Qual é a história de sua maior saudade?

A minha maior saudade segue sendo minha avó Lourdes e minha Tia Nice, elas eram grandes entusiastas da minha jornada. Eram apaixonadas por mim e eu por elas. Ambas já foram descansar e eu nem me lembro mais há quanto tempo elas deixaram este plano e este corpo físico. Digo que não lembro porque elas permanecem vivas em todas as minhas escolhas e memórias.

O que a emociona em seu dia a dia?

As minhas plantas. Sempre fui caseira, mas com a pandemia eu pude olhar mais atentamente para as minhas companheiras e perceber o quanto elas se comunicam com a gente, é muito tocante! Cada broto novo que surge, cada folha seca que cai, é uma alegria ou uma tristeza imensa, tenho aprendido muito com elas!

Como você se imagina no amanhã?

Curada! Sei que o momento presente é bastante aterrador, mas ainda assim eu imagino que num amanhã não muito distante todos estarão vacinados e protegidos deste momento horroroso. Imagino um tempo de muita cura para o nosso corpo e para a nossa alma!

Quem é Indira Nascimento?

A Indira é um ser com potencial infinito, dentro de um corpo finito. Uma bela mistura de luz e sombra, um oceano inteiro!

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Retrato colorido vertical da atriz. Ela aparece do peito para cima, o quatro é bem fechado nela. Ela veste uma blusa branca de alcinha, está com um colar dourado rente ao pescoço que dá três voltas, com um batom bordô com brilho, um brinco pequeno e o cabelo preto em um black. Ela é uma mulher negra. Ela olha para a câmera sorrindo de boca fechada.
Indira Nascimento (imagem: Gabriella Maria)

Um Certo Alguém
Em Um Certo Alguém, coluna mantida pela redação do Itaú Cultural (IC), artistas e agentes de diferentes áreas de expressão são convidados a compartilhar pensamentos e desejos sobre tempos passados, presentes e futuros.

Os textos dos entrevistados são autorais e não refletem as opiniões institucionais.

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Fotografia em preto e branco de Beth Beli. A imagem mostra ela em primeiro plano, sorrindo para a câmera. Ela tem a pele negra e veste uma roupa branca, colar de contas e turbante. O fundo está desfocado.

Beth Belisário, um certo alguém

“Imagino continuar sendo dona da minha própria coroa. Coroa essa que já carrego por causa dos meus tambores e das minhas ancestrais!”, diz a percussionista