“E se eu ficasse eterna?”, escreveu Hilda Hilst. Tendo se entregado toda à criação literária, a escritora passou a maior parte de sua vida assim: na Casa do Sol, concentrada em seu trabalho, às voltas com mistérios do planeta e apuros financeiros. Sempre preocupada com a pequena repercussão de sua obra entre o público leitor, o que a autora queria mesmo era ser lida, chegar ao outro (para além da crítica especializada).
E foi no início da década de 2000, mesma época do falecimento da artista (2004), que a obra hilstiana alcançou um espaço maior, em boa medida graças à reedição empreendida por uma editora de grande porte. Hoje, sua produção conquista um tanto de gente, leitores que fazem com que Hilda, enfim, fique eterna.
Esse para sempre da ficcionista perpassa também pelas homenagens já realizadas. Em 2015, a 22ª Ocupação Itaú Cultural celebrou Hilda Hilst, mostra desdobrada em uma publicação impressa (cujo arquivo pode ser encontrado aqui) e em um site (acesse aqui) repleto de fotografias, textos e áudios em relação à trajetória da prosadora. Abaixo, alguns dos vídeos gravados em razão da mostra, os quais podem ser vistos e revistos, uma forma de comemorar os 90 anos da escritora sem fim.
Outra maneira de se juntar ao festejo é participar da campanha do Instituto Hilda Hilst: grave um poema ou um trecho de uma obra da autora, publique em suas redes sociais e use a hashtag #Hilda90.