Jazz Sinfônica | INGRESSOS ESGOTADOS
sexta 10 e sábado 11 de novembro de 2017
às 21h
[duração aproximada: 90 minutos]
ingressos: R$ 20 e R$ 10 (meia-entrada)
Auditório Ibirapuera
Endereço
Avenida Pedro Álvares Cabral, 0, Parque do Ibirapuera – Portão 2, São Paulo/SP
Contatos e informações extras
11 3629 1075
INGRESSOS ESGOTADOS
Na sexta-feira 10 e no sábado 11 de novembro, às 21h, a Jazz Sinfônica – formada atualmente por 69 instrumentistas – sobe ao palco, sob a regência do maestro Fábio Prado, para apresentar um repertório de composições de grandes nomes da música brasileira.
“Para esse concerto eu montei um programa com músicas que nós não apresentamos no Auditório há muito tempo”, conta João Maurício Galindo, diretor artístico da orquestra e seu regente titular. “O programa começa com obras compostas de grandes melodias, passa por um momento mais lírico e emotivo e termina de forma muito alegre.”
O conjunto sinfônico abre o espetáculo com “Baião da Suíte Brasiliana no 1” e “A Lyra do Lyra – Fantasia sobre Temas de Carlos Lyra”, ambas composições de Cyro Pereira (1929-2011), fundador da Jazz Sinfônica. “A música ‘A Lyra do Lyra’ é uma partitura do maestro, mas toda feita com melodias do Carlos Lyra”, explica Galindo. “Talvez seja uma das obras menos conhecidas do Cyro, mas é muito bonita.”
A apresentação segue com “Surfboard” e “Demais”, ambas de Antonio Carlos Jobim (1927-1994). “Aqui, podemos perceber duas facetas do Tom: uma mais rítmica, harmônica e leve, e a outra muito romântica e lírica”, explica Galindo. Depois, a Jazz executa “Rio Negro”, de Cesar Camargo Mariano, e “Palhaço”, de Egberto Gismonti. “Ambas com melodias encantadoras”, acrescenta.
Na sequência, a orquestra aborda o lado mais rítmico e dançante do concerto, segundo o regente. “Iniciamos com ‘Mãe Iracema’, de Moacir Santos (1926-2006), compositor que tinha uma maneira muito particular de conceber o ritmo com influência africana”, diz ele. “Então, passamos por ‘Quebrando o Coco’, do jovem compositor e arranjador Rodrigo Morte, que foi aluno de Cyro Pereira e tem feito muitos trabalhos com a Jazz. Essa música tem uma levada parecida com a anterior.”
O espetáculo prossegue com “Fé Cega, Faca Amolada”, de Milton Nascimento, e uma versão de “Tico Tico no Fubá”, de Zequinha de Abreu –ambas com arranjos de Nelson Ayres. “Em ‘Tico Tico no Fubá’, o Nelson fez uma mistura dessa música com a ’5a Sinfonia de Beethoven’ e ‘O Barbeiro de Sevilha’. A Jazz apresentou essa versão em um concerto realizado anos atrás ao lado de João Bosco”, conta Galindo. “Tudo isso faz com que ela seja interpretada de uma forma muito divertida e bem-humorada.”
Finalizando a apresentação, os instrumentistas mostram “Baião de Lacan”, de Guinga, e o samba de gafieira “A Sereia Voou”, de Mozart Terra. “O Mozart foi um grande compositor que nos deixou ainda quando era muito jovem, em 2006”, fala o regente. “Então, sempre que possível, colocamos sua música em nossos concertos para que ele não seja esquecido. E é uma forma de homenageá-lo.”
Jazz Sinfônica
Unindo a orquestra dos moldes eruditos a uma big band de jazz, a Jazz Sinfônica, idealizada em 1989 pelo músico Arrigo Barnabé – que queria resgatar as tradições das antigas orquestras de rádio e televisão (de 1930 a 1960) –, foi criada um ano depois pela Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo, com a proposta de dar tratamento sinfônico à música popular brasileira e universal, produzindo uma sonoridade ímpar e conferindo protagonismo na criação de uma nova estética orquestral brasileira. O maestro Cyro Pereira (1929-2011), fundador da orquestra, criou o repertório fundamental da Jazz, transpondo melodias populares de compositores como Luiz Gonzaga, Tom Jobim e Pixinguinha para a grandiosidade do som sinfônico. João Maurício Galindo é o diretor artístico e regente titular da Jazz Sinfônica e Fábio Prado o regente adjunto.
No ano de 2015, o conjunto sinfônico completou 25 anos e lançou o CD comemorativo Jazz Sinfônica – 25 Anos, realizou a 1a Bienal de Composição Jazz Sinfônica e subiu ao palco do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, com repertório de música popular. Em 2016, a Big Band da Jazz Sinfônica se apresentou pela primeira vez no Royal Albert Hall (Londres), com a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp), sob regência de Marin Alsop.
Fábio Prado
Maestro e arranjador, iniciou sua vida musical em 1977, participando da comunidade Coral Luther King. Em 1980 começou a estudar trompa no Conservatório do Brooklin, com o professor Mário Rocha. Logo passou a tocar em orquestras, com destaque para a Orquestra Sinfônica de Paraíba [Ospa (1982-1983)], a Orquestra Sinfônica de Campinas (1984-1987), a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo [Osesp (1988-1997)] e a Orquestra Jazz Sinfônica (1997-2004).
Em 1998 deu início a seus estudos em arranjo e regência. No fim do mesmo ano estreou como maestro à frente das orquestras Jazz Sinfônica e Sinfonia Cultura. Em 2005 tornou-se maestro-assistente da Orquestra Jazz Sinfônica e em 2009 recebeu o título de mestre pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP), com a dissertação O Carinhoso de Cyro Pereira: Arranjo ou Composição?. Atualmente também ministra cursos e palestras sobre regência, arranjo/orquestração e história da música.
Jazz Sinfônica | INGRESSOS ESGOTADOS
sexta 10 e sábado 11 de novembro de 2017
às 21h
[duração aproximada: 90 minutos]
ingressos: R$ 20 e R$ 10 (meia-entrada)
[livre para todos os públicos]