“Todos os gêneros” 2021: poéticas por encomenda
Entre 4 e 13 de agosto, o site do Itaú Cultural (IC) traz a oitava edição de Todos os gêneros: mostra de arte e diversidade. Focado em questões ligadas à corporalidade, ao gênero e à sexualidade, o evento promove apresentações artísticas, conversas e outras atividades, todas gratuitas e on-line – clique aqui para acessar a programação completa.
Nesta página, o público pode conferir as poéticas por encomenda – cenas de teatro e performance com até 15 minutos de duração e produzidas por diferentes artistas a convite do evento.
Os trabalhos são disponibilizados no dia 4 e ficam em cartaz até 13 de agosto. Confira:
Não recomendado à sociedade
por Lee Brandão
[classificação indicativa: 10 anos]
Com interpretação em Libras e legendas em português:
Com interpretação em Libras, legendas em português e audiodescrição:
Lee Brandão é artista. Iniciou sua carreira aos 5 anos de idade, cantando em igrejas. Por volta dos 17, tornou-se o primeiro instrutor de capoeira PCD (pessoa com deficiência) do Distrito Federal, e na mesma época começou sua trajetória na dança. Passou a ministrar aulas de danças urbanas, atuando como coreógrafo e bailarino para algumas drag queens. Finalmente, com todas essas experiências adquiridas, tornou-se a primeira drag queen PCD do DF.
No primeiro dia
por Castiel Vitorino Brasileiro
[classificação indicativa: 10 anos]
Com interpretação em Libras e legendas em português:
Com interpretação em Libras, legendas em português e audiodescrição:
Castiel Vitorino Brasileiro é artista, escritora e psicóloga formada pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). Atualmente é mestranda no Programa de Psicologia Clínica da Pontifícia Universidade Católica e São Paulo (PUC/SP). Vive a transmutação como um designo inevitável. Assume a cura como um momento perecível de liberdade. Estuda e constrói espiritualidade e ancestralidade interespecífica.
Direção, montagem, som e dança: Castiel Vitorino Brasileiro
Assistente de direção, câmera e finalização: Roger Ghil
Fotografia: Castiel Vitorino Brasileiro e Roger Ghil
Domador de cavalos
por Coral
[classificação indicativa: 12 anos]
Com interpretação em Libras e legendas em português:
Com interpretação em Libras, legendas em português e audiodescrição:
Coral é poeta, intérprete e musicista, que canta e compõe. De Jequié (BA), com mais de 15 anos de carreira na música, hoje mora e trabalha em Belo Horizonte (MG) e é um expoente significativo da cena musical independente, com participação recente em festivais relevantes, como Transborda, Novas trilhas, Luzes da liberdade, Música mundo, Sarará e DDM Barreiro, todos com produção em Belo Horizonte. Em 2020, Coral foi uma das pessoas contempladas pelo edital da Natura Musical. Em cena, Coral recria diversos ritmos, como samba, maracatu, coco, reggae, ijexá, funk, MPB e pop, emoldurando uma poesia engajada e potente a partir de seu lugar de artista e pessoa trans não binária.
Letra: Coral
Composição: Coral
Texto: Coral
Revisão de texto: Camila Mello
Roteiro: Coral e Camila Mello
Produção Coral: Camila Mello e Isadora Mayrink
Produção-executiva: Camila Mello
Produção musical: Thiago Braga
Mixagem e masterização: Thiago Braga
Teclado: Dudu Amendoeira
Baixo: Pedro Fonseca
Zabumba: Bloop (barulhos do mar profundo)
Guitarras, percussão e Hammond: Thiago Braga
Direção: Thiago Nascimento
Direção de arte: Labibe Araújo e Raphaela Honorato
Produção de set: Bárbara Ferreira e Raphaela Honorato
Direção de fotografia: Thiago Nascimento
Drone: Thiago Nascimento
Edição/finalização: Thiago Nascimento
Produtora: Nascimento Filmes
Agradecimentos: Helena Rosén, Cherokee e Ge
Fotos: Apenas um Clique @apenas1clique_
Cerka
por Renna
[classificação indicativa: 12 anos]
Com interpretação em Libras e legendas em português:
Com interpretação em Libras, legendas em português e audiodescrição:
Renna é transartivista, brincante, produtora cultural e arte-educadora. Natural de Desterro (SC), atualmente reside em Buíque (PE). Renna evoca através da performance, da música, da poesia e do audiovisual (re)construir sua ancestralidade travesti. Denúncia, desejos e afetos atravessam seu corpo num ato de reexistir em arte para rennascer em rito.
Concepção e performance: Renna
Direção e roteiro: Renna e Thiago das Mercês
Direção de fotografia e montagem: Felipe Correia
Assistente de fotografia e still: Taylla Alves
Direção de arte: Bianca Feitoza
Captação e trilha sonora: Rafaella Orneles
Projeção: Felipe Correia
Hospedagem e locação: EcoSítio Catimbau (Buíque/PE)
Produção-geral: AMAPÔ Produtora Cultural
Anônima
por Aivan
[classificação indicativa: livre]
Com interpretação em Libras e legendas em português:
Com interpretação em Libras, legendas em português e audiodescrição:
Aivan é uma cantora travesti. Iniciou sua carreira em 1987, em Ouricuri (PE). Com sua primeira banda, Os Geniais, fez diversos shows ao longo dos anos 1990. Em 1999, gravou seu primeiro disco, Aivan. Desde 2016, vive em São Paulo, trabalhando em diversas funções não ligadas à música, como as de cabeleireira e ajudante de padeiro. Desde 2017, atua com o grupo MEXA, coletivo de performance fundado em 2015 por pessoas LGBTQIA+ que, então, viviam em casas de acolhida.
Concepção: Aivan e João Turchi
Intérprete: Aivan
Composição de Vivendo só: Jorge de Altinho e Joaozinho Soares
Produção musical: Bio Riff
Direção de arte: Juliana Bucaretchi
Direção de fotografia: Fabio Audi
Direção de vídeo: Allan & Pat
Edição de vídeo: Bio Riff
Figurino: ÃO
Stylist: Alex Cassimiro
Maquiagem: Rafaella Crepaldi
Cabelo: Eliseu Cabral
Ára
por Laryssa Machada
[classificação indicativa: 10 anos]
Com interpretação em Libras e legendas em português:
Com interpretação em Libras, legendas em português e audiodescrição:
Laryssa Machada é artista visual, fotógrafa e cineasta. Nascida em Porto Alegre (RS), atualmente vive em Salvador (BA). Constrói imagens enquanto rituais de descolonização e novas narrativas de presente/futuro. Estudou jornalismo, ciências sociais e artes; aprendeu um tanto mais com a cadência bonita do samba. Seus trabalhos discutem a construção de imagem sobre LGBTs, indígenas, povo da rua.
Direção, fotografia e montagem: Laryssa Machada
Performance: Laryssa Machada e Eduardo Machado
Áudio: Laryssa Machada e Eduardo Machado
Arte gráfica: João Moxca
E o que tem a ver ostra com guacamole?
por Jéssica Teixeira
[classificação indicativa: 12 anos]
Com interpretação em Libras, legendas em português e audiodescrição:
Jéssica Teixeira é atriz, produtora, diretora e dramaturga. Graduou-se em teatro e fez mestrado em artes na Universidade Federal do Ceará (UFC). Trabalha com as artes da cena desde criança e, atualmente, desenvolve uma pesquisa sobre corpo impossível a partir da investigação sobre seu próprio corpo estranho, matéria-prima para a criação de seu primeiro solo, E.L.A, no qual é atriz, produtora e dramaturga.
Direção, roteiro e atuação: Jéssica Teixeira
Fotografia, edição e legendas: Pedro Henrique
Som direto, trilha original e mixagem: Marcus Au Coelho
Produção executiva: Jéssica Teixeira e Pedro Leão
Produção de set: Aristides de Oliveira Negrin
Consultoria em acessibilidade cultural: Gislana Vale
Interpretação em Libras: ART! em Libras, Vanessa de Assis e Vinícius Scheffer
Projeto gráfico: B. Benedicto
Corpo celeste
por Gionanni Venturini
[classificação indicativa: 12 anos]
Com interpretação em Libras e legendas em português:
Com interpretação em Libras, legendas em português e audiodescrição:
Gionanni Venturini é ator, dramaturgo, roteirista e poeta. Sua carreira teve início nos palcos, onde realizou inúmeras peças com diretores consagrados, como Clarisse Abujamra, Marcelo Romagnolli, Mira Haar e Yara de Novaes. Passou por telenovelas e séries de TV. Apaixonou-se pelo cinema ao participar de longas-metragens como Veneza, de Miguel Falabella, Maior que o mundo, de Beto Marques, e A sogra perfeita, de Cris D’amato. Na literatura, compartilhou com o mundo sua poesia através do livro Anão ser, lançado em 2015 de forma independente pelo selo doburro. Seu espetáculo solo, com mesmo título do livro, reúne poesia, teatro e circo somado a vivências e experiências pessoais do ator/autor, e já percorreu diversos palcos da capital paulista e do interior do estado.
Direção: Giovanni Venturini e Lívea Castro
Roteiro e atuação: Giovanni Venturini
Direção de fotografia, captação de imagens e edição: Lívea Castro
Trilha original: Diego Simón
Edição e mixagem de áudio: Yann Dardenne
Libras: Fabiano Gold
Apoio audiovisual: Nó movimento em rede
Fluido
por Juhx
[classificação indicativa: 16 anos]
Com interpretação em Libras e legendas em português:
Com interpretação em Libras, legendas em português e audiodescrição:
Juhx é trans não binária, gênero fluido, drag queen, artista visual, performer e maquiadora. Natural de Crateús (CE), mora em Teresina (PI). Formanda em artes visuais pela Universidade Federal do Piauí (UFPI), luta pelas causas LGBTQIA+ e contra a gordofobia por meio das poéticas visuais.
Performer: Juhx
Editor: Alefone
Trilha sonora: Douke
Câmera: Juliana Zalc
Fotografia: Juliana Zalc e Juhx
Roteiro, produção e direção de arte: Juhx
Montagem: Alefone
Técnicos de som: Alefone e Douke
Figurino e maquiagem: Juhx
Colorista: João Barreto
Corpo sem juízo
por Jup do Bairro
[classificação indicativa: 14 anos]
Com interpretação em Libras e legendas em português:
Com interpretação em Libras, legendas em português e audiodescrição:
Jup do Bairro é multiartista. Em 2007, encontrou nas artes a possibilidade de externar suas vivências. Na música, integrou por cerca de três anos a banda da também multiartista Linn da Quebrada, como sua parceira musical e performer, e colaborou na criação do álbum Pajubá (2017). Simultaneamente, criou o projeto BAD DO BAIRRO, ao lado da produtora musical e DJ BadSista. Trabalho de estreia da carreira solo da cantora, o EP Corpo sem juízo (2020) foi sucesso de público e crítica, rendendo para Jup os prêmios Multishow e APCA na categoria Revelação do Ano. Na televisão, Jup conduz com Linn da Quebrada o programa de entrevistas TransMissão, no Canal Brasil.
Interflúvios
por Emerson Pontes
[classificação indicativa: 12 anos]
Com interpretação em Libras e legendas em português:
Com interpretação em Libras, legendas em português e audiodescrição:
Emerson Pontes é um artista visual indígena. Formado em biologia e mestre em ecologia, parte também da arte-educação em comunidades de beira de rios. Reside em Manaus (AM), território industrial no meio da Amazônia Central, onde se transforma para viver Uýra, uma manifestação em carne de bicho e planta que se move para exposição e cura de doenças sistêmicas coloniais. Através de elementos orgânicos, utilizando o corpo como suporte, encarna essa árvore que anda e atravessa suas falas em fotoperformance e performance. Ele se interessa pelos sistemas vivos e suas violações, e, a partir da ótica da diversidade, da dissidência, do funcionamento e da adaptação, reconta histórias naturais, de encantaria e atravessamentos existentes na paisagem floresta-cidade.
Registro audiovisual: Emerson Pontes
Performer: Uýra
The Lady Macbeth
por Fernanda Silva
[classificação indicativa: 12 anos]
Com interpretação em Libras e legendas em português:
Com interpretação em Libras, legendas em português e audiodescrição:
Fernanda Silva é atriz, diretora e dramaturga. Nasceu na cidade de Parnaíba (PI), em 1977, no Nordeste de um Brasil que ainda vivia uma ditadura militar. Passou a infância vendo o surgimento de uma nova república e, no seu quintal, um circo do tipo “tomara que não chova”, liderado por seus irmãos mais velhos. Entre palhaços, mágicos e malabaristas, sua resiliência foi formada repleta de ludicidade e fantasia. Em 1994, criou o Grupo de Teatro Metáfora e, em 2005, o Espaço Cultural Metáfora. É uma mulher trans que faz da pele que habita campo de luta e poder contra a violência aos dissidentes de gênero, fazendo da estética de viver uma estética de resistência.
Realização: Grupo de Teatro Metáfora
Coprodução: Wilena Weronez
Criação: Pedro Belo e Fernanda Silva
Performance: Fernanda Silva
Imagens e edição: Salatiel Gonçalves
Fotografia: Helder Fontenele