No dia 16 de setembro, o Itaú Cultural recebe o show do disco Sambas do Absurdo, de Rodrigo Campos, Juçara Marçal e Gui Amabis. Apresentando composições inspiradas na obra O Mito de Sísifo, de Albert Camus, o repertório tem como base o álbum lançado pelo trio em abril de 2017, mas também apresenta outras faixas que dialogam com a proposta musical do espetáculo.

Rodrigo, autor das melodias e idealizador do disco, comenta que o processo criativo partiu da leitura do livro e de reflexões sobre ele. Depois disso, o músico começou a compor e observou como aquelas composições haviam sido feitas pensando em O Mito de Sísifo. Nuno Ramos passou a escrever letras para as canções, que depois de apresentadas a Juçara já entraram no repertório de um show da cantora com Rodrigo. Em cerca de um ano, com a adição de arranjos de Gui, o álbum estava finalizado.

Albert Camus, que inspira o disco, discute que a única questão filosófica relevante é o suicídio. Segundo o autor, quando se encontra o Absurdo, uma forma de falta de sentido da vida, existem duas opções: a morte ou a vida absurda. Dessa maneira, as canções de Rodrigo Campos trazem uma carga mais obscura e reflexiva. “O samba tem um lado bem existencial, que permite falar sobre vida, morte e questões profundas. A alegria associada ao samba pode ser muito enganosa. Ele pode ser visto como um ritual de catarse, que motiva a liberação de sensações aprisionadas, que exorciza essa angústia por meio de uma roda de samba”, explica o músico.

Apesar de já se conhecerem e de terem produzido juntos em duplas, Juçara, Gui e Rodrigo unem-se pela primeira vez como trio em Sambas do Absurdo. A apresentação do disco no instituto tem interpretação na Língua Brasileira de Sinais (Libras).

Sambas do Absurdo
sábado 16 de setembro de 2017
às 20h
[duração aproximada: 80 minutos]
Sala Itaú Cultural (piso térreo) – 224 lugares

Entrada gratuita

distribuição de ingressos
público preferencial: duas horas antes do espetáculo | com direito a um acompanhante – ingressos liberados apenas na presença do preferencial e do acompanhante
público não preferencial: uma hora antes do espetáculo | um ingresso por pessoa

[livre para todos os públicos]

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