“Esperando Godot” entra para o catálogo da Itaú Cultural Play
- apresentação
- programação
Debate sobre o filme Esperando Godot [com interpretação em Libras]
com Zé Celso e Monique Gardenberg
mediação Kil Abreu
quarta 29 de junho de 2022
às 19h
[duração aproximada: 90 minutos]
on-line – YouTube do Itaú Cultural
[livre para todos os públicos]
Clássico de Samuel Beckett, Esperando Godot lida com a incessante espera por um encontro constantemente adiado. Nessa tragicomédia pós-Segunda Guerra Mundial, dois personagens aguardam a chegada de um sujeito talvez chamado Godot, enquanto lidam com conflitos existenciais. O espetáculo – que voltou recentemente aos palcos do Teatro Oficina – ganhou uma versão fílmica que atualiza os conflitos para o contexto pandêmico, com direção de Zé Celso Martinez Corrêa e Monique Gardenberg.
Veja o filme na plataforma de streaming Itaú Cultural Play.
Esperando Godot, o filme, marcou a retomada dos trabalhos do Teatro Oficina naquele momento de suspensão das atividades imposto pela covid-19. Como disse a diretora, tudo aconteceu por acaso e espontaneamente: “No meio do primeiro ano de pandemia, Zé Celso me ligou, era clara sua frustração com a imobilidade, o isolamento e a impossibilidade de trabalhar. Contei a ele que vinha ensaiando e filmando pequenas peças de forma remota ou presencial, com todos os protocolos de segurança. Zé se animou com essa possibilidade e logo lembramos de Godot, que havíamos montado em 2001. Vinte anos depois, a peça ganharia uma nova versão, no Teatro Oficina. O momento era propício, havia uma nova crise mundial”.
E ela acrescenta: “Esperando Godot fala da espera do homem por algo extraordinário que nunca acontece. Estávamos esperando a vacina. O Governo Federal tinha acabado de dispensar a Pfizer, nosso presidente pregava o oposto do que precisávamos para proteger a vida das pessoas. Estávamos no grau máximo do desamparo. Éramos todos Gogô e Didi”.
Gravado no emblemático teatro em São Paulo, o filme oferece ao espectador a possibilidade de penetrar na cena. “As câmeras podiam se aproximar ou se afastar inteiramente dos atores. Reforçar sua solidão ou captar seus breves encantamentos. Estabeleceu-se uma troca muito grande entre as câmeras e os atores; elas estavam vivas, atuando com eles. Nesse sentido, deixou de ser uma peça filmada para virar mesmo um filme. Procurei posicionar as câmeras de forma a servir à encenação do Zé Celso, em todas as suas explorações daquele espaço magnífico criado por Lina Bo Bardi”, diz Gardenberg.
“Às vezes, parava e pensava: ‘Meu Deus! Aqui reunidos, diante dos meus olhos, Zé, Lina e Beckett’.”
Debate com os diretores
Em live especial, às 19h de 29 de junho, os diretores conversam com o jornalista, crítico, curador e pesquisador de teatro Kil Abreu sobre a concepção e a produção do filme, a adaptação da obra para o formato audiovisual e muito mais.
Zé Celso foi homenageado na Ocupação Itaú Cultural em 2009. Navegue pelo conteúdo exclusivo.