Revista Observatório 31 | Benefícios sociais e econômicos das artes e da cultura na promoção da saúde e do bem-estar
29/03/2022 - 10:09
por Ana Carla Fonseca
Introdução
As artes – incluindo música, dança, teatro, artes visuais e literatura – são cada vez mais reconhecidas por seu potencial para promover saúde e bem-estar. Entretanto, para que sejam incluídas nos serviços de saúde e cuidados sociais, é preciso haver evidências robustas de sua eficácia, de seus impactos e de seus custos[1].
Essa declaração, extraída de um relatório de 2016 do Serviço Nacional de Saúde da Inglaterra, dá o tom da oportunidade e do desafio enfrentado na concepção e na implementação de políticas de saúde envolvendo as artes. Este artigo se propõe a contribuir nesse campo com uma revisão histórica de políticas públicas e programas icônicos e análise de eventuais estudos de impacto. As iniciativas se inserem na chamada prescrição social, que preconiza uma abordagem holística de saúde e bem-estar, integrando tratamento clínico e atividades sociais – exercícios, jardinagem, recreação e arte –, neste caso, “artes sob prescrição”.
Países nórdicos
Referências globais em temas transversais, como bem-estar, inovação em educação e sustentabilidade, os países nórdicos têm se firmado como protagonistas de várias práticas unindo artes e saúde/bem-estar. A Finlândia, por exemplo, implementou, ainda em 1990, o programa Artes no Hospital. Iniciativa da Unesco, alicerçada na Declaração Universal de Direitos Humanos e na Constituição do país, acabou desencadeando um movimento de pessoas de diferentes áreas em prol das artes e do bem-estar.
Em 2010 foi lançado o Programa de Bem-Estar de Artes e Cultura, contendo 3 eixos (inclusão, comunidade, atividades cotidianas e ambientes; cuidados sociais e saúde; e bem-estar no trabalho) e 18 ações, cobrindo aspectos regulatórios, administrativos e financeiros; cooperação entre atores; pesquisa e conhecimento; educação e treinamento; e informação. Com base em uma sugestão do relatório final do programa, foi criado, em 2015, um centro nacional de coordenação e comunicação dos impactos das artes no bem-estar, o Taikusydän. Com a atribuição de firmar as artes e a cultura como componentes perenes dos serviços de bem-estar na Finlândia, convertendo práticas de base em abordagens sistêmicas e integradas, o centro participa de redes internacionais, organiza capacitações, produz e divulga conhecimento e promove o desenvolvimento estratégico do setor, atuando por meio de 14 redes regionais.
Em 2016 foi lançado um programa trienal para ampliar o acesso às artes e à cultura nos serviços de saúde e bem-estar. Já uma ampla reforma dos serviços sociais, de saúde e governos regionais, iniciada em 2015 e que previa que municípios, regiões e o terceiro setor tivessem responsabilidade coletiva pela promoção do bem-estar pela cultura, foi cancelada em 2019, após encontrar várias dificuldades.
De atuação mais recente, a Dinamarca ganhou notoriedade pela implementação do programa Vitaminas de Cultura (Kulturvitaminer), voltado para pessoas com quadro leve ou moderado de depressão, ansiedade ou estresse. Seu piloto ocorreu de 2016 a 2019, em quatro municípios do país. Em Aalborg, por exemplo, foi realizado com uma média de 2,5 atividades culturais por semana, em ciclos de dez semanas. Parcialmente financiado pelo orçamento da saúde nacional e administrado pelo centro de empregos local, foi articulado entre a prefeitura e instituições culturais de referência na cidade, oferecendo atividades de canto; playlists customizadas para o aproveitamento consciente da música; leitura em grupos; visita a museu, seguida de discussão sobre a experiência e de oficina de arte; oficinas sobre atuação e o uso da linguagem corporal; genealogia e história da cidade; participação em ensaios musicais e introdução aos instrumentos.
Um estudo qualitativo com sete participantes do programa revelou mudanças positivas na saúde mental, conferindo-lhes maior capacidade de vencer desafios e de driblar barreiras impostas pelo sofrimento. Não se localizaram, porém, demonstrações do custo-benefício do projeto, que, segundo Mikael Nilsen, coordenador do Kulturvitaminer, demandou um investimento do governo dinamarquês equivalente a mais de 4 milhões de reais, dos quais a prefeitura de Aalborg recebeu 1 milhão de reais e desembolsou o mesmo valor.
Já em Aarhus o programa teve ondas de nove semanas, com três encontros semanais de duas horas cada um, envolvendo 16 participantes. A prefeitura enfatiza que a incorporação da cultura, além de proporcionar bem-estar (preventivamente ou como tratamento), favorece o retorno de pessoas afastadas ao trabalho e ajuda a combater desigualdades sociais, no que tange tanto à prevalência de doenças mentais (que atingem 17% dos que têm Ensino Fundamental e apenas 10% dos formados) quanto à participação cultural (pessoas com alto nível de educação têm o dobro de chances de participar de atividades culturais do que as com baixo nível de educação). Com base nesses argumentos, a Câmara Municipal de Aarhus destinou cerca de 5 milhões de reais a um fundo de apoio a iniciativas de cultura e saúde.
No conjunto dos municípios, o programa Vitaminas de Cultura divulgou ser custo-efetivo, já que onera os cofres públicos em 12 mil coroas dinamarquesas (cerca de 10 mil reais) por paciente, enquanto cada consulta custa mil coroas, e uma semana de absenteísmo na economia representa a perda de 4 mil coroas para a sociedade.
Na Suécia também prevalecem avaliações pontuais de projetos de curta duração ou em piloto, usualmente por meio de grupos focais. Estes geralmente avalizam benefícios dos programas para o bem-estar mental e o pertencimento, mas são cautelosos em sugerir impactos no longo prazo ou em isolar os efeitos da cultura proporcionados pela realização de atividades em grupo em geral. Como exemplo, estudos qualitativos com profissionais da assistência primária de saúde permitiram concluir os benefícios em motivação, criação de rotinas, interações sociais e autoestima.
Entretanto, a quase totalidade dos artigos produzidos ao longo da última década por pesquisadores que integram a Rede Nórdica de Pesquisa em Artes e Saúde analisa os benefícios de projetos artísticos para: educação, capacitação da sociedade para vencer os desafios contemporâneos, redução das desigualdades sociais, melhora nos resultados de tratamentos médicos e atenuação de sintomas físicos e psicológicos, redução do uso de ansiolíticos, analgésicos e soníferos, minimização do isolamento social e da solidão, prevenção e redução de emoções negativas, e ajuda para que as pessoas lidem com sua saúde mental, praticamente inexistindo estudos dedicados a recortes econômicos.
a quase totalidade dos artigos produzidos ao longo da última década por pesquisadores que integram a Rede Nórdica de Pesquisa em Artes e Saúde analisa os benefícios de projetos artísticos para: educação, capacitação da sociedade para vencer os desafios contemporâneos, redução das desigualdades sociais, melhora nos resultados de tratamentos médicos e atenuação de sintomas físicos e psicológicos
Organização Mundial da Saúde (OMS)
Em 2019 a divisão europeia da OMS lançou o mais extenso relatório de estudos enlaçando artes e saúde. A coordenação esteve a cargo da unidade de Insights Culturais e Comportamentais da instituição, cuja missão é promover a importância da cultura nas políticas públicas de saúde.
A análise contemplou mais de 3.500 estudos publicados na literatura acadêmica entre 2000 e 2019, em inglês e russo, utilizando metodologias variadas e cobrindo um vasto espectro de modalidades artísticas. Os impactos foram categorizados em prevenção e promoção e em gestão e tratamento, tendo depois sido subdivididos por temas, como coesão social, redução de desigualdades sociais, desenvolvimento infantil, aumento da resiliência do cérebro contra degenerações cognitivas e redução do risco de mortalidade prematura. Para os autores, as artes podem beneficiar a saúde física e mental ao reforçar a resiliência das comunidades, especialmente quando não há tratamento clínico simples.
As evidências, porém, têm por limite a escassez de estudos realizados em escala, uma vez que, em sua maior parte, se baseiam em projetos de validação ou replicação, com amostras pequenas e/ou de curta duração. Além disso, a transposição dos benefícios a contextos regionais distintos deve ser vista com cautela. Quanto aos impactos econômicos, a coordenadora do estudo reconheceu que há poucos, embora com resultados “promissores”. Para a OMS, que ecoa a importância dos investimentos em artes e cultura para a promoção do bem-estar, trata-se de um conjunto de intervenções não invasivas, de baixo risco e que podem usar recursos ou ativos existentes, sendo assim custo-efetivas.
Para a OMS, que ecoa a importância dos investimentos em artes e cultura para a promoção do bem-estar, trata-se de um conjunto de intervenções não invasivas, de baixo risco e que podem usar recursos ou ativos existentes, sendo assim custo-efetivas.
Em seu discurso de abertura no lançamento desse relatório, a ministra de Ciência e Cultura da Finlândia, Hanna Kosonen, afirmou que as artes e a cultura se tornaram parte importante da promoção de saúde e bem-estar no país, por meio de políticas transversais e duradouras focadas em direitos culturais, benefícios para a sociedade e geração de novas oportunidades para os artistas. Embora tenha reconhecido a importância do relatório em validar os benefícios das artes em prevenir doenças físicas e mentais, promover a saúde e tratar doenças agudas e crônicas, ela não se furtou a ressalvar: “Eu gostaria de ver mais resultados do impacto econômico da inclusão das artes na saúde pública e no bem-estar social, especialmente no que diz respeito a ações preventivas. Em um mundo no qual o dinheiro fala mais alto, isso é muito importante”.
Reino Unido
O Reino Unido apresenta uma série de levantamentos e análises dos impactos econômicos de investimentos em artes para o bem-estar – ainda que, novamente, de projetos-piloto ou de curta duração. É o caso do relatório encomendado pelo Arts Council England sobre o programa Arts on Prescription, oferecido como complemento ao Acesso Individual a Terapias Psicológicas [Individual Access to Psychological Therapies (IAPT)]. O estudo abrangeu um grupo de 44 participantes e comparou os resultados aos obtidos por quem só usou IAPT – de baixa ou alta intensidade[2] –, adotando como métrica o ano de vida ajustado por qualidade (quality-adjusted life year), estimado em 20 mil libras. O cálculo computou os custos totais do projeto, incluindo aluguel de espaços para as reuniões, comunicação e monetização de trabalhos voluntários.
O Reino Unido apresenta uma série de levantamentos e análises dos impactos econômicos de investimentos em artes para o bem-estar – ainda que, novamente, de projetos-piloto ou de curta duração.
Se comparado aos custos do IAPT de baixa intensidade, o projeto mostrou-se custo efetivo com a recuperação de 37,5% dos participantes. Se consideradas as perdas de produtividade evitadas com a remissão, a taxa cai para 16%. Já comparado a tratamentos de IAPT de alta intensidade, o projeto é custo-efetivo quando a taxa de recuperação é de 31% dos participantes. Embora alvissareiras, as conclusões devem ser consideradas com precaução até ser desenvolvido um estudo com amostra maior (confirmando as taxas de recuperação), mais longo (verificando a durabilidade dos efeitos), com números variados de sessões (até definir o número ótimo delas) e com uma gama maior de doenças mentais. Além disso, os custos de muitas terapias psicossociais vêm diminuindo com consultas digitais, o que afeta as análises comparativas.
Outros estudos em pequena escala e com abordagem econômica foram realizados desde então, dos quais vale mencionar dois. O primeiro foi uma revisão de 10.270 estudos, dos quais 11 foram analisados quanto ao custo-efetividade de arteterapia em grupo para 533 pessoas com distúrbios não psicóticos de saúde mental. Pesquisadores da Universidade de Sheffield, na Inglaterra, concluíram que em sete estudos a arteterapia foi associada a melhoras nos sintomas da saúde mental em comparação ao grupo de controle, bem como foi custo-efetiva. Novamente, porém, ressalvaram-se o tamanho da amostra e a necessidade de novos estudos para confirmar os dados.
O segundo estudo foi uma avaliação do projeto Dance to Health, que oferece exercícios de dança como prevenção à queda de idosos. Levantando-se métricas antes e após a participação no projeto, os resultados indicaram que o programa reduziu as quedas em 58% e representou uma economia potencial, em dois anos, de 196 milhões de libras – 158 milhões delas para o serviço público de saúde.
Cabe destaque, ainda, para o HEartS (The Health, Economic and Social Impact of Arts Engagement). Coordenado pelo Center for Performance Science, o programa de pesquisa recebeu cerca de 1 milhão de libras de financiamento do Arts and Humanities Research Council e envolveu, entre 2018 e 2021, parceiros de saúde pública (como os serviços nacionais da Inglaterra, da Escócia e da Irlanda do Norte) e do setor cultural (como os Arts Councils da Inglaterra, de Gales e da Escócia, além de conservatórios, museus, teatros e instituições de dança).
Além de levantar novos dados (por exemplo, a forma de participação cultural), o estudo realizou uma entrevista nacional tanto com a população em geral quanto segmentando quatro grupos de pacientes – de doenças mentais, cardiovasculares, respiratórias crônicas ou câncer. Uma inovação foi classificar as atividades culturais em ativas (fazer música, dança, artes, fotografia, teatro); com participação física (ir a concerto, teatro ou cinema, visitar museus); e domiciliares (ouvir rádio, assistir à TV, ler, visitar uma exposição on-line). Além disso, o desenho metodológico e a abrangência do questionário teriam gerado dados suficientes para permitir relacionar variáveis socioeconômicas, geográficas e étnicas. Os resultados enfatizaram os processos por meio dos quais a participação em artes e cultura promove conexões sociais e contribui para o bem-estar mental, constituindo um subsídio importante para futuras práticas artísticas; entretanto, não foram realizadas estimativas econômicas para políticas públicas.
Experiências complementares
Na Austrália, o primeiro programa-piloto de prescrição social para doentes mentais foi implementado em Sydney em 2016/2017. Um estudo realizado com 13 dos participantes, em ondas com intervalos de seis meses, indicou melhora significativa da qualidade de vida e saúde, levando os autores a defender seu enquadramento na política de saúde do país e nos modelos de financiamento que favorecem a atenção às comunidades, especialmente as isoladas.
Em recorte distinto, em 2019 foi desenvolvido um estudo qualitativo com crianças de 8 a 14 anos incluindo a estimativa do investimento de retorno social [social return on investment (SROI)] gerado por sua participação em um programa de artes circenses. Os resultados indicaram melhoria em quatro áreas do bem-estar infantil: alívio de estresse, elevação da autoestima e aumento da confiança, associados à diminuição de potenciais custos de tratamento de doenças como depressão e ansiedade, e maior socialização, associada a menores custos causados por disfunção social, como crime e prisão. A análise de SROI resultou em 7 dólares de retorno para cada dólar investido no programa.
Nos Estados Unidos, vêm ganhando espaço iniciativas de organizações do terceiro setor, como a Culturunners, por meio do programa Healing Arts, e debates reunindo especialistas em artes e saúde, como os da Grantmakers in the Arts, embora ainda de forma tímida. No que tange a estudos, é raro localizar análises econômicas dos projetos, que usualmente elencam os benefícios para o bem-estar individual ou social.
No Canadá, ganharam destaque nos últimos anos os programas de prescrição social envolvendo visitas a museus, como o Museu Real de Ontário e o Museu de Artes de Montreal. Neste, é franqueada a entrada de portadores de receitas emitidas por integrantes da Associação de Médicos Francófonos do Canadá, usualmente para pacientes com depressão, Alzheimer ou fragilidades cardiovasculares.
Mensagens finais
Processos históricos longevos, urdidos ao menos desde a década de 1990, e em consonância com uma visão de cultura e de bem-estar própria explicam o protagonismo dos países nórdicos e do Reino Unido nos estudos que associam práticas e participações artístico-culturais a benefícios à saúde e ao bem-estar, individual ou social. Mesmo nesses contextos, porém, identificam-se eventuais descontinuidades, dificuldades em estabelecer governanças e a necessidade de capacitar profissionais em programas necessariamente multissetoriais.
Diante disso, estudar os impactos de programas de participação cultural na promoção do bem-estar e avaliar o custo-efetividade desses programas se torna ainda mais relevante. Enquanto o primeiro eixo demanda complementações e aprofundamentos – como a definição e a implementação de indicadores nas políticas de bem-estar, inclusive por serem estes fundamentais para justificar prioridades –, o eixo econômico ainda está por se firmar. Em ambos, porém, prevalecem avaliações de projetos pontuais e usualmente de curto prazo, especialmente de ordem preventiva.
À luz do crescimento galopante do sofrimento mental em escala planetária, especialmente nas gerações mais jovens, o desenvolvimento desse campo de estudos se configura não apenas como oportunidade, mas como premência. O Brasil tem muito a se inspirar nos países que inovaram nessa abordagem, para então desenvolver metodologias de impacto que enriqueçam o desenho, a implementação e o monitoramento de políticas de bem-estar pautadas pelas artes e pela cultura, atinentes a nosso modelo de saúde pública e aos nossos desafios sociais.
Como citar este artigo
FONSECA; Ana Carla. Benefícios sociais e econômicos das artes e da cultura na promoção da saúde e do bem-estar. Revista Observatório Itaú Cultural, São Paulo, n. 31, 2022. Disponível em: https://www.itaucultural.org.br/secoes/observatorio-itau-cultural/revista-observatorio/beneficios-arte-cultura-saude-mental. Acesso em: .
Ana Carla Fonseca é Doutora em arquitetura e urbanismo, com a primeira tese no Brasil sobre cidades criativas, pela Universidade de São Paulo (USP); mestre em administração de empresas (USP); administradora pública, pela Fundação Getulio Vargas (FGV/SP); e economista (USP), com MBA pela Fundação Dom Cabral. É consultora e conferencista em cinco línguas, 229 cidades e 32 países. Após ter atuado como executiva de marketing e inovação de multinacionais, por dez anos, no Brasil, em Londres e Milão, preside, há 18 anos, a Garimpo de Soluções, empresa pela qual coordenou vários planos estratégicos de economia criativa, no Brasil e no exterior, além de ter atuado para a ONU. Autora de livros pioneiros em economia criativa e cidades criativas, foi agraciada com o Prêmio Jabuti em Economia e finalista em Urbanismo. Venceu o Prêmio Claudia 2013, em Negócios e foi apontada pelo jornal El país como uma das oito personalidades brasileiras que impressionam o mundo.
[1] PUBLIC HEALTH ENGLAND. Arts for health and wellbeing: an evaluation framework. 2016.
[2] No sistema britânico de saúde, a assistência de baixa intensidade é feita por clínicos (psychological wellbeing practitioners) sem formação médica. Usualmente são treinados profissionais da comunidade local com interesse por terapias psicológicas, sólida experiência em cuidados de saúde e formação compatível com a dos níveis acadêmicos do treinamento (de graduação ou pós). Fonte: University of East Anglia.