A partir do dia 11 de março, a Itaú Cultural Play, plataforma de streaming do Itaú Cultural (IC), exibe a Mostra mulheres em luta, com curadoria de Carla Italiano e Claudia Mesquita para o forumdoc.bh – Festival do filme documentário e etnográfico de Belo Horizonte.

O programa da mostra conta com seis filmes documentais que tratam da emergência política das mulheres no documentário moderno brasileiro. Períodos históricos e movimentos sociais são apresentados em obras em que a experiência feminina questiona opressões, desigualdades e assimetrias históricas, inclusive no espaço doméstico, e retratam uma sociedade ainda conservadora e excludente.

Veja outras informações na plataforma.

Mostra mulheres em luta – forumdoc.bh
a partir de 11 de março de 2022
acesse a Itaú Cultural Play

Filmes

Tarumã (1975), dirigido por Aloysio Raulino, Guilherme Lisboa, Mario Kuperman e Romeu Quinto, traz o depoimento de uma boia-fria moradora de Tarumã, município do estado de São Paulo, e aborda questões de família, educação e condições de vida da população campesina no país.
[duração: 13 minutos]

Trabalhadoras metalúrgicas (1978), de Olga Futema e Renato Tapajós, foi realizado durante o I congresso da mulher metalúrgica de São Bernardo e Diadema, em 1978, e conta com depoimentos sobre as condições de trabalho de mulheres da indústria.
[duração: 15 minutos]

Cabra marcado para morrer (1984), de Eduardo Coutinho, apresenta a história de João Pedro Teixeira, líder da liga camponesa de Sapé (PB), que foi assassinado em 1962. As filmagens foram interrompidas pelo golpe civil-militar em 1964, e parte do material foi apreendido. Quase 20 anos depois, o filme foi retomado em um novo encontro com a história da família e da luta camponesa, do ponto de vista da viúva de João Pedro, Elizabeth Teixeira, e de seus filhos.
[duração: 120 minutos]

Terra para Rose (1987), de Tetê Moraes, introduz Rose, uma agricultora que, junto com outras 1.500 famílias, participou da primeira ocupação de terras improdutivas, na Fazenda Annoi, no Rio Grande do Sul. A trajetória de Rose ecoa na história do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e seus sonhos, na luta pela reforma agrária no país.
[duração: 84 minutos]

Que bom te ver viva (1989), de Lúcia Murat, traz depoimentos reais de oito ex-presas políticas, os quais se misturam a delírios de uma personagem ficcional para apresentar os impactos das situações de tortura durante o período da ditadura civil-militar no Brasil e seus efeitos na vida das vítimas que sobreviveram.
[duração: 100 minutos]

Almerinda, uma mulher de 30 (1991), dirigido por Joel Zito de Araújo e Angela Freitas, resgata a história de Almerinda Farias Gama, mulher negra, nordestina, feminista, advogada e sufragista, ativista na década de 1930. Pioneira na atuação de mulheres negras na política brasileira, foi a única mulher a votar como delegada na Constituinte de 1933.
[duração: 25 minutos]

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