Qual é a história da sua maior saudade?

Com certeza minhas duas avós, Carolina e Nena. Elas foram meu primeiro exemplo desses sentimentos antagônicos que o ser mulher nos oferece. Esse misto de força e resiliência. Duas matriarcas que se esforçaram muito para manter suas famílias. Duas mulheres bem realistas e conscientes sobre si e sobre ser mulher em uma sociedade patriarcal. Tenho certeza que se elas estivessem neste mundo agora elas estariam apoiando as mudanças necessárias para vivermos em uma sociedade mais igualitária. Minhas avós sempre foram minhas maiores incentivadoras, me ensinaram muito sobre seguir em frente buscando a realização dos meus sonhos, para que eu não deixasse que ninguém me dissesse que eu não seria capaz. Então, sempre que preciso de um conselho, eu busco mentalmente as lembranças do que elas me falariam.

O que a emociona no seu dia a dia?

O canto dos pássaros. O carinho das minhas gatas, que, enquanto estou trabalhando, ficam deitadas ao lado do computador. A troca diária de mensagens com meus pais e irmão. Olhar para o meu trabalho e saber que o que eu estou construindo pode colaborar para algum tipo de micromudança estrutural.

Como você se imagina no amanhã?

Eu tenho uma grande tendência a estar criando projeções futuras e este período tem me
ensinado muito a me concentrar no agora. Então, eu tenho me firmado aqui esperando que o amanhã traga os frutos do que tem sido plantado hoje.

Quem é Carollina Lauriano?

Uma mulher inquieta e curiosa, que quer estar em constante aprendizado.

Carollina Lauriano (imagem: Lorena Dini)

Um Certo Alguém
Em Um Certo Alguém, coluna mantida pela redação do Itaú Cultural (IC), artistas e agentes de diferentes áreas de expressão são convidados a compartilhar pensamentos e desejos sobre tempos passados, presentes e futuros.

Os textos dos entrevistados são autorais e não refletem as opiniões institucionais.

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