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Esta entrevista realizada por Héctor Briones com o professor e teórico teatral argentino Jorge Dubatti faz parte da 30ª edição da Revista Observatório Itaú Cultural, dedicada às artes cênicas em tempos de pandemia. Discutida em diversos artigos da publicação, a relação entre tecnologia e cena gerada neste complexo contexto sociocultural é abordada a partir de dois conceitos-chave no pensamento teatral de Dubatti: o convívio e o tecnovívio. 

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Um dos temas centrais da conversa é como as problemáticas de ordem local versus global afetam os modos de convívio na sociedade contemporânea, globalizada e tecnológica e impactam a arte teatral. 

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Escavar o escuro (2015) (imagem: Daniela Paoliello)

A partir de uma concepção de teatro como acontecimento, Dubatti vem desenvolvendo uma filosofia do teatro que se desdobra também em ações culturais de alcance internacional. Um exemplo é a Escola de Espectadores, iniciada por ele na Argentina e hoje com mais de 60 unidades em diversos países (Chile, Costa Rica, República Dominicana, França e Polônia, entre outros). 

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Escavar o escuro (2015) (imagem: Daniela Paoliello)

A crise sanitária deu uma nova repercussão ao seu trabalho, em especial às suas indagações sobre convívio e tecnovívio. É desse renovado alcance que trata esta entrevista, com agudas contribuições para pensar as atuais práticas tecnoviviais, que possibilitaram a continuidade da prática teatral mesmo na falta do convívio. Debate-se também a importância, no contexto da teoria teatral mundial, de forjar um pensar teatral (uma filosofia do teatro) a partir das nossas próprias territorialidades. 

 

Héctor Briones
Artista e pesquisador teatral, é professor do Instituto de Cultura e Arte da Universidade Federal do Ceará (ICA/UFC).

Jorge Dubatti
Crítico, historiador e professor universitário especializado em teatro e artes. É diretor-geral da Sala de Aula de Espectadores de Teatro da Universidade Nacional Autônoma do México (Unam); participa do projeto École du Spectateur de Nouvelle-Aquitaine, na França, para a criação da primeira escola de espectadores digitais; e é co-coordenador da Escola Internacional de Espectadores da Ibero-América e do Caribe (Eiec), com sede institucional no Festival internacional de teatro de Manizales, na Colômbia. Autor de diversas publicações, em 2007 e 2017, recebeu o Prêmio Konex de Jornalismo-Comunicação (Diploma de Mérito) nas categorias Crítica Literária e Crítica de Espetáculos de Teatro-Dança-Cinema, respectivamente. Em 2015 e 2018, recebeu também o Prêmio Excelência Acadêmica da reitoria da Universidade de Buenos Aires. É presidente da Associação Argentina de Espectadores de Teatro e Artes Cênicas (Aetae) desde 2019 e foi secretário de Relações Internacionais da Associação Argentina de Pesquisa e Crítica Teatral (Aincrit) entre 2018 e 2020. Foi nomeado, em 2020, padrinho honorário da Biblioteca Teatral Verónica Bucci, da delegação de Santa Fé, pela Associação Argentina de Atores. Dirige o programa El tiempo y el teatro, da Rádio Nacional AM870.

 

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