Devido à grande audiência, as mostras on-line em parceria com o É Tudo Verdade aqui no site foram prorrogadas até o dia 19 de abril. Você pode assistir a duas seleções de filmes que foram destacados ao longo da história do festival de documentários; no total, são nove produções.

A primeira mostra é uma retrospectiva dos primeiros premiados do evento e conta com A Negação do Brasil, Joel Zito Araújo; A Pessoa É para o que Nasce, de Roberto Berliner; Nós que Aqui Estamos por Vós Esperamos, de Marcelo Masagão; e Rocha que Voa, de Erik Rocha. A segunda reúne filmes que exploram aspectos do mundo cinematográfico: Cinemagia, de Alan Oliveira; Cine Mambembe – o Cinema Descobre o Brasil, de Laís Bodanzky e Luiz Bolognesi; Cine São Paulo, de Ricardo Martensen e Felipe Tomazelli; O Homem da Cabine, de Cristiano Burlan; e Quando as Luzes das Marquises se Apagam, de Renato Brandão.

Veja abaixo as sinopses de cada filme e acesse as páginas de visualização. Confira também as outras mostras on-line abertas aqui no site: Metrópole em Construção, com obras que retratam a modernização da cidade de São Paulo; e Eu no Espaço/O Espaço em Mim, que traz longas e curta sobre a influência recíproca entre os indíviduos e os locais que ocupam.

Mostras On-line É Tudo Verdade | Prorrogado
sexta 10 a domingo 19 de abril

[após esse período, os links serão desativados]

Retrospectiva Os Primeiros Premiados

A Negação do Brasil
(Joel Zito Araújo, 2000, 91 minutos)

História das lutas dos atores negros pelo reconhecimento de sua importância na história da telenovela brasileira. O diretor, baseado em suas memórias e em pesquisas, analisa as influências desse gênero de produção audiovisual nos processos de identidade étnica dos afro-brasileiros e nas narrativas oficiais sobre a composição racial brasileira.

A Pessoa É para o que Nasce
(Roberto Berliner, 1999, 6 minutos)

A vida de três irmãs cegas que levam a vida cantando e tocando ganzá – instrumento de percussão usado no samba, entre outros gêneros – na cidade de Campina Grande, na Paraíba. Segundo a sinopse dos produtores, é “um filme sobre o compromisso com a sobrevivência” e sobre “a experiência da vida através da falta”.

Nós que Aqui Estamos por Vós Esperamos
(Marcelo Masagão, 1999, 73 minutos)

Uma antologia audiovisual do século XX, intercalando e sobrepondo imagens de filmes antigos, fotos e reportagens de televisão. O título é uma frase encontrada pelo diretor em um cemitério de Paraibuna, interior de São Paulo; nela se entrelaçam morte e vida, motivos centrais do filme. Saiba mais na Enciclopédia Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras.

Rocha que Voa
(Erik Rocha, 2002, 94 minutos)

A partir da passagem do cineasta Glauber Rocha por Cuba, o filme ambiciona recuperar a ligação entre os principais movimentos cinematográficos latinos dos anos 1960 e 1970: o cinema novo, no Brasil, e o cine revolucionário cubano. Por meio de depoimentos de cineastas e do povo de Havana, revivemos o impacto de Glauber e seus filmes.

Mostra Experiência Cinematográfica

Cinemagia
(Alan Oliveira, 2017, 100 minutos)

A história do surgimento das principais videolocadoras da cidade de São Paulo. Com a participação de fundadores de mais de 20 lojas, funcionários, clientes, vendedores, críticos de cinema e distribuidores, o filme revela os personagens e os acontecimentos que desenvolveram a experiência do “cinema em casa” no Brasil nos últimos 40 anos, celebrando o cinema e as transições de mídia (fitas VHS, DVD, Blu-ray) e destacando o trabalho de profissionais que resistiram às inúmeras transformações do setor.

[livre para todos os públicos]

Cine Mambembe – o Cinema Descobre o Brasil
(Laís Bodanzky e Luiz Bolognesi, 1999, 56 minutos)

De janeiro a agosto de 1997, o casal de cineastas Laís Bodanzky e Luiz Bolognesi viajou pelo interior do Brasil exibindo curtas-metragens brasileiros em praças públicas. Desde São Paulo, passaram por vários estados: Bahia, Alagoas, Pernambuco, Piauí, Maranhão, Tocantins e Pará. Eles documentaram a viagem e entrevistaram pessoas que viam o cinema pela primeira vez ou o reviam após décadas sem acesso.

[classificação indicativa: 10 anos]

Cine São Paulo
(Ricardo Martensen e Felipe Tomazelli, 2017, 78 minutos)

O documentário acompanha o esforço de Seu Chico, proprietário de uma sala de cinema em Dois Córregos, no interior paulista, para reabri-la: o espaço, construído em 1910 e comprado pelo pai de Chico em 1940, no momento do filme está fechado pela Justiça por não cumprir as condições de segurança. Com 72 anos e buscando apoio na família, Chico tenta angariar recursos para reformá-lo.

[livre para todos os públicos]

O Homem da Cabine
(Cristiano Burlan, 2008, 79 minutos)

Um registro da rotina dos projetistas e do microcosmo das salas de projeção. O filme dá a conhecer a prática desses técnicos que, apesar de essenciais para as exibições, passam despercebidos e só são notados quando há falha. Além disso, ele mostra como a transição para o cinema digital põe em risco a permanência da profissão.

[livre para todos os públicos]

Quando as Luzes das Marquises se Apagam
(Renato Brandão, 2018, 87 minutos)

Por meio de material iconográfico e depoimento de especialistas e antigos espectadores, o documentário fala das salas de cinemas das avenidas São João e Ipiranga, no centro de São Paulo. Conhecida como Cinelândia Paulistana, essa área viveu seu auge nas décadas de 1950 e 1960, até adentrar os anos seguintes em um lento declínio que levou a seu desaparecimento.

[livre para todos os públicos]

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