Música no Foyer | Fernando Dalcin e Regional
sexta 9 de agosto de 2019
às 21h
[duração aproximada: 60 minutos]
Entrada gratuita [a apresentação será no foyer do Auditório Ibirapuera].
[livre para todos os públicos]
abertura da casa: 90 minutos antes do espetáculo.
Auditório Ibirapuera
Endereço
Avenida Pedro Álvares Cabral, 0, Parque do Ibirapuera – Portão 2, São Paulo/SP
Contatos e informações extras
11 3629 1075
O bandolinista Fernando Dalcin se apresenta no foyer do Auditório Ibirapuera, acompanhado por seu Regional – formado pelos músicos Getúlio Ribeiro, Marcelo Montserrat, Ricardo Cassis e Allan Gaia –, com o espetáculo Jacob do Bandolim – Outras Composições. Os instrumentistas mostram um repertório de clássicos e inéditas desse grande mestre do choro, como “Pra Você”, “Desassossegado”, “Jeitoso” e “Vibrações”.
“O Jacob do Bandolim [1918-1969] morreu muito precocemente, aos 51 anos, e deixou um vasto material para ser gravado”, diz Fernando. “Sou um pesquisador da vida e da obra dele há anos. A primeira vez que alguém [o bandolinista Déo Rian] fez um trabalho de inéditas do Jacob, foi na década de 1980. Mas sobraram composições; pesquisando em rolos de fitas, achei inéditas. A partir desse material, tirei algumas que vamos apresentar agora. Faremos uma mistura de músicas que não são tão conhecidas com outras muito conhecidas, além de algumas inéditas”, fala. “Buscamos uma sonoridade, um jeito mais tradicional de tocar o choro, colocando o coração em primeiro lugar e a técnica a serviço do sentimento.”
Autodidata, o jovem instrumentista conta que começou a se interessar pelo bandolim ainda quando criança (após uma breve passagem pelo cavaquinho, que descobriu ao ouvir “Pedacinho do Céu”, de Waldir Azevedo). Incentivado pelo avô, que o levou pela primeira vez a uma roda de choro, em São Paulo, passou a se dedicar a esse instrumento e a conhecer mais profundamente a obra de Jacob do Bandolim. Segundo Fernando, mais do que um espaço para o encontro entre amigos, a roda de choro é uma verdadeira escola para aqueles que optam pelo caminho da música, em geral, e do choro, em particular.
“Cresci com os meus avós, e o meu passatempo era ficar em casa assistindo à Cultura [canal de televisão], em que passavam muitos programas de música clássica. Também gostava de ouvir LPs”, conta. “Certo dia meu avô me levou para conhecer uma roda de choro em São Paulo. Lá ‘descobri Jacob’ e a sua obra. Fiquei apaixonado pelo instrumento, e as coisas foram acontecendo naturalmente. Comecei a frequentar rodas e shows de profissionais desse gênero [como Hamilton de Holanda, Danilo Brito, Isaías do Bandolim e Milton Mori] e a prestar atenção na forma como os músicos tocavam. Fui olhando, aprendendo, repetindo e tentando me aperfeiçoar, sozinho”, lembra. “A roda de choro é uma grande escola de música e uma grande lição de vida. Se hoje sou um bom instrumentista, é graças à observação desses artistas e à escuta cautelosa de obras deles e de outros grandes mestres do gênero.”
Perguntado sobre a composição de Jacob do Bandolim que mais gosta de tocar, Fernando explica que não existe “a favorita”, mas sim a mais emblemática: “Vibrações”. Segundo ele, quando a toca, parece ser transportado para outro lugar e colocado em contato com outras – e muito boas – vibrações. “Essa é uma das músicas mais emblemáticas do Jacob. É ‘toda coração’, do começo ao fim, e traz uma história interessante. Ele a compôs sem bandolim, numa folha de papel, e só a tocou depois. Marca o último álbum gravado por ele”, fala. “Quando a tocamos, nos remetemos ao sentimento de ouvi-la pela primeira vez. Particularmente, ela me transporta para outro universo, que não sei bem explicar, e, quando acaba, parece que ‘voltei das nuvens’. Ela me tira de sintonia, me faz esquecer do palco, de tudo. A impressão que tenho é que, na hora em que a estou tocando, tudo em volta silencia, de maneira absoluta.”
Música no Foyer | Fernando Dalcin e Regional
sexta 9 de agosto de 2019
às 21h
[duração aproximada: 60 minutos]
Entrada gratuita [a apresentação será no foyer do Auditório Ibirapuera].
[livre para todos os públicos]
abertura da casa: 90 minutos antes do espetáculo.