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A edição 33 da Revista Observatório Itaú Cultural traz uma discussão sobre as metodologias de monitoramento e de avaliação de projetos de artes, cultura e educação. Diferentes contextos socioterritoriais nos ajudam a entender que os indicadores não podem ser métricas isoladas na apuração de resultados de projetos e programas que afetam diretamente as vivências e as experiências das pessoas, especialmente quando essas oportunidades garantem o acesso a direitos fundamentais, como a arte, cultura e educação.

No centro do debate, a necessidade latente de que a produção de conhecimento nos campos da economia, da cultura, da educação, da saúde e do trabalho dialoguem profundamente com os diversos modos de vida e cosmovisões, como as que se estruturam a partir da latino-americanidade afro-indígena. Essas nos trazem a possibilidade de enxergar, escutar e sentir os territórios como espaços de práticas coletivizadas demarcadas para o bem viver. Questões dessa importância atravessaram a conversa entre a educadora social Bel Santos Mayer e a professora e pesquisadora María Paulina Soto Labbé, conduzida pela especialista em educação Juliana Yade.

O convite para acompanhar esse encontro propõe um desafio: não desviar o olhar das desigualdades. No entanto, ao nos depararmos com indicadores e dados que mostram uma realidade indesejável, é preciso atentar também para as narrativas e as vozes que emergem nos diversos espaços periféricos, que certamente nos ajudarão, como apontam Maria Carolina Vasconcelos Oliveira e Júlia Fontes em “Ensaios de fruição com o Grupo Magiluth: relato de uma experiência qualitativa de pesquisa-ação de mediação e de criação artística”: “Treinar o olhar para enxergar poesia no cotidiano, nas frestas mais improváveis ou no convívio com o outro é algo que certamente favorece a criação e a fruição artística, mas também desenvolve uma habilidade fundamental para a vida social e política”.

Confira a seguir a conversa:

Episódio 1: Como pensar Indicadores?

Episódio 2 - Metodologias Coletivas versus Individualismo

Episódio 3 - A Educação em transformação

Como citar 

MAYER, Bel Santos; LABBÉ, Maria P. Soto; YADE, Juliana. Uma boa conversa entre Bel Santos Mayer e María Paulina Soto Labbé, conduzida por Juliana Yade. Revista Observatório Itaú Cultural, São Paulo, n. 33, 2022. Doi: https://www.doi.org/10.53343/100521.33-14

 

Bel Santos Mayer é educadora social, com mestrado em turismo pela Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (Each/USP). Atua como coordenadora do Instituto Brasileiro de Estudos e Apoio Comunitário (Ibeac) e cogestora da Rede LiteraSampa. Integra o Grupo de Pesquisa Direitos Humanos, Democracia e Memória do Instituto de Estudos Avançados da USP (IEA/USP).

María Paulina Soto Labbé é pesquisadora, professora, gestora e colaboradora internacional em políticas culturais. Possui doutorado em estudos americanos, com especialização em estudos sociais e políticos pelo Instituto de Estudos Avançados da Universidade de Santiago do Chile (Idea/Usach). Ocupou o cargo de diretora do Departamento de Estudos e Documentação do atual Ministério das Culturas, das Artes e do Patrimônio do Chile, e foi vice-diretora acadêmica e reitora da Universidade das Artes do Equador. Atualmente, é subsecretária de Patrimônio no governo do presidente Gabriel Boric, no Chile.

Juliana Yade é especialista em educação. Possui graduação em pedagogia pelas Faculdades Integradas Campos Salles e mestrado e doutorado em educação pela Universidade Federal do Ceará (UFC), onde atuou também como pesquisadora. Foi professora nos anos iniciais do Ensino Fundamental.