Por meio de imagens e textos literários, Euvaldo Macedo Filho construiu um universo lírico que bem registra a cultura popular. Fotógrafo e poeta, o baiano de Juazeiro captou o tempo, a natureza, a sociedade – temas representados de modo sublime por ele. Falecido aos 30 anos, em 1982, o artista documentou festas populares, lavadeiras, crianças, pescadores, penitentes, o povo do interior da Bahia, a gente das margens do Rio São Francisco. Composta de cerca de 5 mil itens (negativos, fotos e cadernos de poesia), a obra de Euvaldo ganha, agora, a internet: o acervo, todo organizado e transposto em matéria digital, virou site e constituí um ambiente democrático de preservação da memória e da cultura.

A ideia do acervo surgiu em 2015 e foi contemplada pelo programa Rumos 2015-2016. Além do apoio do Itaú Cultural, a iniciativa contou com a parceria da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) e da empresa Abajur Soluções, esforços que se somaram em uma sequência de tarefas: diagnóstico do estado de conservação das peças; aquisição de equipamentos adequados para que o processo fosse realizado; catalogação; higienização; digitalização; e, por fim, a criação do banco de dados (destinado a pesquisadores, docentes e artistas) e do endereço eletrônico.

Para que o site ganhasse a realidade, formou-se uma equipe aguerrida: Fernando Araújo, estudante de artes visuais da Univasf, gestor financeiro e digitalizador; Elson Rabelo, professor da Univasf, doutor em história e coordenador institucional do projeto; Odomaria Macedo, assistente de pesquisa e detentora dos direitos autorais do homenageado; Marina Angelim e Cledson Carneiro, catalogadores, técnicos em higienização e acondicionamento e alunos de artes visuais da Univasf; e Caíque Matos, desenvolvedor da parte virtual.

Conheça o Acervo Euvaldo Macedo Filho, um apanhado de materiais que celebram aquele que, com câmera e caneta, atingiu o poético.

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