Classificação indicativa: Livre
 

O grupo vocal Seis Canta, formado por Amanda Temponi, Aninha Ferrini, Everton Dantas, Paulla Zeferino, Raquel Bernardes e Wilson Alves, se apresenta no foyer do Auditório Ibirapuera para mostrar um repertório de canções, com novos arranjos, de grandes nomes da música brasileira – como Djavan, Caetano Veloso, Celso Viáfora e Os Mutantes. A apresentação tem a participação do grupo vocal Sinetos, composto de jovens alunos da Escola do Auditório.

“O show faz uma homenagem à música vocal a cappella”, fala Everton Dantas. “Nos últimos anos, vínhamos trabalhando nossos espetáculos Meio-Fio – Repensando os Limites na Metrópole [de 2015 e que faz uma reflexão sobre os conflitos urbanos] e Identidades [de 2017 e que debate o respeito e a tolerância às diferenças], que são mais cênicos e críticos. Agora, resolvemos nos dedicar à parte musical e apostar em novos arranjos”, explica. “O repertório tem um tom mais leve que o habitual e não teremos percussão, que era parte da nossa estética também. É um momento novo e de experimentação para o grupo”.

Everton, que além de integrante do Seis Canta é professor de canto na Escola do Auditório (assim como os companheiros Aninha Ferrini e Wilson Alves), conta que o grupo – surgido em 2012 no Auditório quando seus integrantes ainda eram alunos – sempre teve como compromisso a pesquisa da música brasileira e da estética da música vocal. Segundo ele, apesar de pouco fomentada e ainda restrita a alguns espaços de exibição no país, a música vocal continua conquistando e encantando o público por unir pessoas diversas, de diferentes culturas, costumes e ideias, que entram em harmonia por meio dela. 

“Temos uma tradição de música vocal no Brasil que começa na década de 1960 com grupos como MPB4 e Quarteto em Cy, passa pelos anos 1980 com Equale e Cobra Coral, e segue por 1990 e 2000 com BR6, Canto Ma Non Presto e Vésper Vocal [de Jussara Marçal]. E essa grande fonte, da qual bebemos, também enfrentou a batalha que é fazer esse tipo de música no país”, fala. “Infelizmente, não a vemos tocando no rádio, já que é uma estética pouco incentivada e fomentada. Mas mesmo assim as pessoas continuam ouvindo e compondo. Isso porque encontramos nela um ambiente para nos expressar, no qual a voz é tratada como instrumento musical, como instrumento principal. Por meio das canções, ela acaba se tornando um veículo de visão de mundo, de estado de espírito, de expressões diversas entrando em harmonia. Esse é o encanto dela.”

O Seis Canta, que tem canções autorais em seu trabalho, já que alguns de seus integrantes também são compositores, ganhou destaque em 2013 ao conquistar o segundo lugar no Concurso Nacional de Novos Grupos Vocais (Brasil Vocal), realizado na cidade do Rio de Janeiro. Em 2015, o espetáculo Meio Fio – Repensando os Limites na Metrópole foi contemplado pelo programa VAI, da Prefeitura de São Paulo, e levado a diversos centros culturais da periferia da cidade. Em 2016, o Seis Canta representou o Brasil, ao lado do grupo BeBossa, no Festival Asunción a Voces, realizado no Paraguai.


Música no Foyer | Seis Canta [com interpretação em Libras] 
domingo 24 de novembro de 2019
às 19h
[duração aproximada: 60 minutos]

Entrada gratuita [a apresentação será no foyer do Auditório Ibirapuera]

[livre para todos os públicos]

abertura da casa: 90 minutos antes do espetáculo

Veja também
Juçara Marçal é negra, usa os cabelos curtos e forma um triângulo com as duas mãos no rosto, deixando olhos, nariz e boca de fora. O título Toca Brasil aparece no canto direito, em amarelo.

Juçara Marçal – Toca Brasil

Cantora e compositora de voz potente, afinação precisa e coerência artística inabalável, Juçara integrou o grupo A Barca e atualmente faz parte do Metá Metá