Fernando Barba (Fernando Barbosa Ferraz), músico e criador do Barbatuques, faleceu ontem (4) aos 49 anos, em São Paulo. O artista fundou o grupo em 1995 – Barbatuques vem de batuques do Barba –, em que desenvolveu uma linguagem musical única através dos sons do corpo.

A percussão corporal somada à percussão vocal e ao sapateado, sempre muito ligada à improvisação musical, levou o Barbatuques a ser reconhecido nacional e internacionalmente não só no meio artístico, mas também no campo educacional. O grupo foi selecionado pelo Rumos Itaú Cultural em duas oportunidades: Rumos Música 2004-2005 e Rumos Música Infantil 2010-2012.

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Barbatuques, com Fernando Barba, em 2017. Barba é o segundo agachado, da esquerda para a direita (imagem: divulgação)

“Acho que foi uma opção do grupo, principalmente no corpo do som, trazer a coisa regional brasileira, de cultura popular, porque é muito forte e casa muito bem com essa simplicidade que pode ter na percussão corporal, de você fazer com os elementos que você tem. Em muitas comunidades e nas festividades você já vê o uso do canto aliado às palmas e ao sapateado”, disse Barba em entrevista ao Itaú Cultural (IC) durante a primeira passagem pelo Rumos.

Confira um trecho do show e da entrevista:

No depoimento, Barba também destacou o lado educacional do projeto: “As oficinas são o centro do trabalho, o momento onde Barbatuques não é só um grupo de 14 pessoas que estão tocando num palco, mas, sim, uma linguagem em desenvolvimento”.

Veja também a performance da música "Que Som?", de autoria de João Simão, gravada em agosto de 2011, no Itaú Cultural, durante o Rumos Música Infantil.

Também em 2011, o grupo realizou uma oficina para crianças.

Fernando Barba estava afastado do grupo desde abril de 2017, contudo, o Barbatuques continua na ativa. Saiba mais no site oficial.

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