Faleceu nesse 19 de julho de 2020, aos 71 anos, o curador de arte, pesquisador e professor Arlindo Machado, referência nos temas arte e tecnologia, arte e mídia e audiovisual.

Ao lado de Fernando Cocchiarale, Arlindo foi curador da premiada exposição Waldemar Cordeiro: Fantasia Exata, que, em 2013, reuniu todas as fases de produção de um dos mais importantes artistas concretos e pioneiro da arte eletrônica no Brasil. A mostra do Itaú Cultural (IC) foi considerada pela 57ª edição do Prêmio APCA uma das melhores exposições de artes visuais daquele ano.

No vídeo abaixo, o curador e Giorgio Moscati, parceiro de Waldemar Cordeiro, falam sobre a arteônica do artista. Arlindo também comenta sobre a ideia de criar uma máquina que cria arte.

No IC, Arlindo Machado também participou da segunda edição da bienal de arte e tecnologia Emoção Art.ficial, que de 2002 a 2012 promoveu o total de seis edições. Com o tema “Divergências Tecnológicas”, a Emoção Art.ficial 2.0, ocorrida em 2004, teve Arlindo e Gilbertto Prado como curadores e discutiu o uso das tecnologias em contextos marcados por diferenças sociais, como a glorificação da tecnologia e seu uso privilegiado pela elite cultural.

Saiba mais sobre Emoção Art.ficial no verbete da Enciclopédia Itaú Cultural.

O pesquisador é também autor de diversos livros nos campos da comunicação e do audiovisual, entre eles A Ilusão Especular: Uma Teoria da Fotografia (Brasiliense, 1984), A Arte do Vídeo (Brasiliense, 1988), Pré-cinemas e Pós-cinemas (Papirus, 1997), A Televisão Levada a Sério (Editora do Senac, 2000) e O Sujeito na Tela. Modos de Enunciação no Cinema e no Ciberespaço (Paulus, 2007). Organizou ainda Made in Brasil – Três Décadas do Vídeo Brasileiro (Iluminuras, 2003), obra editada pelo Itaú Cultural.

Arlindo Machado durante debate do evento "Visionários – Audiovisual na América Latina", promovido pelo Itaú Cultural em 2008 (imagem: )
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