Classificação indicativa: 14 anos
 

A oficina Caboclinho, ancestralidade e ritual no corpo contemporâneo, com Iara Campos e Iris Campos, acontece no Itaú Cultural (IC) nos dias 25 e 26 de junho. O objetivo é proporcionar uma vivência de caboclinho a partir das ritualidades criadas para o espetáculo Arreia.

Guerra, baião, perré e macumba são os ritmos dessa brincadeira que trazem as narrativas dos povos originários em sua construção. Suas loas fazem referência às batalhas dos povos indígenas contra o invasor, aos festejos das aldeias e à ligação entre a espiritualidade e as forças da natureza.

A preparação do corpo para a luta (guerra), o festejo como identidade (baião), o chão como ponte para o divino (perré), a fumaça e as plantas de poder como conexão espiritual (macumba) são a temática de movimento e experimentação da oficina, que tem como principal referência o corpo brincador do Caboclinho 7 Flexas do Recife, agremiação de que as artistas fazem parte há 18 anos.

Assuntos abordados

Em média, a carga horária da vivência será de seis horas, divididas em duas aulas de três horas cada uma. Na primeira parte, serão apresentadas abordagens sobre guerra e baião. Guerra é o ritmo que representa as lutas dos guerreiros indígenas contra o invasor e que apresenta uma dança forte, veloz e marcada pelo som dos arcos e gritos de guerra que convocam todos os brincadores para um estado de corpo presente, combativo e alerta. Já o baião é a dança dos festejos dentro do caboclinho. Seus movimentos simbolizam a alegria e a celebração das aldeias, casamentos, ritos de passagem e interação entre as etnias.

Na segunda aula, a abordagem gira em torno do perré e da macumba, ritmos do caboclinho que se conectam com a espiritualidade. Neste caso, os passos são aterrados, batidos no chão com o vetor de força para baixo, ao centro da terra. É no momento desses ritmos que se entoam os pontos de chamada aos caboclos, aos seres encantados e às forças da natureza.

Todos os ritmos citados serão abordados pela perspectiva do espetáculo Arreia, que apresentou a ritualidade como motor para criação. Após a apropriação dos passos, será conduzido um laboratório ritualístico acerca das narrativas que compõem esses ritmos.

Oficina Caboclinho, ancestralidade e ritual no corpo contemporâneo [com interpretação em Libras]
sábado 25 e domingo 26 de junho de 2022
às 10h
[duração aproximada: 180 minutos]
Sala Multiúso – 20 vagas (para os dois dias no total)

[classificação indicativa: 14 anos]

Atividade gratuita

Reserve o seu ingresso [a partir de 15 de junho, às 12h, até esgotar]

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