Rodrigo Aragão, por Gelson Santana
Rodrigo Aragão nasceu em 1977, em Guarapari (ES). Aos 7 anos, já era apaixonado por filmes e efeitos especiais -- o seu pai era dono de um pequeno cinema. Trabalha com efeitos especiais há quase 20 anos. No currículo, mais de 25 peças de teatro, 15 curtas-metragens e diversas oficinas em eventos cinematográficos. É autor do espetáculo de terror itinerante Mausoleum, do filme Mangue Negro (2008), seu primeiro longa-metragem, rodado no manguezal aos fundos da sua própria casa, em Guarapari, que ganhou projeção internacional e prêmios em importantes festivais de cinema. Com seu segundo longa, A Noite do Chupacabras (2010), Rodrigo Aragão tornou-se referência em efeitos especiais para realizadores periféricos em todo o Brasil.
Mangue Negro (2008) se serve de um cenário ideal para a construção de um filme de horror: o manguezal, de onde zumbis se erguem da lama para atacar pescadores de uma pacata comunidade. Apresenta corpos mutilados, faces deformadas e muito sangue. Faz isso de modo incomum, sobretudo pela caracterização dos personagens que têm o toque regional da cidade em que o filme foi realizado, Guarapari. O maior exemplo é o de uma preta velha que, por meio de antigas práticas miraculosas, salva a vida da mocinha. Isso faz com que ela escape dadevastação em que o mangue se encontra e fuja ao encontro da salvação.