O cantor, compositor e percussionista pernambucano Guitinho da Xambá morreu na última quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021, aos 38 anos de idade. Desde o dia 1º deste mês, o músico estava internado no Hospital Esperança, em Olinda, em tratamento para a síndrome de Cushing.

Guitinho da Xambá era vocalista e compositor do grupo Bongar – criado em 2001 por integrantes do terreiro da nação Xambá, do Quilombo do Portão do Gelo, em Olinda. Aliando a criação artística à resistência cultural e política, o conjunto sempre buscou preservar e divulgar a cultura do seu território. O quinto disco do Bongar, Ogum Iê!, foi lançado em 2017 com o apoio do programa Rumos Itaú Cultural.

Com esse trabalho, Guitinho prestou homenagem ao seu orixá Ogum, uma das 14 divindades do candomblé cultuadas no terreiro Xambá. Clique aqui para saber mais sobre a obra e o grupo.

No depoimento a seguir, o artista comenta o longo percurso trilhado pelo projeto de Ogum Iê! até sua seleção pela edição 2015-2016 do Rumos. “A minha diferença legitima a sua existência”, diz ele, referindo-se ao trabalho desenvolvido pelo Bongar. “Então, eu vou lutar pelo direito de você ser diferente para eu poder existir.”

Em dezembro de 2020, Guitinho também se apresentou no Festival Arte como Respiro. O evento on-line reuniu artistas contemplados pelos editais homônimos lançados pelo Itaú Cultural para apoiar criadores que tiveram sua produção afetada pela pandemia de covid-19.

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