Nos dias 22 e 23 de novembro, a Cátedra Olavo Setubal de Arte, Cultura e Ciência – uma parceria entre o Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (IEA/USP) e o Itaú Cultural (IC) – apresenta o ciclo de palestras Forjando Palmares, parte do programa de titularidade da escritora Conceição Evaristo. O evento tem programação em dois horários, às 10 e às 15 horas, com transmissão on-line. A proposta dos encontros é discutir as dimensões sociais e políticas do sujeito negro brasileiro e debater as relações raciais no Brasil. Todas as mesas são mediadas por pesquisadores da cátedra.

Em 2022, sob titularidade de Conceição Evaristo, a cátedra busca estudar o conceito de “escrevivência” criado pela escritora, investigar a forma como as classes populares se apropriam da língua portuguesa e, por meio dos pesquisadores, tratar da produção da escrevivência entre os jovens, com destaque para a periferia. Para isso, tem trabalhado com bolsistas, tanto da graduação quanto da pós-graduação, que desenvolvem projetos de pesquisa nessa área ou acompanham as atividades do programa da titularidade.

Confira abaixo os detalhes da programação:

22 de novembro

às 10h

Criação do sujeito afro-brasileiro: entraves e impedimentos de uma nacionalidade 
A mesa aborda as dificuldades para a “cidadanização” do sujeito negro brasileiro, a exclusão dos povos escravizados após a libertação e o bicentenário da Independência.

Participantes: Clélia Prestes, doutora em psicologia social; Muniz Sodré, titular da Cátedra Otavio Frias Filho; e Rosenilton Silva de Oliveira, docente da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (Feusp). Mediação: Blenda Souto Maior Belém e Débora Medeiros de Andrade.

às 15h

Devir negro brasileiro: “É noiz por noiz!”
A segunda mesa do dia investiga epistemologias afrocentradas em criações nas artes plásticas, na música e no desenvolvimento econômico, com o intuito de evidenciar o “fazer negro” que pensa novos mundos.

Participantes: Acauam Oliveira, crítico cultural; Eugenio Lima, diretor de arte e dramaturgo; e Lubi Prates, poeta. Mediação: Cajota Domingues de Jesus, Júlia Batista Bernardes Farias e Viviane Nogueira da Silva.

 

23 de novembro

às 10h

Epistemicídios e encarceramentos: nem um passo atrás
A mesa que abre o segundo dia discute as violências epistêmicas, o desejo de enclausurar o sujeito negro e o papel da mulher negra como alicerce de um pensamento afrodiaspórico.

Participantes: Denise Carrascosa, professora de literatura da Universidade Federal da Bahia (UFBA); e Roberto da Silva, livre-docente da Feusp. Mediação: Carla Maria dos Santos Silva e Georgton Anderson da Silva.

às 15h

Notas de uma sociedade afrodiaspórica: forjando epistemologias
A última mesa do evento discute as relações étnico-raciais no Brasil nas instituições tradicionais, escolas e universidades, entre outros.

Participantes: Bas’Ilele Malomalo, do Instituto de Humanidades e Letras da Unilab; Gislene Aparecida dos Santos, do Grupo de Pesquisa nPeriferias; e Maria Fernanda Novo, pós-doutoranda em filosofia pela USP. Mediação: Brunna Amicio da Silva e Renata Souza Gonçalves.

A transmissão do evento é gratuita e pode ser acessada no dia e horário de cada evento neste link.

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