“IC Play” apresenta as mostras “Janelas extraordinárias” e “Filmoteca indígena”
çDuas novas mostras estreiam na Itaú Cultural Play: Janelas extraordinárias e Filmoteca indígena. A primeira seleção traz narrativas que flertam com o realismo mágico, obras que levam mitos e sonhos para o cotidiano ou identificam o maravilhoso no trivial. A segunda mostra conta com produções realizadas por cineastas indígenas.
Confira as sinopses sobre cada um dos filmes que compõem essas coleções.
Mostra Janelas extraordinárias
Chacal (2020), de Marja Calafange
[classificação indicativa: 14 anos]
Sufocada por uma inexplicável pulsão de morte, uma senhora idosa abandona seus bens, sua casa e sua família e passa a viver na floresta – até se integrar completamente à natureza.
Chuva é cantoria na aldeia dos mortos (2018), de João Salaviza e Renée Nader Messora
[livre para todos os públicos]
Ihjãc, um jovem da etnia Krahô, da aldeia Pedra Branca (TO), ouve o espírito de seu pai, que lhe convoca para que se torne um xamã. Em negação, Ihjãc foge para a cidade. Distante da sua cultura e da sua ancestralidade, o protagonista, no entanto, sente as consequências da sua decisão.
Egum (2020), de Yuri Costa
[classificação indicativa: 12 anos]
Um jornalista de renome, perturbado pela violenta morte do irmão, volta para casa com o intuito de ajudar a cuidar da mãe, que tem uma doença desconhecida. Uma série de acontecimentos e encontros estranhos envolvendo seu pai o levam a suspeitar e temer que uma tragédia aconteça, novamente, com sua família.
Los silencios (2019), de Beatriz Seigner
[classificação indicativa: 12 anos]
Amparo e seus dois filhos, Núria e Fábio, fogem de um conflito armado e chegam a uma ilha na fronteira entre Brasil, Peru e Colômbia. Enquanto tentam uma nova vida, a família descobre que o lugar tem fama de ser povoado por fantasmas.
Mãtãnãg, a encantada (2019), de Shawara Maxakali e Charles Bicalho
[classificação indicativa: 10 anos]
Conta a mitologia Maxakali que a indígena Mãtãnãg seguiu o espírito do marido, que faleceu por uma picada de cobra, até a aldeia dos mortos. Apesar de ultrapassarem juntos os obstáculos entre os mundos dos vivos e dos mortos, a alma de Mãtãnãg precisa voltar para o terreno. Mas essa não é a última vez em que vivos e mortos se reencontram.
Mormaço (2019), de Marina Meliande
[classificação indicativa: 14 anos]
Às vésperas das Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro, Ana, defensora pública que trabalha em prol de uma comunidade do Rio de Janeiro, começa a apresentar sintomas de uma doença misteriosa enquanto o mormaço toma conta da cidade.
Sem asas (2018), de Renata Martins
[classificação indicativa: 12 anos]
O jovem Zu estuda para uma prova, seu pai começa em um novo emprego e sua mãe faz coxinhas para vender. Um dia, a mãe pede para Zu ir comprar farinha de trigo e o que deveria ser um ato comum acaba impactando a realidade de todos.
Mostra Filmoteca indígena
Bicicletas de Nhanderu (2011), de Patrícia Ferreira Mbya e Ariel Duarte Ortega
[classificação indicativa: 12 anos]
De acordo com a crença dos Mbyá-Guarani, quando cai um raio significa que Tupã enviou uma mensagem de Nhanderú, mostrando-se descontente com as atitudes dos habitantes da aldeia. Todos precisam, então, rever seus conceitos.
Nũhũ Yãgmũ Yõg Hãm – Esta terra é nossa! (2020), de Isael Maxakali, Sueli Maxakali, Carolina Canguçu, Roberto Romero
[classificação indicativa: 10 anos]
Indígenas Tikmũ’ũn narram a história da colonização e da violência do homem branco contra eles e a floresta. A morte dos rios e das matas, a invasão de terras e o extermínio de aldeias inteiras são descritos a partir de uma perspectiva indignada e iluminadora.