Bartolomeu Campos de Queiroz – Paiol Literário – Homenagem
11/12/2020 - 08:00
Neste recorte do Paiol Literário, escritores que já morreram falam sobre a literatura que fazem e sobre a importância dela em suas vidas.
Bartolomeu Campos de Queirós (1944-2012) fala de vida e morte, da necessidade de a escola redescobrir seu papel de construção do indivíduo, de como formar crianças leitoras e de seu início como leitor e escritor, entre outros assuntos.
“O grande patrimônio que temos é a memória. A memória tanto guarda o que a gente viveu como guarda o que a gente sonha. E a literatura é esse espaço onde o que sonhamos encontra o diálogo. Com a literatura, esse mundo sonhado consegue falar”, disse o escritor na ocasião.
Em outros trechos:
“A infância é o lugar que jamais poderei estar a não ser pela fantasia. E a criança está lá em realidade. Às vezes, os adultos, os pais, os professores ou os escritores, se sentem tão ameaçados porque a criança está em um lugar que indiscutivelmente já perdi, irremediavelmente nunca mais poderei estar. Então, começamos a querer trazer essa criança o mais depressa possível para o lugar onde estou. Aí, você começa a assaltar a infância da criança. Tenho muito medo disso.”
“O melhor diálogo que travamos na vida é com o silêncio. Conversar com o silêncio é uma coisa fascinante. Vivemos em uma sociedade em que o silêncio está interditado. As pessoas falam o tempo inteiro. [...] É um mundo que fala o tempo inteiro. Não conversamos com o silêncio. E quando a gente escuta o silêncio a gente tem muita resposta.”
Entrevista realizada em 2011 pelo jornalista, editor e escritor Rogério Pereira.
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ITAÚ CULTURAL
Presidente: Alfredo Setubal
Diretor: Eduardo Saron
Gerente do Núcleo de Audiovisual e Literatura: Claudiney Ferreira
Coordenadora do Núcleo de Audiovisual e Literatura: Kety Fernandes Nassar
Apresentação: Rogério Pereira
Produção audiovisual: Ana Paula Fiorotto
Roteiro: Rosani Madeira (terceirizada)
Som: Tomás Franco (terceirizado)
Locução: Adriana Braga (terceirizada)
Trilha musical: “Sala de leitura”, de Tomás Franco
O Itaú Cultural (IC), em 2019, passou a integrar a Fundação Itaú para Educação e Cultura, com o objetivo de garantir ainda mais perenidade às suas ações e o seu legado no mundo da cultura, ampliando e fortalecendo o seu propósito de inspirar o poder criativo para a transformação das pessoas.