Qual é a história de sua maior saudade?

Os almoços de minha avó Amélia aos domingos, na casa em que cresci, na Vila Madalena. Sinto saudades da doçura de minha avó, da torta de banana, da macarronada, de vê-la fazendo blusas, cachecóis, toalhas em tricô e crochê. De seu riso e choro fáceis.

O que a emociona em seu dia a dia?

Duas situações me emocionam:

As crianças, especialmente quando estão na fase de descobrir o mundo da linguagem.
A dignidade com que as pessoas mais humildes tocam a vida a despeito das adversidades.

Como você se imagina no amanhã?

Uma senhora que trabalha e se entusiasma com a educação e orientação de jovens artistas. 

Quem é Fabiana Cozza?

Uma artista brasileira, negra, cantora, sambista, poeta e pesquisadora.

Fotografia colorida vertical da cantora. O retrato fechado mostra ela do peito para cima, em frente a um fundo mostarda. Ela é uma mulher negra, veste uma blusa amarela com estampa florida verde e vermelha, está com brincos de argola e um anel verde. Sua mão direita está encostando no queixo e as unhas estão pintadas em vermelho. Ela usa na cabeça um turbante azul com detalhes em laranja, rosa, preto e branco. Ela olha para a câmera, séria.
Fabiana Cozza (imagem: José de Holanda)

Um Certo Alguém
Em Um Certo Alguém, coluna mantida pela redação do Itaú Cultural (IC), artistas e agentes de diferentes áreas de expressão são convidados a compartilhar pensamentos e desejos sobre tempos passados, presentes e futuros.

Os textos dos entrevistados são autorais e não refletem as opiniões institucionais.

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Fotografia em preto e branco de Beth Beli. A imagem mostra ela em primeiro plano, sorrindo para a câmera. Ela tem a pele negra e veste uma roupa branca, colar de contas e turbante. O fundo está desfocado.

Beth Belisário, um certo alguém

“Imagino continuar sendo dona da minha própria coroa. Coroa essa que já carrego por causa dos meus tambores e das minhas ancestrais!”, diz a percussionista