Qual é a história da sua maior saudade?

Quando o meu avô paterno se foi, ele se tornou a minha maior saudade. Saudade. Palavra portuguesa bonita cheia de sensações e memórias afetivas. Lembranças do que compartilhamos e do tanto que ainda havia para ser vivido. Saudade também é quando a gente vê alguém nos sonhos e os encontros são leves e fazem você acordar com um sorriso no rosto e o peito aquecido. Saudade, vô.

O que você mais quer agora?

Quero abraçar forte a minha família e os meus amigos e dizer o quanto eu os amo olhando nos olhos; palavras não estão cabendo mais nas mensagens de texto, e telas não estão dando vazão para a saudade.

Como você imagina o amanhã?

O amanhã está meio nebuloso. Como uma água turva, sabe? Às vezes fica um pouco difícil de enxergar a frestinha de luz, mas ela está lá, piscando. Eu acredito, imagino e visualizo o amanhã com esperança e consciência e muito mais presença.

Quem é Bruna Valença?

Bruna é uma fotógrafa e artista visual recifense que se apaixonou pelo universo da imagem aos 14 anos e, desde então, segue imersa na magia que é descobrir trabalhar com o que se ama. Deixou a cidade-casa para ir à caça de novas vivências e trocas na cidade de São Paulo.

Bruna Valença (imagem: Divulgação)

Um Certo Alguém 
Em Um Certo Alguém, coluna mantida pela redação do Itaú Cultural (IC), artistas e agentes de diferentes áreas de expressão são convidados a compartilhar pensamentos e desejos sobre tempos passados, presentes e futuros.

Os textos dos entrevistados são autorais e não refletem as opiniões institucionais.

[Este texto integra uma série de conteúdos pensados pelo Itaú Cultural (IC) para celebrar a Semana da Cultura Nordestina.]

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Imagem mostra a escritora Jarid Arraes. Ela está posando com um fundo acinzentado, usa uma blusa escura com bolinhas brancas e apoia o rosto em uma das mãos. Ela usa óculos, tem cabelos escuros cacheados e está com batom. Jarid também tem algumas tatuagens nos braços.

Jarid Arraes, um certo alguém

“Faço o exercício de não pensar muito no futuro. Viver com a cabeça esticada para o amanhã pode causar uma dor danada”, diz a escritora