A última aula do Formação em Curso: Mediação na Cultura e nas Artes, que aconteceu no dia 31 de maio, foi aberta ao público e contou com a presença da professora convidada Isaura Botelho, pesquisadora da área da cultura.
O tema tratado no encontro foi a formação de públicos de cultura e os mecanismos de transmissão de gosto. Essa discussão trouxe questionamentos e reflexões que interessam muito a todos, principalmente aos que trabalham e atuam na área, de professores a produtores e gestores.
O foco principal do debate girou em torno de como as instituições culturais abordam a democratização e como se dá o acesso às suas programações, uma vez que são propostas ações para a formação e também para a ampliação de um público de cultura.
São muitas as questões sobre as quais podemos refletir e agir. Quando pensamos em formação de públicos de cultura, a qual público nos referimos? E que cultura consideramos? Pensamos no público ou nos públicos? Pensamos cultura ou culturas? Entretanto, é possível começar essa reflexão nos fazendo a seguinte pergunta: quem é o público?
Antes de pensar nas pessoas como “o público”, seria interessante se perguntar quem elas são, pois não devemos supor que o público seja único e homogêneo, que pensa, sente e age igual.
Quem é você?
Tentar responder essa questão pode ser o primeiro passo na tentativa de conhecer as pessoas, saber quem elas são, de onde vieram e o que gostam de fazer em seu tempo livre.
Quem é o público de cultura?
Todos somos seres culturais. Somos formados pela cultura, interagimos socialmente pela cultura e, em última análise, tudo o que produzimos é cultura.
E se eu sou eu, e você é você, talvez seja muito mais frutífero para a cultura propor ações que contemplem os públicos, seus lugares, seus modos de pensar, sentir e agir.
A cultura vive em cada um de nós, se manifesta das mais variadas formas e toma como seu os espaços em que ela acontece para transformá-los em lugares, espaços com um sentido cultural.
Diante disso, é possível pensar em formação de público de cultura? O que você acha?