Com base na exposição Niemeyer: clássicos e inéditos, em cartaz aqui no Itaú Cultural até o dia 27 de julho, surgiram questionamentos sobre a relação das pessoas com a cidade e com a paisagem que as rodeia.
Viver em uma cidade significa estar dentro de um grande sistema, determinado tanto pela sua localização geográfica e tipo de paisagem natural, quanto pelas suas edificações e pelos serviços oferecidos aos moradores, como comércio, áreas de lazer e proximidade com o local de trabalho.
Quando escolhemos o local onde moramos – se temos condições para isso –, procuramos analisar esses fatores antes. Temos em mente quais opções de estrutura gostaríamos de ter em nossa vida. Mas, quando não podemos escolher, temos de conviver com o local, com o que ele nos oferece ou deixa de oferecer. Neste caso, a nossa relação com a cidade não se dá da forma como gostaríamos.
Oscar Niemeyer, por exemplo, realizou os projetos para algumas cidades no Brasil e em outros países. Os mais conhecidos, os prédios do governo em Brasília, preencheram uma área previamente planejada pelo chamado plano piloto – realizado pelo arquiteto e urbanista Lúcio Costa – a partir de 1955, quando teve início a sua construção. Brasília propunha, através de suas edificações, uma forma de interação entre as pessoas pensada para ser ideal, mas era o ideal de uma época, comprometido com o pensamento moderno. Como se dão essas interações nos dias de hoje? Como será viver em uma cidade planejada?
O que determina, para você, uma cidade ideal?