A resistência do povo Krenak de Resplendor (MG) é registrada na videorreportagem “Reformatório Krenak” (de Rogério Corrêa, 2016), realizada pelo Itaú Cultural e pela Procuradoria Regional de Direitos do Cidadão – do Ministério Público Federal – de Minas Gerais.

Criado durante a ditadura militar, o reformatório funcionou de 1969 a 1972. Era um local oficial de prisão, tortura, trabalho escravo e violação de direitos dos indígenas. O processo de degradação da comunidade contemplou ainda a criação de uma guarda rural composta de indígenas, deturpando as características culturais dos Krenak e transformando as vítimas em algozes de seus pares.

Em 5 de novembro de 2015, os Krenak foram atingidos pelo maior desastre ambiental brasileiro: o rompimento da barragem de Fundão, reservatório de rejeitos de mineração – controlado pela Samarco – em Mariana (MG). Foram 50 milhões de metros cúbicos de lama tóxica despejados na bacia hidrográfica do Rio Doce, que abrange 230 municípios. A devastação deixou 19 mortos e atingiu, entre outros, a comunidade Krenak de 400 pessoas, que vive em 4 mil hectares à margem esquerda do Rio Doce.

Atualmente, o povo reivindica uma revisão territorial de suas terras demarcadas com a adesão da área de Sete Salões – conjunto de cavernas considerado por eles terra sagrada –, além de seu direito à vida.

“Reformatório Krenak” foi exibida pela primeira vez ao público durante o Seminário Balanço de um Ano do Rompimento da Barragem de Fundão, organizado pelo Grupo de Estudos e Pesquisas Socioambientais, da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), para discutir e analisar temas, pautas e estudos relacionados ao ano posterior ao desastre ambiental de Mariana.

Vídeo com opção de legendas em inglês e espanhol.

Realização/ Production/ Realización:
Itaú Cultural e Ministério Público Federal - Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão em Minas Gerais

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The resistance of the Krenak people of Resplendor (MG) is documented in the video-report “Reformatório Krenak” (by Rogério Corrêa, 2016), produced by Itaú Cultural and the Procuradoria Regional de Direitos do Cidadão – of the Ministério Público Federal – of Minas Gerais.

Created during the military dictatorship, the reformatory officially operated from 1969 to 1972 as a prison and a place of torture, slave labor and violation of the rights of the indigenous people. The degradation process of the community also included a rural guard composed of Indians, distorting the Krenak’s cultural characteristics and transforming victims into oppressors of their peers.

On November 5, 2015, the Krenak were hit by the greatest environmental disaster in Brazil: the collapse of the Fundão dam, the reservoir of mining byproducts controlled by Samarco in Mariana (MG). Fifty million cubic meters of toxic mud were dumped into the Doce River basin, which encompasses 230 municipalities. The devastation left 19 dead and affected, among others, the Krenak community of 400 people who live on 4,000 hectares on the Doce River’s left bank.

Currently, the Krenak people demand a territorial review of their demarcated lands to include the Sete Salões area, composed of a series of caves they consider sacred, in addition to their right to life.

“Krenak Reformatory” was shown to the public for the first time during the Seminar on the One-Year Balance of the Fundão Dam Collapse, organized by the Group of Social-Environmental Studies and Research of the Federal University of Ouro Preto (Ufop), to discuss and analyze topics, agendas and studies related to the year following the Mariana environmental disaster.

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La resistencia del pueblo Krenak de Resplendor (Minas Gerais) está registrada en el reportaje en vídeo "Reformatorio Krenak" (de Rogério Corrêa, 2016), realizado por Itaú Cultural y la Fiscalía Regional de los Derechos de los Ciudadanos de Minas Gerais ―del Ministerio Público Federal― de Minas Gerais.

Creado durante la dictadura militar, el reformatorio estuvo en funcionamiento entre 1969 y 1972. Era un lugar oficial de cárcel, tortura, trabajo esclavo y violación de los derechos de los indígenas. El proceso de degradación de la comunidad incluyó, además, la creación de una guardia rural conformada por indígenas, que distorsionaba las características culturales de los Krenak y convertía a las víctimas en verdugos de sus pares.

El 5 de noviembre de 2015, los Krenac fueron afectados por el mayor desastre ambiental de Brasil: la ruptura de la represa de Fundão, depósito de residuos mineros ―controlado por Samarco― en Mariana (Minas Gerais). Se derramaron 50 millones de metros cúbicos de lodo tóxico en la cuenca hidrográfica de Rio Doce, que abarca 230 municipios. La devastación causó la muerte de 19 personas y afectó, entre otros, a la comunidad Krenak, de 400 personas, que vive en 4 mil hectáreas en la orilla izquierda del Rio Doce.

Actualmente, el pueblo reivindica una revisión territorial de sus tierras demarcadas y la incorporación del área de Sete Salões ―conjunto de cavernas que ellos consideran tierra sagrada―, además de su derecho a la vida.

“Reformatorio Krenak” se presentó por primera vez al público durante el Seminario Balance de un Año de la Ruptura de la Represa de Fundão, organizado por el Grupo de Estudios e Investigaciones Sociales y Ambientales, de la Universidad Federal de Ouro Preto (Ufop), para discutir y analizar temas, pautas y estudios relacionados con el año posterior al desastre ambiental de Mariana.

Realização/ Production/ Realización:
Itaú Cultural e Ministério Público Federal - Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão em Minas Gerais

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