O ano de 2022 foi repleto de novidades na IC Play: centenas de novos títulos foram adicionados ao catálogo, entre séries, filmes, shows e entrevistas de diversas regiões do país. A plataforma recebeu a programação de importantes festivais, como o Visões periféricas, o 32º Cine Ceará – festival ibero-americano de cinema, a 21ª mostra de cinema infantil de Florianópolis e o Festival internacional de curtas de São Paulo – curta Kinoforum, além de homenagens a Ozualdo Candeias, Zezé Motta, Tônia Carrero, Denoy de Oliveira e Alice Riff.

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Com o início do novo ano, fizemos uma lista dos dez conteúdos mais vistos na IC Play no ano passado, ainda disponíveis na plataforma. Cadastre-se e não perca!

 

1. Já que ninguém me tira para dançar (2021), de Ana Maria Magalhães
Documentário | 91 min

A vida e a arte de Leila Diniz, um dos maiores mitos femininos brasileiros, são revistas pelo olhar sensível e sagaz de Ana Maria Magalhães. A autenticidade e a liberdade de ser e agir de Leila abriram caminho para a revolução sexual durante os anos sombrios da ditadura militar. A estrela, que brilhou nos anos 1960, deixou um legado que permanece até hoje, 50 anos após a sua trágica morte.

Foto preta e branca mostra Leila Diniz e Ana Maria Magalhães deitadas em uma esteira, recostadas em muitas almofadas. Elas estão sorrindo. Ana Maria usa roupa branca e está segurando uma das almofadas, olhando para Leila, que usa roupa preta.
Ana Maria Magalhães e Leila Diniz em Já que ninguém me tira para dançar (2021) (imagem: divulgação)

 

2. Òrun Àiyé – a criação do mundo (2015), de Jamile Coelho e Cintia Maria
Animação | 12 min

Um avô narra à sua neta a história da criação do mundo e dos seres humanos segundo a mitologia iorubá. Tal como um velho contador, ele apresenta a jornada dos orixás e os conflitos deste episódio de nascimento, no qual homens e mulheres são moldados a partir do barro.

Cena da animação Òrun àiyé
Cena da animação Òrun àiyé (2015) (imagem: divulgação)

 

3. Em busca do espaço cotidiano – Imagens do inconsciente (1986), de Leon Hirszman
Documentário | 80 min

A obra narra a história do pintor Fernando Diniz, homem negro e pobre, filho de costureira. Ora figurativas, ora abstratas, suas obras traduzem um espírito em constante luta contra o caos. Mandalas, peças do cotidiano e complexas construções são as marcas de seus impressionantes desenhos, tapetes e modelagens.

Três homens e uma mulher aparecem sentados, observando uma tela. A foto é em preto e branco, antiga.
Bastidores de Em busca do espaço cotidiano (imagem: divulgação)

 

4. Carandiru (2003), de Hector Babenco
Drama | 148 min

O dia a dia e as experiências de um médico sanitarista no maior presídio da América Latina, o Carandiru, palco de um dos mais terríveis massacres humanitários da história do Brasil. Amor, humor e amizade se somam nesta tocante história da vida no cárcere. Baseado no livro Estação Carandiru, de Drauzio Varella.

Imagem do pátio do antigo presídio do Carandiru. No fundo, diante de uma parece com uma figura de Nossa Senhora Aparecida, há muitos presos sentados. Em primeiro plano, uma fileira de presos está deitada de bruços. Alguns policiais armados estão na área.
Cena do filme de Hector Babenco Carandiru (2003) (imagem: divulgação)

 

5. Carmen Miranda: banana is my business (1994), de Helena Solberg
Documentário | 93 min

Nascida em Portugal e naturalizada brasileira, Carmen Miranda foi uma estrela cintilante que brilhou nos palcos brasileiros e nos musicais hollywoodianos. Seu nome se eternizou na calçada da fama em Los Angeles. Por trás do figurino exótico e da performance, há a história pessoal de uma mulher talentosa e desafiadora.

Fotografia da produção do filme Carmem Miranda: banana is my business, com Letícia Monte interpretando Carmem Miranda. Em primeiro plano uma câmera cinematográfica preta está direcionada à atriz Letícia monte, que está em segundo plano. Letícia é uma mulher branca, de cabelo pretos. A atriz está usando chapéu branco e blusa de mangas compridas brancas. Ao fundo, diversas árvores compõe o cenário
Letícia Monte como Carmem Miranda no filme Carmem Miranda: banana is my business (1994) (imagem: David Meyer)

 

6. Deus e o diabo na terra do Sol (1964), de Glauber Rocha
Drama | 118 min

No sertão nordestino, um vaqueiro miserável mata o patrão. Ele foge com a mulher e é acolhido por um beato negro, de quem se torna um adepto. Insatisfeita, a elite local contrata um matador para dar cabo do santo e de seus fiéis. O casal sobrevive e, na Caatinga, se encontra com o bando do cangaceiro Corisco.

Fotografia em sépia de uma mulher com blusa claro e lenço preto na cabeça séria com pilão grande na mão e um homem ao seu lado com blusa e calça escuras e chapéu. Os dois estão sérios. Ao fundo há uma casa.
Frame do filme Deus e o diabo na terra do sol (1964) (imagem: divulgação)

 

7. Xica da Silva (1976), de Carlos Diegues
Drama | 116 min

O filme narra a história real de Xica da Silva, mulher negra escravizada que ganhou alforria, fama, fortuna e amor nos braços de um representante da Coroa portuguesa na segunda metade do século XVIII, durante o ciclo do ouro em Minas Gerais. Xica da Silva tornou-se a “Rainha do Diamante” e escandalizou a elite branca.

Zezé Motta em Xica da Silva. A atriz usa uma peruca loira e um vestido bufante, das cores vermelho, branco e dourado. Uma outra atriz, também negra, sussurra algo no ouvido dela.
Xica da Silva (1976), de Cacá Diegues (imagem: divulgação)

 

8. Caminho dos gigantes (2016), de Alois Di Leo
Animação | 12 min

Oquirá é uma menina indígena e vive na floresta junto com o seu povo. Certo dia, ela se recusa a participar do ritual de passagem de um ancião e foge para a selva. Nela, Oquirá inicia uma jornada de conhecimento do ciclo da vida, entendendo que os seres humanos e a natureza são uma coisa só.

Frame do curta-metragem de animação Caminho de Gigantes, que mostra um menino índio, atrás de uma árvore, espiando algo no meio da floresta.
Frame da animação Caminho de Gigantes (2016) (imagem: Sinlogo Animation)

 

9. Cidade oculta (1986), de Chico Botelho
Policial | 80 min

Preso por porte de drogas, o marginal Anjo sai da prisão e reencontra um antigo comparsa, hoje chefe de uma gangue. Por intermédio dele, Anjo conhece Shirley Sombra, bandida e estrela de shows noturnos. Enquanto eles se envolvem amorosamente, Ratão, um policial corrupto, vai no encalço de Anjo para um acerto de contas.

Frame do filme Cidade Oculta. A imagem retrata a atriz Carla Camurati interpretando a personagem Shirley Sombra. A personagem é uma mulher branca, de cabelos pretos e veste sutiã preto, luvas longas pretas e batom vermelho.
Frame do filme Cidade Oculta (1986) (imagem: divulgação)

 

10. A felicidade delas (2018), de Carol Rodrigues
Drama | 14 min

Na Avenida Paulista, coração do capitalismo latino-americano, duas mulheres se encontram. É noite de 8 de março, Dia Internacional das Mulheres. Elas se manifestam coletivamente pelo direito de existir, mas o ato é repreendido pela polícia. Entre sirenes e balas de borracha, elas se refugiam num local abandonado.

Frame do filme A felicidade delas. Na imagem, um close das mãos unidas de duas mulheres. A imagem tem uma coloração azulada e é possível ver o quadril de uma das mulheres. Ela veste shorts jeans.
Frame do filme A felicidade delas (2018) (imagem: divulgação)
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