Cena agora – Arte e ciência: corpos reagentes, existências em crise [com interpretação em Libras]
semana 2: quinta 15 a domingo 18 de julho de 2021
on-line – plataforma Sympla/Zoom
Palco virtual – 270 ingressos por dia
[confira o horário e a classificação indicativa de cada sessão na aba programação]
Atividade gratuita
A segunda edição do projeto Cena agora, que desta vez trata das relações entre arte e ciência, chega a sua segunda semana com apresentações de breves trabalhos teatrais (de até 15 minutos) de 15 a 18 de julho. Os ingressos para esses dias já podem ser reservados.
>> Confira a programação da primeira semana, que acontece de 8 a 11 de julho
A abertura fica por conta da mesa de debate Experiências artísticas, obras científicas – um debate sobre a fricção entre arte e ciência, com a participação da pesquisadora Kananda Eller, de Letícia Guimarães, diretora teatral do Museu da Vida (RJ), e do professor e fundador da Seara da Ciência (CE), Marcus Vale. A mediação é de Leonardo Moreira, ator e diretor de teatro e coordenador do Projeto Ciênica.
Já as sessões dos dias seguintes apresentam as cenas produzidas pelos artistas e são seguidas de bate-papo com mediação e com a participação do público.
Clique aqui para saber mais sobre a programação de cada dia e reservar seus ingressos.
Cena agora – arte e ciência: corpos reagentes, existências em crise [com interpretação em Libras]
semana 2: quinta 15 a domingo 18 de julho de 2021
on-line – plataforma Sympla/Zoom
Palco virtual – 270 ingressos por dia
[confira o horário e a classificação indicativa de cada sessão na aba Programação]
Atividade gratuita
Saiba como acessar a transmissão via Sympla.
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Cenas de Territórios Sensíveis e Castiel Vitorino + debate [com interpretação em Libras]
Reserve seu ingresso.
[classificação indicativa: 12 anos]
Não se pode tocar, está em mim, está em nós
com Territórios Sensíveis
A destruição causada pelo extrativismo mineral é fator irreversível. A poluição e a devastação geradas pela exploração desenfreada dos minérios em território brasileiro impactam solos, rios, lençóis freáticos e ar. Estão em nossos corpos, adoecidos pela contaminação e sufocados em um contexto sistêmico, que nos rouba sensibilidades e saúde e nos lança a violências já incorporadas ao cotidiano da vida. A obra traz como questão estético-política central os danos, impactos e sensações gerados pelas ruínas criadas pelo extrativismo mineral. Nesta proposição, o grupo se lança ao campo da memória corporificada, na construção poética de dizeres outros, juntamente e para além deles mesmos.
Ficha técnica
Criação colaborativa: Ana Emerich, Eloisa Brantes, Sofia Mussolin e Walmeri Ribeiro
Performance: Walmeri Ribeiro
Direção de cena e dramaturgia: Eloisa Brantes
Imagens e pesquisa de campo: Walmeri Ribeiro
Direção de fotografia e câmera: Sofia Mussolin
Pesquisa, captação e composição sonora: Ana Emerich
Montagem e finalização: Sofia Mussolin
Realização: Territórios Sensíveis
Espaços perecíveis de liberdade
com Castiel Vitorino
“Em Boituva (SP), as luminosidades e as escuridões são presságios. Então criei alguns templos efêmeros, para cultuarmos o acaso.”
Ficha técnica
Templos, direção e montagem: Castiel Vitorini Brasileiro
Fotografia: Castiel Vitorino Brasileiro e Roger Ghil
Produção e finalização: Roger Ghil
Indumentária: Rainha F
Agradecimento: Família Alves Avila
mediação Emerson Uýra
Emerson Uýra é artista visual indígena, formada em biologia e mestre em ecologia, parte também da arte-educação em comunidades de beiras de rios. Reside em Manaus, território industrial no meio da Amazônia Central, onde se transforma para viver Uýra, uma manifestação em carne de bicho e planta que se move para exposição e cura de doenças sistêmicas coloniais. Através de elementos orgânicos, utilizando o corpo como suporte, encarna essa árvore que anda e atravessa suas falas em fotoperformance e performance. Interessa-se pelos sistemas vivos e suas violações, e, a partir da ótica da diversidade, da dissidência, do funcionamento e da adaptação, (re)conta histórias naturais, de encantaria e atravessamentos existentes na paisagem floresta-cidade.
17/07/2021 SÁBADO - 20h às 22h
Cenas de Tercer Abstracto, Nelson Baskerville e Cau Vianna + debate [com interpretação em Libras]
Reserve seu ingresso.
[classificação indicativa: 14 anos]
Figura humana
com Tercer Abstracto
Pesquisa e criação a partir do manifesto “Homem e figura artística” (1925), de Oskar Schlemmer, que apresenta os princípios metodológicos da prática cênica da oficina de teatro da Bauhaus. O projeto retoma as observações sobre a composição cênica desenvolvidas pelo professor da Bauhaus e elabora, a partir do contexto político atual, uma releitura do corpo humano como mobilizador da arquitetura social. A perspectiva transdisciplinar entre arte e ciência desenvolvida pelos estudantes e professores da Bauhaus inspira a companhia Tercer Abstracto a apostar no estudo sistemático dos elementos compositivos cênicos para recriar um novo vocabulário corpóreo-espacial que provenha das manifestações sociais.
Ficha técnica
Conceito: Tercer Abstracto
Direção: David Atencio
Produção: Jota Rafaelli
Voz: Constanza Espinoza, David Atencio e Mateus Fávero
Sonoplastia: Pablo Serey
Performers: Felipe Rocha, Isabel Monteiro e Mateus Fávero
Audiovisual: Julio Lobos e Matheus Brant
Fotografía: Brendo Trolesi
Corpos aleatórios ou Sobre a aparente aleatoriedade da vida
com Cau Vianna e Nelson Baskerville
Neste experimento, são usadas as histórias de cinco artistas de características e vivências bem diferentes entre si, cada um narrando suas experiências em quatro partes: infância (cabeça), adolescência (tronco), vida adulta (cintura) e a vida em um minuto (pernas).
Ficha técnica
Direção geral: Nelson Baskerville
Elenco: Dani D’eon, Larissa Nunes, Michelle Bráz, Nelson Baskerville e Ronaldo Fernandes
Estudo de mecanismos e estruturas matemáticas e provocação: Carlos Vianna
Direção e produção dos vídeos: Raimo Benedetti
Musica para Dani D’eon: Rodolfo Shwenger
Realização: AntiKatártiKa Teatral (AKK)
mediação Cau Vianna
Cau Vianna é educador e professor, formador e palestrante sobre conteúdos de ciência, educação e tecnologia. Na educação não formal, foi coordenador científico e pedagógico na Sabina Escola Parque do Conhecimento, de Santo André (SP), onde coordenou uma equipe de 160 educadores e mediadores atuando na formação, criação de eventos e montagem de experimentos interdisciplinares relacionados a neurociência, história da ciência e termodinâmica.
16/07/2021 SEXTA-FEIRA - 20h às 22h
Cenas de Ronaldo Serruya e Fabiano Freitas e Renata Meiga e Jhoão Junnior + debate [com interpretação em Libras]
Reserve seu ingresso.
[classificação indicativa: 16 anos]
O futuro não é depois: uma performance palestrativa sobre Cazuza e Herbert Daniel
com Fabiano Freitas e Ronaldo Serruya
No entorno dos 40 anos do início da epidemia de HIV/Aids, os artistas bixas Fabiano Dadado de Freitas e Ronaldo Serruya promoveram o encontro de suas pesquisas sobre os corpos dissidentes com as reflexões a partir da chegada do vírus que mudou a história. Novamente no centro de outra epidemia e juntos, acessando uma determinada ancestralidade positiva através do pensamento-ação de Cazuza e Herbert Daniel, os artistas procuram realizar um chamamento que parte do passado, mas aponta para o futuro, numa ideia espiral sobre o tempo.
Ficha técnica
Concepção, pesquisa e atuação: Fabiano Dadado de Freitas e Ronaldo Serruya
Provocação: Dodi Leal
Das águas que atravesso: um diário da vida que ancoro
com Jhoao Junnior e Renata Meiga
Diário fílmico que retrata a experiência da médica Renata Meiga como doula de morte para seus pacientes. A morte é um caminho encarado pela perspectiva do cuidado e da vida que há enquanto a morte não chega. Há vida nessa travessia. Na obra, o olhar dos cuidados paliativos e de uma medicina que vê a morte como um processo a ser vivenciado de forma natural e honrosa. Relatos e depoimentos que foram escritos ao longo da experiência com diversos pacientes emolduram as imagens que fabulam a presença dos mortos. A cura está no tempo da vida que se toma por parte do indivíduo que a vive. Ali o ser é encarado em sua totalidade, e a morte não é um fracasso da medicina, mas uma travessia que segue em cada familiar que aqui está.
Ficha técnica
Obra criada a partir dos diários de doulagem de Renata Meiga.
Direção e roteiro: Jhoão Junnior
Montagem, colorismo e som: Milena Medeiros
Cinegrafistas: Alicia Rovath e Milena Medeiros
Participação: Amir Charruf
Artista provocadora: Dodi Leal
Realização: O teatro da Mente e Renata Meiga
mediação Dodi Leal
Dodi Leal é professora do Centro de Formação em Artes e Comunicação da Universidade Federal do Sul da Bahia (CFAC/UFSB), em Porto Seguro. Líder do grupo de pesquisa Pedagogia da Performance: Visualidades da Cena e Tecnologias Críticas do Corpo [Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)/UFSB]. Realiza estudos e obras artísticas de performance e iluminação cênica, perpassando por ações de crítica teatral, curadoria e pedagogia das artes.
15/07/2021 QUINTA-FEIRA - 20h às 21h30
Debate: Experiências artísticas, obras científicas – um debate sobre fricção entre arte e ciência [com interpretação em Libras]
com Kananda Eller (BA), Letícia Guimarães (Museu da Vida/RJ) e Marcus Vale (Seara da Ciência/CE)
mediação Leonardo Moreira (UFRJ)
Reserve seu ingresso.
[classificação indicativa: 10 anos]
Kananda Eller também é conhecida como Deusa Cientista nas redes sociais e faz uma divulgação científica trazendo referências negras sob uma afroperspectiva. É formada em química pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e mestranda em ensino de ciências ambientais na Universidade de São Paulo (USP), além de ser cofundadora e coordenadora de um Quilombo Educacional.
Leonardo Moreira é ator e diretor de teatro, coordenador do Projeto Ciênica, que desenvolve pesquisas e práticas em ciência e arte. É licenciado em química pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), mestre em ensino de ciências pela Universidade de São Paulo (USP) e doutor em educação também pela USP.
Letícia Guimarães é bacharel em direção teatral pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com 26 anos de prática e dedicação às artes cênicas. Atua no Museu da Vida – Fiocruz criando e dirigindo espetáculos teatrais com o objetivo de promover a saúde e popularizar a ciência com um viés político-social.
Marcus Vale possui doutorado (1982) e pós-doutorado (1983) pela Universidade Oxford, na Inglaterra, mestrado em bioquímica pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e graduação em farmácia bioquímica pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Ingressou na UFC como docente em 1976 e aposentou-se em 2017 como professor titular. Fundou a Seara da Ciência, o museu de ciência da UFC, onde foi diretor por 18 anos. Atualmente, coordena o grupo de teatro e outras atividades de divulgação científica da Seara.