De 2 a 28 de setembro, a segunda edição do Festival Arte como Respiro apresenta artistas selecionados pelos editais de emergência de artes cênicas, música e artes visuais. A programação da terceira semana do festival, que acontece on-line no site do Itaú Cultural, exibe espetáculos de peças e cenas teatrais, trabalhos infantis, de dança e do circo.

A partir do dia 18 de setembro, às 20h, assista aos espetáculos abaixo.

[os links serão disponibilizados nos respectivos horários]

Querida Mamãe, de Dora por Sara (SP)
Sara Antunes

sexta 18 de setembro de 2020
às 20h
[duração aproximada: 14 minutos]
disponível até as 20h de 19 de setembro

[classificação indicativa: 12 anos]

A partir do mergulho de Sara Antunes nos escritos de Maria Auxiliadora Lara Barcelos, a atriz-autora constrói um diálogo sensorial e íntimo com a estudante de medicina e sua mãe. Querida Mamãe, de Dora por Sara compartilha trechos de escritos, cartas da prisão e cartas do exílio trocadas entre a guerrilheira Maria Auxiliadora Lara Barcelos e Clélia Lara Barcelos, recriando o que chamava de "Represa de Dora", um campo de comunicação entre o confinamento e a possibilidade da utopia. Essa pesquisa conjuga palavras "reais" num tempo poético, tateando tanto os processos que levaram o corpo dela ao suicídio como o inverso: investiga um campo vibrátil para que ela reviva, numa espécie de cartografia do "encarnar", avessa à desistência, fomentando o aspecto subjetivo da resistência e da memória, chamamento para atualizarmos referências de luta e de mulheres que se envolveram com a política no país. Experimentações para tirar dos corpos dilacerados pelo Brasil, da barbárie civilizatória, um gesto poético feminino.

Conheça a artista no Facebook e no Instagram.

Querida Mamãe, de Dora por Sara (imagem: Henrique Landulfo)

Crise Humana ou Ambiental?
Raquel Polistchuck Nogueira

sexta 18 de setembro de 2020
às 20h
[duração aproximada: 4 minutos]
disponível até as 20h de 19 de setembro

[livre para todos os públicos]

Crise Humana ou Ambiental?

Crise Humana ou Ambiental? (imagem: divulgação)

Dentro de Casa em Dia de Sol (SP)
Alice Tibery Rende

sexta 18 de setembro de 2020
às 20h
[duração aproximada: 4 minutos]
disponível até as 20h de 19 de setembro

[livre para todos os públicos]

Numa caravana pequena e escura se escondem mistérios. Uma pessoa dança sua necessidade do outro. A aparente contradição em seguir recluso no primeiro dia de sol, após um longo inverno. Como quando nossos sentimentos nos remodelam a face, a deformação do rosto como imagem de estado interior. Eterna vontade de liberdade. O presente vídeo foi realizado por artistas que estavam em turnê pela Europa e, devido à pandemia de covid-19, restaram confinados na França por causa do fechamento das fronteiras com o Brasil.

Dentro de Casa em Dia de Sol (imagem: divulgação)

Mula (PB)
Isaura Tupiniquim

sexta 18 de setembro de 2020
às 20h
[duração aproximada: 10 minutos]
disponível até as 20h de 19 de setembro

[livre para todos os públicos]

Mula dramatiza um suposto cotidiano. Evidencia possíveis incoerências entre ação e contexto. O trabalho de jardinagem, de retirar os galhos mortos da cerca viva, toma uma dimensão expressionista que “simula e emula” um flamenco bastardo. A mulher-mula que Isaura se torna está elegantemente desajustada, forte, precisa, frágil, perdida, em batalha entre sua condição domesticada e selvagem.

Confira o Instagram da artista.

Mula (imagem: Isaura Tupiniquim / divulgação)

Cura (SP)
Afrobreak

sexta 18 de setembro de 2020
às 20h
[duração aproximada: 8 minutos]
disponível até as 20h de 19 de setembro

[livre para todos os públicos]

O espaço abandonado carrega sinais de histórias perdidas, em que a natureza resiste à marca do tombo e volta ao seu estado original, superando a intervenção de humanos. Ela se refaz, mas eles, sem ela, não! São faces, representadas em máscaras e corpos dançantes, em busca de uma felicidade vazia, que adoece quem não vive a sua identidade. Muitos não sabem, mas seguem confusos em busca da cura.

Cura (imagem: Gerson Cardoso / divulgação)

Sentidos (GO)
Eva Maria Maria

sexta 18 de setembro de 2020
às 20h
[duração aproximada: 10 minutos]
disponível até as 20h de 19 de setembro

[livre para todos os públicos – presença de nudez não erótica]

A percepção e a consciência voltada para os sentidos e suas profundezas, a partir de uma perspectiva holística sobre ser humano, vivenciar o corpo em conexão com as relações sociais e ambientais. A pele, os músculos, os ossos, os órgãos, todo o organismo está sendo dançado, inspirado por formas, texturas, sons, cores e luminosidades, sendo a poesia portadora das histórias viventes no bioma Cerrado. Estéticas que evocam afetividades sensoriais, atuando como uma arte medicinal em relação com o planeta Terra. No contexto de isolamento social, diante de vulnerabilidades em relação à saúde, à economia e às necessidades básicas de sobrevivência, se faz presente a busca por sentidos autênticos para viver e manter uma conexão com a vida e a criatividade. Como seguir confiante durante uma época de incertezas, em uma situação totalmente nova e desconhecida? Como a arte pode proporcionar a força e a beleza para continuar criando, acreditando na vida, e resgatar vínculos? As imagens trazem à tona memórias que desvendam afetividades para despertar sonhos de possíveis futuros diante de incertezas, questionando o capitalismo e voltando a valorizar o que é essencial para preservar a vida. 

Confira o YouTube e o Instagram da artista.

Sentidos (imagem: Mateus Almeida)

Silêncio (SP)
Coletivo Um Café da Manhã

sexta 18 de setembro de 2020
às 20h
[duração aproximada: 9 minutos]
disponível até as 20h de 19 de setembro

[classificação indicativa: 10 anos]

O Coletivo Um Café da Manhã apresenta Silêncio, releitura de um número circense em formato de curta-metragem e que traz o olhar dos artistas do coletivo sobre os efeitos do isolamento no contexto da pandemia do novo coronavírus. Separados em diversos lugares do mundo, os integrantes do grupo trocaram relatos e manifestaram seus anseios. Baseado em um experimento de movimentos acrobáticos e expressivos em Double Trapézio, gravados em 2017, Silêncio é uma tentativa de inibir as distrações do mundo cotidiano para chamar a atenção para uma conexão real de cada um com sua identidade e seu propósito.

Conheça o trabalho do coletivo no Instagram e no Facebook.

Silêncio (imagem: Ronaldo Cahin)

Acesse a programação completa do Festival Arte como Respiro.

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