uma mulher é levemente iluminada. Ela está de perfil e tem cabelo crespo.
Vaga carne (imagem: divulgação)

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O Tapajós e As Graças
Nereu Afonso da Silva

A bordo de um barco, a companhia teatral As Graças leva um espetáculo infantil, um cortejo e uma oficina de teatro às comunidades ribeirinhas do Rio Tapajós, no Pará. O filme é o registro dessa experiência artística e humana em que as barreiras entre mundos tão diferentes são quebradas pelo poder da arte. Um documentário de aventura e um elogio ao potencial de comunicação da arte teatral.

Disponível até 11 de agosto de 2022.

Filho homem
Bernardo de Assis

Dentro de um apartamento, um personagem descreve o nascimento de duas crianças: um menino e uma menina. Na maternidade, o primeiro é recebido com orgulho pelo pai. A menina, ao contrário, é acolhida pelo olhar aflito da mãe. Enquanto o menino cresce como homem, a menina não se identifica com as saias que lhe vestem. Este documentário ficcional sobre as diferenças e as proximidades entre dois irmãos aborda temas como transexualidade, amor, violência e descoberta. A obra foi contemplada pelo edital Arte como respiro, do IC, em 2020.

Disponível até 11 de agosto de 2022.

Uma pessoa branca, veste uma camisa preta de manga comprida. Ela tem cabelo curto e barba pretos e usa nos lábios um batom rosa. Com a mão direita ele pressiona os dedos no rosto, esticando o lábio.
Filho homem (imagem: divulgação)

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Para não dançar em segredo
André Vitor Brandão Da Silva

A obra revisita memórias e construções identitárias de gênero do performer André Vitor Brandão, abordando as problemáticas da construção de uma masculinidade hegemônica no sertão. O vídeo – produzido de maneira virtual para a programação Todos os gêneros de 2020 – é um convite à celebração das masculinidades na dança e um desejo de tornar manifesta a pluralidade imanente dos corpos masculinos, sobretudo aqueles que habitam o sertão.

Disponível até 11 de agosto de 2022.

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A gente pode tudo pelo menos por enquanto
Luiz Felipe Fernandes

“Já faz muito tempo que escrevo e reescrevo esta carta pra você. E, mesmo com muito pra dizer, eu vou deixando pra depois. Somos tão iguais e diferentes.” Falada por uma personagem do espetáculo Outros, do Grupo Galpão, essa declaração é a porta de entrada para um mergulho na experiência de criação colaborativa do grupo. A série de seis episódios registra o processo de construção, os ensaios e a estreia nos palcos.

Disponível até 11 de agosto de 2022.

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