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Série reflete sobre os 100 anos da “Semana de arte moderna” no site do Itaú Cultural
13/02/2022 - 00:00
Há 100 anos, no dia 13 de fevereiro de 1922, começava a Semana de arte moderna, em São Paulo (SP). De acordo com a Enciclopédia Itaú Cultural, ela foi “a primeira manifestação coletiva pública na história cultural brasileira a favor de um espírito novo e moderno em oposição à cultura e à arte de teor conservador, predominantes no país desde o século XIX”.
![Imagem horizontal com fundo azul claro, e o número 22 em branco apenas no contorno, ocupando toda a altura e largura da imagem. Bem no centro, aparece escrito em preto a frase centenário da Semana de 22.](https://portal-assets.icnetworks.org/uploads/picture/file/108219/resized_745x400px_100_da_Semana_de_22_.jpg)
A fim de refletir sobre esse centenário, chamamos artistas e pensadores para falar sobre o que seria essa semana de oposição ao conservadorismo na arte hoje em dia – 22 em 2022: mais plural, menos centralizado, mais inclusivo? Quem estaria na “turma” dessas pessoas se a Semana de arte moderna acontecesse hoje?
Veja também:
>>Mekukradjá devora a Semana de 1922 e fala de exclusão, arte e ancestralidade
A série Centenário da Semana de 22 estreia em 23 de fevereiro de 2022, dia em que o Itaú Cultural (IC) celebra 35 anos de existência. Ela será mensal, com conteúdo novo na última quarta-feira de cada mês, entre fevereiro e novembro.
No final do ano, o IC encerra a comemoração da efeméride com uma grande exposição presencial sobre o movimento modernista, ocupando os três andares do espaço expositivo da organização. Dividem a curadoria da exposição a pesquisadora e crítica de arte Julia Rebouças; a educadora e pesquisadora Luciara Ribeiro; e Naine Terena, ativista, educadora, artista e pesquisadora indígena do povo Terena. Acompanhe mais detalhes sobre essa programação aqui no site e em nossas redes sociais.
A estreia
O primeiro depoimento da série Centenário da Semana de 22 é da poeta e atriz Luz Ribeiro, para quem o slam é uma das facetas do modernismo. “É um lugar do agora, onde se reúnem corpos com narrativas urgentes, que precisam ser ouvidas, para que a gente consiga projetar novos futuros, tantas outras coisas e possibilidades”, diz. Segundo ela, é modernista o jeito como o slam está posto, os locais nos quais se inauguram essas ágoras – na sua grande maioria, em bares e saídas de metrôs, onde não se imagina que pode haver um polo cultural.
![Mulher negra aparece em frame de vídeo, do ombro pra cima. Ela está usando camisa cinza, argolas prateadas grandes e batom brilhoso, em tom marrom. Seus cabelos estão em um penteado black power.](https://portal-assets.icnetworks.org/uploads/picture/file/108220/resized_22_04.jpg)
Já estão confirmadas na série a escritora e travesti Amara Moira, no mês de março, e a artista visual Heloisa Hariadne, em abril. “Algo que me parece muito crucial é pensar as dissidências, as questões de gênero, raça, orientação sexual”, afirma. “Quando a gente reflete sobre o modernismo de 22, é São Paulo olhando para o Brasil, a branquitude olhando para a negritude, o homem se maravilhando com mulheres estonteantes”, diz Amara em seu depoimento.
Acesse a série completa:
Fevereiro: Luz Ribeiro
Março: Heloisa Hariadne
Abril: Amara Moira
Maio: Ruy Castro
Junho: Vânia Leal
Julho: Indi Gouveia
Agosto: Miguela Moura
Setembro: Manuela Navas
Outubro: Luiza Adas
Novembro: Luciara Ribeiro