Itaú Cultural
Endereço
Avenida Paulista 149 São Paulo SP 01311 000 [estação Brigadeiro do metrô]
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Mekukradjá é uma palavra de origem caiapó – etnia que ocupa o Mato Grosso e o Pará – e significa “sabedoria”, “transmissão de conhecimentos”. Com esse ideal em perspectiva, de 28 a 30 de setembro ocorre no Itaú Cultural um ciclo de trocas a partir da literatura e do cinema, com debates, filmes, poesia e prosa.
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O evento reúne artistas de 11 estados e 11 etnias – permitindo, assim, dialogar com o que alguns chamam de vários Brasis –, além de pesquisadores. As discussões se organizam em cinco círculos, cinco sessões de conversa. A curadoria é de Daniel Munduruku, Cristino Wapichana, Cristina Flória, Junia Torres e Andrea Tonacci, que também compõem as mesas.
Faces da Oralidade: Escrita e Imagem trata de como as artes do texto e da imagem são usadas pelos indígenas para lidar com a globalização; Escolhas e Fazer Artístico: Subjetividades analisa o que move a produção nessas áreas; Vasos Sagrados: o Feminino na Literatura e no Cinema Indígenas expõe as contribuições literária e audiovisual femininas; Usando a Palavra Certa pra Doutor Não Reclamar: Narrativa no Cinema e na Literatura Indígenas discute processos criativos; por fim, Voando Além: por uma Cosmologia e uma Política Indígenas nas Expressões Culturais fala de políticas culturais e da necessidade de incluir de fato os indígenas na sociedade brasileira.
Os círculos são abertos por apresentações artísticas e tradicionais e contam com exibições de filmes. Entre eles, ocorre um espaço de convivência com exposição de livros e artesanato indígenas.
Participam os escritores Ailton Krenak, Daniel Munduruku, Kaká Werá, Roni Wasiry Guará, Olívio Jekupé, Márcia Wayna Kambeba, Cristino Wapichana, Tiago Hakiy e Eliane Potiguara; e os realizadores Cristina Flória, Isael e Sueli Maxakali, Alberto Alvares, Divino Tserewahú e Patrícia Ferreira Mbya. Não indígenas também fazem parte das mesas: o escritor Maurício Negro, o cineasta Andrea Tonacci e a pesquisadora em linguística Maria Silvia Cintra Martins.
Fecha o evento Olhar: um Ato de Resistência, de Andrea Tonacci. A mesa fala da digitalização de gravações feitas por Tonacci entre 1979 e 1980 – uma série de depoimentos de lideranças indígenas do continente americano. Compõem a discussão os pesquisadores Patrícia Mourão, Junia Torres e Massimo Canevacci, assim como Tonacci e Patrícia Ferreira Mbya.
Olhar: um Ato de Resistência é um dos projetos selecionados pelo Rumos 2013-2014. Leia uma entrevista com os proponentes no blog do Rumos.
Mekukradjá – Círculo de Saberes de Escritores e Realizadores Indígenas
quarta 28 a sexta 30 de setembro
Sala Itaú Cultural (piso térreo) 254 lugares
[distribuição de ingressos
público preferencial: duas horas antes do evento
público não preferencial: uma hora antes do evento]
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Uma Luta a Ser Ouvida: Vozes de Ativistas Indígenas
com Massimo Canevacci, Patrícia Mourão, Patricia Ferreira Mbya, Andrea Tonacci. Mediação Junia Torres
das 19h às 22h
Apresentação do projeto – selecionado pelo Rumos 2013-2014 – de digitalização de parte do acervo do diretor Andrea Tonacci. Antes inacessível por ter sido feito em um suporte hoje obsoleto, o material reúne depoimentos de líderes indígenas de vários locais das Américas, colhidos por Tonacci entre 1979 e 1980.
Serão exibidos a fala de Jimmie Durham, do International Indian Treaty Council, de Nova York, nos Estados Unidos (1979, 30 min); registros de plenárias e comissões do Congresso dos Movimentos Indígenas da América, sediado em Cusco, no Peru (1980, 30 min); e uma gravação com Dona Aurora, de Caieira Velha, cidade do Espírito Santo (1979, 30 min).
Entrada Gratuita
Sala Itaú Cultural (piso térreo) 254 lugares
[distribuição de ingressos
público preferencial: duas horas antes do espetáculo
público não preferencial: uma hora antes do espetáculo]
30/09/2016 SEXTA-FEIRA - 18h às 19h
Intervalo: Espaço de convivência com literatura e artesanato indígenas
das 18h às 19h
Sala Multiúso (piso 2)
Entrada Gratuita
30/09/2016 SEXTA-FEIRA - 15h às 16h45
Círculo Cinco - Voando além: Por uma Cosmologia e uma Política Indígenas nas Expressões Culturais
Abertura: Leitura Poética
com Tiago Hakiy
Mesa de Debate
com Eliane Potiguara, Kaká Werá. Mediação Andrea Tonacci
das 15h às 16h45
Como tornar as culturas indígenas parte do cotidiano da sociedade brasileira? Há políticas sendo aplicadas para fazer com que essas expressões sejam mais presentes? Nesta mesa, ouvimos as vozes de quem está imerso nessas lutas.
Exibição do filme Já Me Transformei em Imagem
com comentários da pesquisadora Junia Torres
2008, 32 min, direção de Yube Hunikuin
A história de um povo indígena: desde os primeiros contatos com os brancos e o cativeiro nos seringais até o trabalho atual com o vídeo. Os depoimentos falam sobre o processo de dispersão, perda e reencontro vivido pelos Hunikuin.
Entrada Gratuita
Sala Itaú Cultural (piso térreo) 254 lugares
[distribuição de ingressos
público preferencial: duas horas antes do espetáculo
público não preferencial: uma hora antes do espetáculo]
29/09/2016 QUINTA-FEIRA - 19h às 20h30
Círculo Quatro - Usando a Palavra Certa pra Doutor Não Reclamar: Narrativa no Cinema e na Literatura Indígenas
Abertura: apresentação musical
com Cristino Wapichana
Mesa de Debate
com Cristino Wapichana, Olívio Jekupé e Isael Maxakali. Mediação: Maria Silvia Cintra Martins
as 19h às 20h30
Na criação indígena, por trás de cada palavra e de cada imagem captada está um desejo subentendido: educar o olhar da sociedade brasileira. Os métodos usados pelos criadores para cumprir essa vontade são os temas desta mesa.
Exibição do filme Tsõ’rehipãri, Sangradouro
om comentários do diretor Divino Tserewahú
2009, 30 min
Em 1957, depois de séculos de resistência e de fuga, um grupo xavante se entregou à missão salesiana de Sangradouro, no Mato Grosso. Hoje rodeados de soja e com acesso a parcos recursos, falam sobre as suas preocupações em meio a todas as mudanças e contradições que vivenciam.
Entrada Gratuita
Sala Itaú Cultural (piso térreo) 254 lugares
[distribuição de ingressos
público preferencial: duas horas antes do espetáculo
público não preferencial: uma hora antes do espetáculo]
29/09/2016 QUINTA-FEIRA - 18h às 19h
Intervalo: Espaço de convivência com literatura e artesanato indígenas
das 18h às 19h
Sala Multiúso (piso 2)
Entrada Gratuita
29/09/2016 QUINTA-FEIRA - 15h às 16h30
Círculo Três - Vasos Sagrados: O Feminino na Literatura e no Cinema Indígenas
Mesa de Debate
com Márcia Kambeba, Patrícia Ferreira Mbya e Sueli Maxakali. Mediação Cristina Flória
das 15h às 16h30
Esta roda de conversa ressalta a fala das mulheres nos universos da literatura e do cinema. Quanto à mulher indígena, a sua contribuição nesses âmbitos é tanto mais relevante porque, nessa cultura, são elas as principais guardiãs dos saberes ancestrais. Alimentam a imaginação de crianças e jovens como as oleiras que dão forma aos vasos que servem aos rituais sagrados.
Exibição do filme Para Reté
com comentários da diretora Patrícia Ferreira Mbya
2015, 40 min
Patrícia Ferreira Mbya documenta o cotidiano de Elsa, sua mãe, na aldeia Koenju, em São Miguel das Missões, no Rio Grande do Sul. O filme abrange não só histórias pessoais, como também religião e o conflito de gerações entre as mulheres embiá-guarani.
Entrada Gratuita
Sala Itaú Cultural (piso térreo) 254 lugares
[distribuição de ingressos
público preferencial: duas horas antes do espetáculo
público não preferencial: uma hora antes do espetáculo]
28/09/2016 QUARTA-FEIRA - 19h às 22h
Círculo Dois - Escolhas e Fazer Artístico: Subjetividades
Abertura: Recital de Poesia
com Márcia Wayna Kambeba
Mesa de Debate
com Eliane Potiguara, Kaká Werá e Divino Tserewahú. Mediação Daniel Munduruku
Quais princípios norteiam as produções cinematográficas e literárias do Brasil de hoje? Qual é o papel do engajamento nesse fazer artístico? Essas e outras questões guiam a roda de conversa.
Exibição do filme Tekowe Nhepyrun – a Origem da Alma
com comentários do diretor Alberto Alvares
2015, 36 min
Os mais velhos da aldeia Yhowy, na cidade de Guaíra, no Paraná, compartilham seu conhecimento sobre a origem do modo de ser guarani.
Entrada Gratuita
Sala Itaú Cultural (piso térreo) 254 lugares
[distribuição de ingressos
público preferencial: duas horas antes do espetáculo
público não preferencial: uma hora antes do espetáculo]
28/09/2016 QUARTA-FEIRA - 18h às 19h
Intervalo: Espaço de convivência com literatura e artesanato indígenas
das 18h às 19h
Sala Multiúso (piso 2)
Entrada Gratuita
28/09/2016 QUARTA-FEIRA - 15h às 16h45
Círculo Um - Faces da Oralidade: Escrita e Imagem
Ritual de Abertura
com Olívio Jekupé e representante do Itaú Cultural
Mesa de Debate
com Daniel Munduruku, Roni Wasiry, Ailton Krenak, Alberto Álvares e Patricia Ferreira Mbya. Mediação: Maurício Negro
Um debate sobre como as culturas indígenas têm acompanhado a globalização por meio da literatura e das artes imagéticas, e sobre como a cultura oral vem se atualizando a partir do uso desses instrumentos.
exibição do filme Kakxop Pit Hãmkoxuk Xop Te Yumugãhã - Iniciação dos Filhos dos Espíritos da Terra
com comentários dos diretores Isael Maxakali e Sueli Maxacali
das 17h às 18h
2015, 40’
Os meninos do povo maxacali, povo autodenominado Tikmu'un, se submetem a um ritual de passagem. Iniciados, podem frequentar o kuxex – a casa dos espíritos –, em que moram os yâmiyxop, grupo de espíritos de ancestrais, animais e vegetais.
Entrada Gratuita
Sala Itaú Cultural (piso térreo) 254 lugares
[distribuição de ingressos
público preferencial: duas horas antes do espetáculo
público não preferencial: uma hora antes do espetáculo]