Na manhã desta terça-feira (23) faleceu aos 90 anos o artista plástico pernambucano Abelardo da Hora. Vítima de problemas respiratórios, o escultor estava internado há um mês no Hospital Memorial São José, na Boa Vista, área central do Recife. O enterro será quarta-feira (24), no Cemitério de Santo Amaro.

Nascido em 1924, Abelardo se aventurou por diversas áreas, como a escultura, o desenho, a gravura e a cerâmica. Aos 22 anos participou da criação da Sociedade de Arte Moderna de Recife (SAMR), que dirigiu por quase dez anos. A partir dessa associação, foi criado o Ateliê Coletivo, uma oficina que ministra cursos de desenho e da qual participam nomes representativos em Pernambuco, como Gilvan Samico, José Cláudio (1932) e Aloisio Magalhães (1927-1982).

Além disso, também em Recife, durante os anos 1960, foi um dos criadores do Movimento de Cultura Popular (MCP), que abrange artes plásticas, música, dança e teatro. Suas obras seguem a temática social, com visível influência da produção do artista Candido Portinari. A xilogravura, Meninos do Recife, que representa crianças esquálidas, é um exemplo da denúncia à miséria feita por Abelardo, próxima do realismo e do expressionismo.

Saiba mais sobre Abelardo da Hora na Enciclopédia Itaú Cultural .