Rodas de Conversa: diálogos entre arquitetura e as questões sociais
16/07/2014 - 15:33
A Roda de Conversas do dia 29 de junho – diálogos entre arquitetura e as questões sociais – teve como objetivo criar reflexões sobre como a arquitetura historicamente dialoga com questões sociais, tendo como recorte problemas da habitação em São Paulo a partir do momento que a moradia entra na agenda política estadual com o boom e a crise imobiliários nas décadas de 1930 e 1940.
A conversa começou com a apresentação da frase de Oscar Niemeyer em que ele expressa sua opinião sobre habitações econômicas ou populares: “Num regime capitalista não me atraía essa ideia de habitação mais barata. Atender ao pobre para ele continuar sendo pobre”.
A partir da citação do livro Casa-Grande & Senzala, de Gilberto Freyre, foi traçado um breve panorama histórico e o debate percorreu algumas iniciativas públicas para a resolução do “problema da habitação popular”. Entre elas, a urbanização e a verticalização das favelas paulistas e cariocas, a criação de instituição como a Fundação da Casa Popular, a apresentação de alguns projetos desenvolvidos por arquitetos modernos para habitações econômicas (como o Conjunto Pedregulho, de Afonso Reidy, pensado para o funcionalismo público do Rio de Janeiro na década de 1940).
O grupo trouxe diversas questões sobre a realidade socioeconômica do país com relação ao déficit habitacional, também associadas a dinâmicas culturais e à inexistência de um plano urbanístico eficiente.
No final foram apresentados alguns projetos habitacionais realizados por Oscar Niemeyer, como o Copan, em São Paulo. E foi lançada a questão: qual é o papel da arquitetura no pensar da habitação hoje?
A programação da exposição tem Rodas de Conversa até julho. Se você quiser participar, consulte no site do Itaú Cultural a programação e os próximos temas que serão abordados.