A plataforma de streaming Itaú Cultural Play recebe hoje (2) uma nova leva de curtas e longas-metragens e de animações. Confira as novidades!

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Todos os gêneros, mostra de arte e diversidade

O programa já tradicional do Itaú Cultural, que em 2021 chega à sua oitava edição, abre um novo leque com uma coleção de filmes disponíveis. As obras se juntam – além da mostra e da programação anual – a uma série de vídeos com debates e entrevistas e publicações digitais que propõem uma reflexão sobre temas como identidade de gênero, sexualidade, corpo e afetividade, debatendo como essas experiências plurais se constroem na sociedade.

Ao todo são sete filmes: Beira-mar (2015), de Filipe Matzembacher e Márcio Reolon; Café com leite (2007), de Daniel Ribeiro, Jessy (2013), de Paula Lice, Rodrigo Luna e Ronei Jorge; Lembro-me mais dos corvos (2018), de Gustavo Vinagre; Mademoiselle do rap (2016), de Raphael Gustavo da Silva; Santa Rosa (2015), de João Paulo Palitot; e Selma depois da chuva (2019), de Loli Menezes.

Imagem do filme Café com leite. Foto colorida que mostra um homem e uma criança sentados no sofá. Ele está olhando para o menino, que está segurando um um dispositivo eletrônico encobrindo o seu rosto.
Café com leite é o primeiro filme de Daniel Ribeiro, autor do celebrado Hoje eu quero voltar sozinho (imagem: divulgação)

Por que ver?

Café com leite
Daniel Ribeiro | 2007 | São Paulo

Primeiro filme de Daniel Ribeiro, autor do celebrado Hoje eu quero voltar sozinho. Premiado no Festival de Berlim, o curta se destaca pelo cuidado da direção, que não descamba para os exageros novelescos, e tampouco dilui os significados políticos do roteiro. Um filme maduro que trata de temas espinhosos com serenidade e rigor.

Beira-mar
Filipe Matzembacher e Márcio Reolon | 2015 | Rio Grande do Sul

Premiado no Festival do Rio, o filme descreve um ritual de passagem de dois adolescentes. A história de amizade, tédio juvenil e descoberta da sexualidade é narrada em um cenário de cores desbotadas, por uma câmera muito próxima aos personagens, e nos faz lembrar o cinema de Gus van Sant.

Mademoiselle do rap
Raphael Gustavo da Silva | 2016 | Goiás

Por meio de uma longa entrevista com Lulu Monamour, um dos primeiros cantores de rap assumidamente gay do país, o curta revela os diferentes caminhos que essa expressão musical tão importante vai tomando no Brasil com a chegada de novas vozes e novos discursos.

 

Foto do filme Dossiê Re Bordosa, animação stop-motion. A foto mostra um boneco de massinha, que configura um homem de óculos, com os braços abertos e gesticulando.
Dossiê Re Bordosa, animação stop-motion de Cesar Cabral (imagem: divulgação)

Animações de Cesar Cabral também chegam à plataforma

O premiado diretor de curtas-metragens animados Cesar Cabral ganha uma seleção de trabalhos na Itaú Cultural Play. Especializado na animação stop motion, Cabral foi homenageado por sua trajetória na animação brasileira pelo festival Anima mundi, em 2016. São três curtas disponíveis na plataforma: Dossiê Rê Bordosa (2008), Tempestade (2010) e Giz (2015).

Por que ver?

Dossiê Re Bordosa
Cesar Cabral | 2008 | São Paulo

Vencedor de 70 prêmios dentro e fora do Brasil, este curta é um verdadeiro clássico do cinema de animação brasileiro (para adultos). Paródias e depoimentos animados de Laerte e do próprio Angeli iluminam as maiores contribuições de Rê Bordosa para o mundo – muita libertinagem, avacalhação e desrespeito às normas.

Tempestade
Cesar Cabral | 2010 | São Paulo

Exibido em diversos festivais, entre eles o festival de Annecy, um dos mais importantes eventos de animação no mundo, o filme impressiona pela beleza dos desenhos, extremamente originais, e pelas técnicas utilizadas, que dão uma leitura singular à tradicional história dos náufragos de todas as épocas.

Veja abaixo uma entrevista com o diretor em 2017, durante o Encontros de cinema.

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