A edição de 2020 da Festa Literária das Periferias, a Flup, é mais um evento cultural a abraçar o universo digital, expandindo seu alcance para um público maior. Em razão do cenário causado pela covid-19, as mesas de debate acontecem na página do Facebook e no canal do YouTube da festa.
“Os festivais estão perdendo uma de suas principais características que é o lugar dos encontros, das trocas, da criação da rede de relações. Por outro lado, estão ganhando um público que nenhum festival do mundo sequer sonhou em ter”, pontua Júlio Ludemir, um dos fundadores da Flup.
Reunindo poetas, escritores, pensadores e comunidade, a Flup 2020 acontece nos dias 29, 30 e 31 de outubro e 1, 6, 7 e 8 de novembro. Nesta edição, a narrativa gira em torno dos corpos vulneráveis – “aqueles que desde sempre são os mais afetados pelas crises, sejam elas sanitárias, econômicas, ambientais, políticas ou mesmo culturais”, diz o programa.
Além das mesas no Rio de Janeiro, há programação em outras seis cidades: Paris, Edimburgo, Madri, Lisboa, Berlim e Joanesburgo. Os painéis internacionais irão repercutir a luta pela vida negra e seus direitos, a partir do episódio de George Floyd.
A programação completa da Flup está disponível aqui.
Homenageadas
Carolina Maria de Jesus e Lélia Gonzalez, representantes do diálogo com as periferias e das questões raciais e de gênero, são as personalidades homenageadas neste ano pela Flup. Elas ganham painéis especiais para suas obras durante a programação.
Quarto de Despejo, obra de Carolina que celebra 60 anos em 2020, ganha um livro com releituras de cerca de 200 mulheres negras.
Já o clico de atividades ao redor da atuação de Lélia Gonzalez joga luz à categoria político-cultural cunhada por ela nos anos 1980: a amefricanidade.
Acompanhe a Flup 2020 e todas as suas ações em seu site oficial.
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