Tereza Maciel
fim. chamado. magia. medo. curiosidade. música. ritmo. canto. emoção. respeito. de novo. de novo. uma banda um. jornada. pontos. pequenas ações de bondade. pequenos robbits. grandes. chaves. ir e vir. da janela lateral. alertas. sonhos. chaves. sentimento. coração. compaixão. mistério. ardósia. folha. elo. reconhecimento. real. vibração. irmandade. josés. gato preto. passagem. fim do ensino médium. linha de passe. trem. bilhete. viagem. despedida. a volta do malandro.
fim. novo tempo. infinita highway.
autoficções,
Márcio Vasconcelos
“Não sei se é lenda ou verdade, meu senhor, falo em meu nome
A lenda começa sempre quando uma história termina
Porque se a história nos conta que Virgulino nasceu
A lenda logo acrescenta que Lampião não morreu
Além da história e da lenda
Existe o sonho do povo
Que, entre o que ouve e o que não ouve
Inventa tudo de novo.
Por isso a lenda é mais certa
Do que o sonho e a história
Porque Lampião ainda vive
Em todas as memórias.”
Na madrugada do dia 28 de julho de 1938, uma quinta-feira, na Grota do Angico, no município de Porto da Folha, em Sergipe, o grupo de Lampião foi atacado pela volante comandada pelo tenente João Bezerra.
Lampião, sua mulher, Maria Bonita, e outros nove cangaceiros foram mortos e decapitados. Suas cabeças foram conduzidas como troféus até a cidade de Piranhas, em Alagoas, e expostas na escadaria da prefeitura.
Esse episódio simboliza o fim do cangaço.
Os cangaceiros não foram heróis nem bandidos.
Foram homens que disseram não à situação.
Salve Lampião!
Salve Maria Bonita!
Salve Luís Pedro, Quinta-Feira, Elétrico, Mergulhão!
Salve Enedina, Moeda, Alecrim, Colchete, Macela!
Salve!
Salve!
Em Inventário, dois fotógrafos recebem, todo mês, uma palavra diferente e são convidados a transformá-la em imagem e texto.