Qual é a história da sua maior saudade?
A primeira sou eu pequena, talvez com uns 7 anos. Domingo de manhã, cheiro de comida com pimenta feita pela minha mãe, roupa limpa no varal, LPs do Bob Dylan e do Raul Seixas tocando. É uma das memórias mais vivas da minha infância e eu tinha alguma ideia de que a vida era boa. Se eu fechar os olhos, consigo voltar para lá agora. Minha segunda maior saudade é o mar de Jericoacoara.
O que a emociona no seu dia a dia?
Reler trechos de livros que grifei. Dias de sol em Londres. Gal Costa cantando “Baby”.
Como você se imagina no amanhã?
Quero ser velha, aumentar a lista de clássicos já lidos, ser tão sábia a ponto de parar de me preocupar com besteira, continuar vendendo meus livros com bilhetes escritos à mão, ouvindo música, vendo filmes, reunindo amigos e indo à praia quando der.
Quem é Lorena Portela?
Recomecei a terapia nesta semana para ver se consigo responder perguntas como essa a contento (risos). Por enquanto, a definição que mais uso é “sou autora do romance Primeiro Eu Tive que Morrer”. Mas posso voltar aqui depois de mais algumas sessões?
Um Certo Alguém
Em Um Certo Alguém, coluna mantida pela redação do Itaú Cultural (IC), artistas e agentes de diferentes áreas de expressão são convidados a compartilhar pensamentos e desejos sobre tempos passados, presentes e futuros.
Os textos dos entrevistados são autorais e não refletem as opiniões institucionais.