Itaú Cultural Play: conheça a plataforma de streaming dedicada ao cinema brasileiro
No próximo sábado, 19 de junho, Dia do Cinema Brasileiro, o Itaú Cultural comemora a data em grande estilo. Será lançada a Itaú Cultural Play, plataforma de streaming gratuita dedicada a produções nacionais. O catálogo diverso oferece mais de cem títulos já na estreia e é composto de filmes, séries, programas de TV, festivais e mostras temáticas e competitivas, além de produções audiovisuais de instituições culturais parceiras.
Mediante cadastro gratuito, você poderá acessar esse conteúdo e escolher onde ver, já que a Itaú Cultural Play está disponível para desktop e celular, via tanto sistema Android quanto IOS. Outro diferencial é o próprio catálogo, marcado por diversidade, variedade de autoria e representatividade regional, com títulos de todos os estados brasileiros.
O lançamento neste sábado, 19 de junho, é a primeira etapa de três fases. Em seguida, haverá a integração com o Itaú Cinema. Já a terceira fase será a chegada da Itaú Cultural Play às smart TVs, como Samsung, LG e Apple TV.
Inicialmente, na primeira fase, é necessário fazer cadastro na plataforma via site. Na sequência, é possível seguir pelo próprio navegador ou baixar os aplicativos para celulares e tablets nas lojas virtuais IOS e Android para acessar o conteúdo.
Aqui no site, é possível acompanhar as novidades do catálogo todo mês, destacadas sempre na nossa seção Itaú Cultural Play. Lá você encontra todas as novidades sobre a plataforma, inclusive a lista dos títulos que devem sair do catálogo em breve. Você também pode assinar a nossa newsletter para ficar por dentro de tudo isso.
As classificações indicativas são variadas e estão disponíveis no descritivo de cada conteúdo, diretamente na Itaú Cultural Play.
Novidades da estreia
Com mais de cem títulos já na estreia, listamos abaixo alguns destaques do catálogo.
Grandes homenagens
Dois nomes consagrados do cinema brasileiro serão homenageados: Glauber Rocha, sendo sete filmes com sua direção [Barravento (1961); Câncer (1968-1972); Deus e o diabo na terra do sol (1964); O dragão da maldade contra o santo guerreiro (1969); A idade da Terra (1980); Pátio (1959); e Terra em transe (1967)], e Luiz Carlos Barreto, sendo títulos com sua produção e direções variadas, todos dedicados ao tema do futebol [Garrincha, alegria do povo (1962); Isto é Pelé (1974); Mané Garrincha (1978); O casamento de Romeu e Julieta (2004); e Uma aventura do Zico (1998)].
Assista ao trailer de O casamento de Romeu e Julieta (2004).
Mostras de diretores
Para a estreia, quatro diretores ganham mostras, com quatro filmes de cada um à disposição do público.
De Carlos Nader, estarão disponíveis A paixão de JL (2014), sobre o artista Leonilson; Pan-cinema permanente (2008), documentário sobre o poeta Waly Salomão vencedor do festival É tudo verdade em 2008; Homem comum (2014), também vencedor do É tudo verdade, em 2014; e Tela (2010).
Assista ao trailer de A paixão de JL (2014).
Os trabalhos de Junia Torres disponíveis, todos em parceria com outros diretores, serão: Aqui favela, o rap representa (2003), documentário sobre a cena do rap em São Paulo e em Belo Horizonte; A rainha Nzinga chegou (2019); Nos olhos de Mariquinha (2008); e O Jucá da volta (2014).
Joel Pizzini aparecerá com 500 almas (2005), documentário de temática indígena; Caramujo-flor (1988), curta baseado na obra de Manoel de Barros; Glauces: estudo de um rosto (2001), curta sobre a atriz Glauce Rocha; e Olho nu (2013), sobre a vida e a carreira de Ney Matogrosso.
De Otto Guerra, teremos A cidade dos piratas (2018), baseado nos quadrinhos e nos personagens da Laerte; Até que a Sbórnia nos separe (2013), animação adulta premiada em festivais brasileiros; Wood & Stock: sexo, orégano e rock'n'roll (2006); e Novela (1992).
Curadorias da equipe Itaú Cultural Play
Do acervo permanente do Itaú Cultural, o público terá à disposição Daquele instante em diante (2010), de Rogério Velloso, sobre Itamar Assumpção; Evoé! Retrato de um antropófago (2011), de Tadeu Jungle e Elaine Cesar, sobre José Celso Martinez Corrêa; e Patxohã, língua de guerreiros (2016), de Claudiney Ferreira.
Outros recortes de seleção serão Cinema Negro Brasileiro [com filmes como Ela volta na quinta (2014), de André Novais Oliveira; O dia de Jerusa (2013), de Viviane Ferreira; e A negação do Brasil (2000), de Joel Zito Araújo] e Cine Curtinhas (com vários títulos infantis de animação).
Curadorias convidadas
A plataforma também contará com seleções feitas por convidados, com festivais e recortes regionais. Do É tudo verdade, os destaques são filmes que receberam o Prêmio de Melhor Documentário de Curta-Metragem em várias edições do festival. Entre eles, estão Remo Usai – um músico para o cinema (2008), de Bernardo Uzeda; Casa de cachorro (2001), de Thiago Villas Boas; Dormentes (2003), de Inês Cardoso; e Capistrano no quilo (2007), de Firmino Holanda.
Equipes dos festivais In-Edit, dedicado a documentários sobre música, e fórumdoc.bh, dedicado a documentários etnográficos, focalizando a luta por terra e moradia, também são curadores convidados.
Já a antropóloga e cineasta Junia Torres será a curadora da mostra Um outro olhar – cineastas indígenas, que entre os destaques terá Yãmĩyhex – as mulheres-espírito (2019), de Sueli Maxakali e Isael Maxakali. Sueli é uma das primeiras mulheres indígenas a dirigir um filme.
Assista a um trecho de Yãmĩyhex – as mulheres-espírito (2019).
Recortes regionais: o Brasil todo está na Itaú Cultural Play
Com curadoria do Matapi – Mercado Audiovisual do Norte, a mostra O ser amazônico reúne filmes produzidos no Norte do Brasil. Entre os destaques, A floresta de Jonathas (2012), de Sérgio Andrade; e Fronteira em combustão (2016), de Thiago Chaves Briglia, curta-metragem policial feito em Roraima.
O Centro-Oeste chega por meio de uma seleção feita pelo Mercado Sapi. Entre os filmes disponíveis, teremos Maria Luiza (2019), de Marcelo Díaz, documentário sobre a primeira transexual reconhecida na história das Forças Armadas do Brasil; De tanto olhar o céu, gastei meus olhos (2018), de Nathália Tereza, curta do Mato Grosso do Sul que teve carreira internacional; e Taego Ãwa (2016), de Marcela Borela e Henrique Borela, documentário de temática indígena premiado e lançado comercialmente nos cinemas.
A mostra Reexistências audiovisuais nordestinas reúne destaques da produção recente nos estados do nordeste do Brasil, com curadoria do Nordeste Lab. A região com mais estados da federação aparece com Voltei! (2021), de Ary Rosa e Glenda Nicácio, novo longa dos diretores do premiado Café com canela; A noite amarela (2019), de Ramon Porto Mota, filme da Paraíba que, por enquanto, é o único de terror na programação; Memórias de quando metemos o pé na estrada (2020), de Weslley Oliveira, curta universitário realizado no Piauí; Iemanjá pela última vez (2017), de Denis Carlos, documentário do Maranhão; Não fique triste, menino (2018), de Clébson Oscar, produção do Ceará sobre representatividade negra; e A parteira (2019), de Catarina Doolan, do Rio Grande do Norte.
Assista ao trailer de A parteira (2019).
Parceiros
Além disso, a Itaú Cultural Play estreia com conteúdo disponibilizado por instituições parceiras.
A TVE Bahia chega com série de documentários sobre personalidades baianas, como Jaime Sodré e o Carnaval negro da Bahia (2021) e Estrela azul: Mãe Stella (2005). Já a São Paulo Companhia de Dança (SPCD) apresenta documentários curta-metragem sobre nomes importantes da dança no Brasil, como Ismael Ivo, Paulo Pederneiras e Angel Vianna.
Do Instituto Alana, destacamos a série Território do brincar (2014), sobre brinquedos infantis, e o documentário Muito além do peso (2012). O Canal Arte 1 entra no catálogo com a série Encontra (2019), que mostra artistas em seus ambientes de trabalho, e um documentário sobre o poeta João Cabral de Melo Neto.
Outros destaques são o programa 7 prazeres capitais: pecados e virtudes hoje (2014), do Instituto CPFL, e uma série de debates e um documentário sobre urbanismo cedidos pela Festa literária de Paraty (Flip).