por Gustavo Möller, Karina Ruiz, Leandro Valiati e Filipe da Silva Lang

 

Resumo

Este artigo busca resumir o processo de construção do Produto Interno Bruto (PIB) da Economia da Cultura e das Indústrias Criativas (Ecic), que foi dividido em duas fases principais. A primeira, composta de oficinas com especialistas nacionais para consulta sobre novas tendências setoriais. A segunda, também uma consulta com especialistas nacionais, por meio da metodologia Delphi, buscando definir as especificidades nacionais relevantes para essa mensuração. Todos os resultados aqui indicados foram ou serão incorporados ao cálculo final apresentado neste volume. A contribuição específica dos especialistas internacionais compõe os demais artigos.

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Introdução

A cultura e a criatividade são as expressões maiores da singularidade de um povo e fundamento simbólico de uma sociedade, influenciando, portanto, as diversas dimensões das relações sociais constituídas em um território (MILAN et al., 2019). Por isso, não é surpresa que este tenha sido o fundamental objeto de estudo das ciências sociais contemporâneas, aparecendo nas principais discussões propostas principalmente pela antropologia e pela sociologia. Especificamente no que diz respeito ao campo econômico, o debate é mais recente: a questão da cultura e da criatividade tem se deslocado para o campo da economia tanto devido ao seu potencial dinamismo da atividade econômica quanto em razão da entrada de novos padrões de consumo e paradigmas tecnológicos que levam nossas sociedades a valorizar cada vez mais o consumo de bens e serviços intangíveis, que possuem valor subjetivo, no lugar de produtos.

A crescente preocupação com a importância da atividade econômica cultural e criativa é em parte relacionada ao declínio da importância das indústrias tradicionais, ao desemprego nessas áreas e ao declínio econômico generalizado (OAKLEY, 2004). A criatividade surge como alternativa para a geração de renda, emprego e riqueza. A cultura e a criatividade tomam relevância no contexto dos estudos econômicos a partir do momento em que elas passam a ter valor econômico.

A Economia da Cultura e das Indústrias Criativas, assim, vem ganhando destaque na literatura e aos olhos dos formuladores de políticas públicas, conforme as rendas per capita aumentam e os padrões de consumo migram de produtos para serviços (RODRIK, 2016; BUCKLEY; MAJUMDAR, 2018). Essa mudança estrutural revela o potencial gigantesco de um setor que outrora era marginalizado ou subestimado pelos economistas. Essa maior atenção ao setor está fazendo com que países desenvolvam pesquisas e centros de estatísticas para melhor entender as capacidades de geração de renda, empregos e encadeamentos que os setores culturais e criativos (SCC) podem proporcionar.

A criatividade surge como alternativa para a geração de renda, emprego e riqueza. A cultura e a criatividade tomam relevância no contexto dos estudos econômicos a partir do momento em que elas passam a ter valor econômico.

Nesse sentido, o Produto Interno Bruto (PIB) é um dos principais indicadores utilizados internacionalmente para a comparação entre economias, sendo também utilizado como proxy para a “saúde” da economia de países, regiões e unidades federativas, entre outras unidades espaciais. Quando se fala de setores, essa declaração também é válida, isto é, o PIB de um determinado setor, ou a contribuição desse setor para o PIB nacional, ajuda a conhecer sua importância e seu potencial. Nesse sentido, o PIB setorial é um indicador-chave para o desenvolvimento de políticas setoriais e, a depender da relevância do setor, pode ser usado inclusive para fomentar o desenvolvimento em nível nacional.

Ao mesmo tempo, ao falarmos em um setor tão dinâmico como é o criativo, devemos atentar para as suas especificidades no momento do cálculo desse PIB setorial. Pensar a economia criativa em países em desenvolvimento envolve uma série de desafios específicos, como a diversificação econômica e a geração de empregos qualificados. Como argumenta Reis (2008, p. 20), isso torna central definir

não como medir, mas sim o que medir: encontrar as características de economia criativa adequadas a cada país ou região, identificar suas vantagens competitivas, sua unicidade, seus processos e dinâmicas culturais, as redes de valor criadas e o valor agregado potencial da intangibilidade de seus produtos e serviços.

De forma a capturar quais são essas especificidades de maneira estruturada, foram propostas duas dinâmicas de consultas concomitantes. A primeira foi feita com quatro especialistas internacionais, que foram convidados a participar de duas oficinas de discussão sobre os setores criativos. Nessas oficinas, eles trouxeram os pontos principais que creem ser essenciais para entender o setor atualmente e no futuro, e foram convidados a fazer propostas que pudessem capturar o que não está sendo medido na Ecic pelas técnicas tradicionais. Os artigos com as propostas metodológicas por eles formuladas para complementar o cálculo do PIB são parte desta revista.

o Produto Interno Bruto (PIB) é um dos principais indicadores utilizados internacionalmente para a comparação entre economias, sendo também utilizado como proxy para a “saúde” da economia de países.

A segunda consulta foi feita com especialistas nacionais para checar quais são as especificidades da Ecic no Brasil. Nesse contexto, a metodologia Delphi foi utilizada para permitir maior amplitude de respostas. O Delphi é um método de análise qualitativa reconhecido como um instrumento científico para a obtenção de conhecimentos de especialistas. Ele permite estruturar processos de comunicação a fim de obter resoluções para problemas complexos, mesmo que os indivíduos selecionados estejam geograficamente distantes (LINSTONE; TUROFF, 2002; GRISHAM, 2009; OKOLI; PAWLOWSKI, 2004). Para isso, o método Delphi se estrutura em uma série de interações mediadas pelos pesquisadores, em duas ou mais rodadas de coleta de dados. Enquanto os resultados obtidos por essas rodadas são explorados na terceira seção deste artigo, na próxima seção resumimos os resultados extraídos dos especialistas internacionais.

Pensar a economia criativa em países em desenvolvimento envolve uma série de desafios específicos, como a diversificação econômica e a geração de empregos qualificados.

Especialistas internacionais: contribuições metodológicas

Os encontros com especialistas internacionais foram focados na discussão sobre mensuração da Ecic por meio do PIB e quais são suas limitações. De maneira bem direta, nas ciências econômicas, o PIB de um país ou região representa a produção de todas as unidades produtoras da economia (empresas públicas e privadas produtoras de bens e prestadoras de serviços, trabalhadores autônomos, governo etc.) num dado período (ano e trimestre, em geral), a preços de mercado. Tradicionalmente, o PIB é medido por meio da identidade macroeconômica da contabilidade nacional na qual as óticas da renda, produto e despesa, por definição, produzem o mesmo resultado. Em outras palavras, o sistema de contas nacionais (SCN) estabelece que o PIB pode ser medido por meio da soma das rendas, dos produtos (através dos seus valores monetários) ou das despesas (ou gastos) de um país.

Ao falarmos sobre o setor criativo de maneira geral, esse método de cálculo muitas vezes não capta as dinâmicas mais inovadoras do setor. Ao reunirmos quatro especialistas de diferentes regiões do mundo e com diferentes especialidades, o intuito foi procurar, nas discussões com eles, possíveis ideias de valores gerados pelo setor criativo que não são necessariamente captados nos cálculos tradicionais[1].

Ao todo, foram realizados dois encontros imersivos, entre os meses de março e junho de 2022. No primeiro encontro, foram apresentados aos especialistas pela equipe de pesquisa os dados disponíveis nas bases oficiais brasileiras e a análise sobre a primeira rodada do Delphi, assim como a divisão de categorias setoriais selecionadas, que está disponível e baseada no Painel de Dados do Observatório Itaú Cultural. A dificuldade de mensurar os valores gerados a partir das mudanças no digital foi o ponto central da discussão, um consenso entre todos os especialistas. De maneira direta e não específica, foram destacados quatro grandes impactos da digitalização setorial e as dificuldades que eles impõem na mensuração.

Imagem feita de papéis coloridos.
Antera 16 - Obra de Adriano Catenzaro 

Primeiro, a transição estrutural no sentido mais amplo e que afeta mais de um aspecto da nossa vida cotidiana: a maior convivência direta em “mundos virtuais” e os produtos e serviços que são gerados especificamente para eles. Um exemplo muito claro seria o do metaverso, no qual serviços tradicionais, como arquitetura, podem ser adaptados para serem prestados diretamente na construção de prédios completamente digitais, assim como a criação de artefatos (por meio de NFTs), que têm seu valor dentro de um contexto completamente inovador. Toda essa corrente de potenciais novos fluxos é de difícil mensuração e, até mesmo, de classificação dentro da nossa compreensão das atividades econômicas atuais.

Segundo, o impacto nos modelos de negócio e o surgimento de um ecossistema digital que vai além do foco na venda do produto/serviço específico, extraindo valor das relações estabelecidas nos ecossistemas. Esse fenômeno está relacionado ao fato de que, para promover um certo produto, decisões que não seriam consideradas racionais do ponto de vista da economia clássica acabam sendo tomadas considerando-se o potencial de ampliação de consumo por meio do engajamento digital. Nesse sentido, o conteúdo produzido relacionado a um produto principal não é diretamente monetizável, mas passa a ser fundamental para a criação de valor econômico. A venda de um produto ou serviço cultural está atrelada à criação de conteúdos que não necessariamente têm valor por si só, mas que são fundamentais no conjunto. Mensurar o valor desse conteúdo que não é monetizável é um grande desafio.

a transição estrutural no sentido mais amplo e que afeta mais de um aspecto da nossa vida cotidiana: a maior convivência direta em “mundos virtuais” e os produtos e serviços que são gerados especificamente para eles.

Terceiro, o comércio digital dos setores criativos é diretamente afetado de duas maneiras. Primeiro, a exportação/importação de bens/serviços culturais pode ocorrer por meio de plataformas que são, a princípio, gratuitas, como o YouTube. A única maneira de medir o valor da disponibilização gratuita de conteúdo é muito imprecisa e normalmente ligada às propagandas inseridas. A capacidade de estimar o valor dessa exportação, contudo, permanece difusa, pela falta de disponibilização de dados de consumo real. Outro ponto em relação ao comércio digital diz respeito às próprias plataformas nas quais esse comércio ocorre e como esse fluxo poderia ser mais bem contabilizado. Apesar de perspectivas diferentes, os desafios impostos são relacionados, uma vez que é necessário saber quais são os caminhos percorridos por esses fluxos para melhor mensurá-los.

Por fim, um último ponto levantado, que está parcialmente relacionado ao terceiro, é o de como a revolução do digital criou bases de dados coletivas de conhecimento compartilhado que não são monetizadas, como a Wikipédia, mas que geram valor por meio de seu uso. Ao fim, o desafio aqui é tanto na mensuração dos custos desses benefícios quanto na mensuração do valor gerado para os seus usuários. A diferença em relação ao terceiro ponto é que essas bases surgiram de vontade coletiva e não necessariamente foram pensadas com intuitos comerciais.

As discussões acima apontadas geraram propostas dos especialistas de artigos que ajudassem a superar alguns desses problemas de mensuração do digital no PIB da Ecic. Essas propostas foram discutidas em um segundo encontro e, posteriormente, transformadas em artigos que fazem parte deste volume. As discussões também serviram de base para decisões metodológicas de inclusão de outras remunerações no cálculo do PIB da Ecic.

como a revolução do digital criou bases de dados coletivas de conhecimento compartilhado que não são monetizadas, como a Wikipédia, mas que geram valor por meio de seu uso.

Especialistas nacionais: contribuições metodológicas e resumo do esforço

A consulta a especialistas nacionais ocorreu por meio do método Delphi em duas rodadas de coleta de dados: a primeira, de caráter exploratório, consistiu na aplicação de questionário aberto, de participação on-line, voluntária, individual e anônima. O questionário era composto de três questões abertas, sem limites de caracteres ou tempo para resposta. A primeira questão versava sobre quais especificidades brasileiras deveriam ser consideradas para a elaboração do cálculo; a segunda, sobre os aspectos a serem considerados na definição das atividades abarcadas; e a terceira, sobre quais indicadores os entrevistados consideravam essenciais. O questionário ficou aberto por 46 dias, entre 3 de fevereiro e 20 de março de 2022, e obteve a participação de 25 especialistas selecionados e convidados pelo Observatório.

Essas respostas, analisadas por meio da Análise de Conteúdo baseada em Sampaio e Lycarião (2021) e Bardin (2010), e apoiada em revisão bibliográfica[2], foram sintetizadas em 14 afirmações que compuseram o questionário fechado aplicado na segunda rodada de coleta de dados, visando à verificação de consensos através da escala Likert de respostas, que variavam de 1 (discordo totalmente) a 5 (concordo totalmente), tendo 3 como ponto neutro (não concordo nem discordo). A estrutura das afirmações propostas, tendo em consideração a análise temática descrita, é apresentada no quadro 1, que se segue.

Quadro 1 representa a estrutura do instrumento para segunda rodada da Delphi

 

Esse questionário, também de participação voluntária, individual e anônima, aplicado de forma on-line, foi mantido aberto por 28 dias, entre 29 de abril e 26 de maio de 2022, e obteve a participação de 41 especialistas. Para a análise dessas respostas, optou-se inicialmente por seguir Scott (2006), compreendendo o grau de concordância como a frequência de respostas “Concordo totalmente” e “Concordo” e explorando as variações nas frequências verificadas na escala Likert. De forma complementar, também foram mobilizados outros elementos de estatística descritiva, como a média e o desvio-padrão.

Uma das possíveis desvantagens da metodologia Delphi está no risco de obtenção de falsos consensos. Entre outros fatores, esse risco está ligado à definição de um grupo de entrevistados demasiadamente homogêneo. Para tentar remediar esse possível viés, a aplicação do questionário na segunda rodada contou com questões que permitiram o levantamento de um perfil dos entrevistados. Nesse sentido, deve ser ressaltada a ausência de participantes autodeclarados pretos e indígenas, bem como a representação majoritária de participantes da Região Sudeste (59%) em detrimento das demais. Por outro lado, houve participação semelhante de homens (51%) e mulheres (41%), diversidade quanto ao perfil profissional e uma distribuição etária que reflete o perfil de especialistas proposto pela iniciativa – concentração etária nas faixas de 35 a 45 anos (24%), 46 a 60 anos (39%) e mais de 61 anos (29%). 

A análise das respostas obtidas durante a segunda rodada do método mostra que, apesar da ampliação no número de respondentes, as temáticas que se destacaram durante a primeira consulta aos especialistas se mantiveram como aquelas com maior grau de concordância na segunda. Primeiramente, os especialistas indicam a necessidade de captar informações sobre a informalidade no setor. A totalidade dos respondentes indicou como necessário incluir informações sobre o trabalho informal e arranjos a ele relacionados, como a intermitência do trabalho e a polivalência dos trabalhadores criativos. Segundo, a necessidade de mensurar para além das realidades centrais. Reconhecendo a dimensão continental do país, é preciso criar instrumentos que abarquem as múltiplas realidades regionais e locais brasileiras, considerando fatores como a diversidade de expressões e atividades artístico-culturais presentes e a existência de arranjos e custos diferenciados entre as regiões. Terceiro, os especialistas apontaram a necessidade de compreensão mais apurada das dinâmicas socioeconômicas do setor cultural brasileiro. De acordo com os especialistas, cabe a uma mensuração econômica do setor captar informações sobre os processos relacionados à desigualdade social brasileira, com destaque à democratização do acesso e da produção cultural, às disparidades de gênero e de raça/cor, à mobilidade social e à concentração e/ou distribuição de renda. Por fim, outro tema relevante foi a necessidade de o trabalho desenvolvido possibilitar uma mensuração recorrente. Nesse sentido, é trazida a importância da construção e/ou mobilização de instrumentos de mensuração que possam ser aplicados com uma periodicidade frequente, gerando séries históricas que permitam compreender a dimensão econômica do setor cultural brasileiro ao longo do tempo.

A totalidade dos respondentes indicou como necessário incluir informações sobre o trabalho informal e arranjos a ele relacionados.

Ainda que com diferentes graus de concordância entre os especialistas, todas as temáticas emergentes no início da pesquisa seguiram se mostrando relevantes para a construção do PIB. Desta feita, sua mensuração é entendida pelos entrevistados como um desafio necessário à compreensão da dimensão econômica da cultura brasileira, capaz de subsidiar futuras ações e políticas para o setor. E, consonante com os apontamentos trazidos pelos entrevistados, cabe levar em consideração o uso periódico e recorrente dos instrumentos que serão construídos para possibilitar mais do que uma fotografia, um acompanhamento das dinâmicas do setor.

Considerações finais

Este artigo pretendeu traçar um panorama da construção metodológica do PIB da Economia da Cultura e das Indústrias Criativas para introduzir ao público o trabalho desenvolvido. A pretensão principal foi a de demonstrar que as escolhas e os focos metodológicos estão baseados em discussões com especialistas nacionais e internacionais do setor e que se tentou levar em consideração todos os pontos levantados.

Dos especialistas internacionais, destacamos que todas as discussões relativas às transformações digitais foram bastante pertinentes e basearam a relevância da reestruturação pela qual passamos. Ressaltamos, contudo, que poucas das contribuições já foram inseridas no cálculo, uma vez que exigiriam um esforço maior de pesquisa. Em relação aos especialistas nacionais, destacamos que foi possível agregar dados para suprir boa parte das preocupações levantadas, principalmente em se tratando da informalidade e da precarização do emprego no setor, das especificidades regionais e sociais e da garantia da replicabilidade contínua da metodologia. Os detalhes sobre o cálculo desse PIB podem ser conferidos no artigo final deste volume.

 

Como citar este artigo

MÖLLER, Gustavo et al. O processo de construção do PIB da Economia da Cultura e das Indústrias Criativas. Revista Observatório Itaú Cultural, São Paulo, n. 34, 2023.

Gustavo Möller, sócio fundador da Catavento Pesquisas, é bacharel em relações internacionais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e mestre e doutorando em estudos estratégicos internacionais na mesma instituição. Atua como consultor na área de economia criativa e da cultura desde 2014.

Karina Ruiz, pesquisadora associada da Catavento Pesquisas, é bacharela em relações internacionais e mestra em políticas públicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Desde 2017, atua como pesquisadora em economia criativa. É pesquisador associada da Catavento Pesquisas. (ORCID: https://orcid.org/0000-0002-2314-5152)

Leandro Valiati, economista e ph.D. em desenvolvimento econômico, com pós-doutorado em indústrias criativas pela Universidade Sorbonne Paris 13 (França). Atualmente atua como professor na Universidade de Manchester, como professor de Indústrias Criativas na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e como professor visitante e pesquisador na Universidade Queen Mary de Londres (Reino Unido) e na Universidade Sorbonne Paris 13.

Filipe da Silva Lang, pesquisador da Catavento Pesquisas, é formado em economia pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e mestre em Economia da Indústria e da Inovação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). ORCID (https://orcid.org/0000-0002-9641-8449)

 

Referências

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BUCKCLEY, P.; MAJUMBAR, R. 2018. The services powerhouse: Increasingly vital to world economic growth. Disponível em: https://www2.deloitte.com/us/en/insights/economy/issues-by-the-numbers/trade-in-services-economy-growth.html/#endnote-sup-2. Acesso em: 31 out. 2022.

GRISHAM, T. The Delphi technique: a method for testing complex and multifaceted topics. International Journal of Managing Projects in Business, 2009.

LINSTONE, H. A.; TUROFF, M. The Delphi method: Techniques and applications. Reading: Addison-Wesley Publishing Company, 2002.

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OAKLEY, K. Not So Cool Britannia: The Role of the Creative Industries in Economic Development. International Journal of Cultural Studies, vol. 7, issue: 1, p. 67-77, 2004.

OKOLI, C.; PAWLOWSKI, S. D. The Delphi method as a research tool: an example, design considerations and applications. Information & Management, 42, p. 15-29, 2004.

REIS, A. C. F. (org.). Economia criativa como estratégia de desenvolvimento: uma visão dos países em desenvolvimento. São Paulo: Itaú Cultural: Garimpo de Soluções, 2008.

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SCOTT, C. Museums: Impact and Value. Cultural Trends, v. 15, n. 1, p. 45-75, mar. 2006.


[1] Os especialistas, que são também autores de artigos neste volume, são Diana Marcela Rey (Colômbia), Pier Luigi Sacco (Itália), François Moreau (França) e Trilce Navarrete (natural da Cidade do México e residente na Holanda).

[2] A análise qualitativa das respostas foi realizada através de uma análise de conteúdo. Adicionalmente, utilizou-se a abordagem caracterizada por Linstone e Turoff (2002) como lockeana, interessada em compreender as possíveis posições de compromisso. Essa abordagem se mostrou mais aderente aos temas em que as respostas dos entrevistados tiveram um baixo nível conflitivo ou indicaram uma busca por posições intermediárias. A partir desses casos e a fim de não ignorar divergências metodológicas importantes para a pesquisa, foram elaboradas as afirmações sobre como mensurar os temas sugeridos.