Festival de culturas surdas [com interpretação em Libras]
segunda 9 a domingo 22 de agosto de 2021 on-line
Entre 9 e 22 de agosto, o site do Itaú Cultural apresenta a quarta edição do Festival de culturas surdas. Com o tema multiculturalidade surda, o evento busca destacar as diferentes realidades das pessoas com deficiência auditiva.
A programação conta com um festival de videopoesias e com mesas de debate. Os trabalhos poéticos são apresentados por Renata Freitas, poeta e professora de literatura surda e Libras, e pelo Coletivo Mão Dupla, formado por artistas surdos e ouvintes, e ficam disponíveis para o público ao longo de todo o evento, de 9 a 22 de agosto.
Os debates, por sua vez, ocorrem entre os dias 9 e 13 e pensam questões como a negritude surda e a vivência de pessoas surdas que integram a comunidade LGBTQIA+. Clique aqui (ou acesse a aba Programação) para saber mais sobre as mesas. Os encontros são disponibilizados nesta mesma página.
Festival de culturas surdas [com interpretação em Libras]
segunda 9 a domingo 22 de agosto de 2021 on-line
Nesta aula, vamos fazer um disco cinético e brincar com as imagens em movimento
13/08/2021 SEXTA-FEIRA - 19h às 21h
Mulheres surdas e feminismo
Mulheres surdas também sofrem com o machismo – e se organizam contra essa opressão em coletivos feministas de mulheres surdas. Esta mesa tem como foco a vivência dessas pessoas. Com Gabriela Grigolom Silva, Nayara Silva e Victória Hidalgo Pedroni.
Gabriela Grigolom Silva é ativista, atriz, surda, poeta, slammer e feminista negra. Trabalha no campo do teatro – já dirigiu uma peça com elenco formado apenas por pessoas surdas – e produz música em Libras. Atualmente estuda artes cênicas na Universidade Estadual do Paraná (Unespar).
Nayara Silva é mulher preta e surda e mãe de duas crianças codas (ouvintes filhos de pais surdos). Slammer MC, performer e atriz, é cofundadora do grupo Ramarias e contadora de histórias no grupo êBa!
Victória Hidalgo Pedroni é militante do feminismo surdo. Graduada em letras/Libras pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), faz mestrado na mesma instituição.
12/08/2021 QUINTA-FEIRA - 19h às 21h
Surdos LGBTQIA+
A mesa reúne pessoas surdas que integram a comunidade LGBTQIA+ e que fazem de suas vidas espaços de arte e política. Com Kitana Dreams, Pietra Simon e Yanna Porcino.
Kitana Dreams é drag queen surda, influenciadora digital e maquiadora. Em 2013 e 2014, foi a primeira drag queen surda a ser coroada no Miss Rio de Janeiro Gay Plus Size. Quando não está de Kitana, é Leonardo.
Pietra Simon é mulher trans e surda. Professora de Libras, atua como ativista em defesa da comunidade surda e dos movimentos feminista e LGBTQIA+.
Yanna Porcino é artista surda. Poeta, desenhista e professora e intérprete de Libras, criou no Instagram a página Meus sinais expressam.
11/08/2021 QUARTA-FEIRA - 19h às 21h
Negritude surda
E quando as opressões se sobrepõem? E quando, além das barreiras impostas às pessoas surdas, se deve lidar com as barreiras impostas às pessoas negras? Esta mesa reúne pessoas negras e surdas que se envolvem nessa questão de diferentes maneiras – seja por meio da educação e da militância ativa, seja através de pesquisas acadêmicas ou de produções artísticas. Com Márcia Paulo, Priscilla Leonnor e Wesley Nascimento.
Márcia Paulo é militante negra e surda. Professora de Libras no Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines), é mestranda em educação bilíngue.
Priscilla Leonnor é professora de Libras e de literatura visual na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). Formada em pedagogia e letras/Libras, tem mestrado em ensino. Como ativista negra e surda, apresentou trabalho no Congresso Nacional de Inclusão Social do Negro Surdo e produz uma série de poesias em Libras com o tema da negritude.
Wesley Nascimento é tradutor surdo. Graduando em tradução e interpretação em Libras/português pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), tem intensa pesquisa nos campos de surdez e negritude.
10/08/2021 TERÇA-FEIRA - 19h às 21h
Surdos que ouvem
Há muitas pessoas surdas que preferem o uso do português ao de Libras, e lançam mão com mais frequência de recursos como leitura labial e legendas. Esta mesa tem como foco essa parcela de surdos – formada também por pessoas que usam aparelhos auditivos ou implante coclear. Com JP Acciari, Lak Lobato e Paula Pfeifer.
JP Acciari é designer. Usa o implante coclear desde os 5 anos de idade e viveu toda a infância com amigos oralizados e ouvintes. Somente no ensino médio teve contato com surdos que se comunicam em Libras – e então passou a se identificar como tal, buscando igualdade e respeito entre surdos que ouvem, surdos que não ouvem e ouvintes.
Lak Lobato é surda oralizada desde criança e usuária de implante coclear. Formada em comunicação, é palestrante e autora do blog Desculpe, não ouvi!, que já deu origem a duas palestras do projeto TEDx Talks e a quatro livros.
Paula Pfeifer é escritora, criadora do movimento #surdosqueouvem e membro do World Hearing Forum, da Organização Mundial de Saúde (OMS).
09/08/2021 SEGUNDA-FEIRA - 19h às 21h
Línguas de sinais indígenas
A mesa aborda a realidade de pessoas surdas indígenas e as particularidades de suas línguas de sinais. Com Jéssica Pedro, Rosyane Pedro e Shirley Vilhalva.
Jéssica Pedro é surda e indígena da etnia Terena. Cursa o último ano do curso de letras/Libras na Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD).
Rosyane Pedro é intérprete de Libras e indígena da etnia Terena. É graduada em letras/Libras pela UFGD e pós-graduada em educação especial.
Shirley Vilhalva é referência em línguas de sinais indígenas, tendo mapeado em seu mestrado as diferentes línguas usadas em Mato Grosso do Sul. Graduada em pedagogia, tem mestrado em linguística e faz doutorado em linguística aplicada.
A Revista Observatório Itaú Cultural aborda nesta edição o processo de construção de uma metodologia para calcular o PIB da Economia da Cultura e das Indústrias Criativas (Ecic) no Brasil
Três obras já foram lançadas pela editora, situada em Ubatuba, que trabalha artesanalmente com material coletado; conheça este projeto “Rumos Itaú Cultural”