Festival Arte como Respiro apresenta semana de artes cênicas
01/12/2020 - 16:39
- apresentação
- programação
A quarta edição do Festival Arte como Respiro segue em exibição até o próximo dia 21 de dezembro, apresentando mais de 400 artistas nas áreas de artes cênicas e visuais, música, literatura, audiovisual e poesia surda.
De quarta (2) a domingo (6), sempre às 20h, assista a espetáculos teatrais, circenses e de dança e a performances gratuitamente no site do Itaú Cultural (IC). Os detalhes dos eventos desta semana podem ser vistos na aba programação.
Atenção: os trabalhos ficam disponíveis por apenas 24 horas, a partir do momento de sua disponibilização.
>>Acesse a programação completa do Festival Arte como Respiro.
No dia 5 de dezembro, às 17h, tem um bate-papo especial sobre o circo. Galiana Brasil, gerente de Artes Cênicas do IC, recebe Erminia Silva, Lívia Mattos e Fátima Pontes, que contam um pouco de suas vivências, tecendo juntas futuros possíveis para essa linguagem artística.
Festival Arte como Respiro coloca o circo como tema central de debate
Paranajanela; Casamata – Coreobunker; Uma Escada Para o Céu da Boca; Manaós: Uma Saga de Luz e Sombra
Paranajanela (AL)
Sururu Técnicas Circenses
[duração aproximada: 10 minutos]
[livre para todos os públicos]
Drama? Loucura? Convívio do dia a dia. Duas pessoas confinadas, entre altos e baixos, equilíbrios e desequilíbrios, hora carregando, hora sendo carregada. O peso das emoções na convivência, intensificada, pelo isolamento social.
Casamata – Coreobunker (RJ)
Deisi Margarida e Rodrigo Gondim
[duração aproximada: 5 minutos]
[livre para todos os públicos]
Casamata: Isolamento Poético no Coreobunker é uma série de videodanças produzida pelos artistas Deisi Margarida e Rodrigo Gondim. Abruptamente, a casa torna-se o espaço restrito para a experiência humana ao redor do mundo: é o bunker de proteção para uma realidade que pode ser fatal; é o território soberano de confinamento, isolamento, solidão e devaneio. Assim, um apartamento de 40m² converte-se coreógrafo do corpo em seu medo da morte e ímpeto de fuga do claustro. Casamata, na arquitetura militar, é o termo que nomeia instalações fortificadas que abrigam tropas ou materiais de subsistência. Trata-se de um espaço de confinamento, construído como abrigo à possíveis projéteis de guerra. Entender o espaço doméstico como Casamata é defini-lo como contexto tático que serve simultaneamente como abrigo, vigília, experimento e ataque. Neste momento limítrofe de ameaça, propõe-se reconhecer os mecanismos de evocação da intimidade como estratégias de fragilização e busca-se converter a casa em um lugar estratégico de combate.
Uma Escada Para o Céu da Boca (SP)
Mariana Viski
[duração aproximada: 13 minutos]
[livre para todos os públicos]
O chão é apoio, mas também é o limite da queda, da decadência. O trapézio gera sensação de voo, criando a possibilidade de tirar os pés do chão – do mesmo chão responsável por nos aterrar nos momentos de caos. Uma contraposição em movimento constante. O trabalho parte da pesquisa dos diferentes estados corporais das artistas criadoras Marina Viski e Veronica Piccini, que colocam seus corpos expostos aos estímulos contínuos dos aparelhos aéreos e das transformações diárias de um contexto social e político atípico. A importância do apoio mútuo num momento como este também é fonte de inspiração para a cena. Quais são as barreiras que o amor e a empatia precisam ultrapassar para resistir e prevalecer?
Manaós: Uma Saga de Luz e Sombra (PR)
Ave Lola
[duração aproximada: 80 minutos]
[classificação indicativa: 14 anos]
O espetáculo teatral Manaós: Uma Saga de Luz e Sombra dá continuidade à pesquisa poética da Trupe Ave Lola, levando à cena um universo fantástico. A história acontece na época áurea do ciclo da borracha, em Manaus de 1911. Três mulheres de povos distintos, trazidas pelo destino, encontram-se e são desafiadas a enfrentar os medos e as ameaças de uma dura realidade. A obra teve como disparadores o conto Pequena-abelha, a irmã de Árvore-alta, da escritora acreana Jamilssa Melo, e a obra do renomado cineasta Hayao Miyazaki.
disponíveis até às 20h de 7 de dezembro
Deu Samba; Unus: Nada Além Que o Ser; Bossa Nossa; Gianni Schicchi
Deu Samba (SP)
Caravana Tapioca
[duração aproximada: 2 minutos]
[livre para todos os públicos]
O que acontece quando um casal de artistas está em casa, com saudades de tocar e se apresentar?
Unus: Nada Além Que o Ser (SP)
Luana Albeniz e Jovanni Almeida
[duração aproximada: 5 minutos]
[livre para todos os públicos]
Ao som do músico russo Ilja Boldakow, a dupla circense Luana e Jovani encontra-se em figuras acrobáticas que necessitam de força, união, confiança e equilíbrio.
Bossa Nossa (RJ)
Fernando Filetto
[duração aproximada: 5 minutos]
[livre para todos os públicos]
Com o acontecimento da pandemia de covid-19, a CND e vários de seus ex-integrantes, unidos pela necessidade de continuar dançando, mesmo que isolados e separados por divisas nacionais e internacionais, recriaram a coreografia Águas de Março, fragmento do espetáculo Bossa Nossa de 2009, da coreógrafa Regina Sauer, aquecendo seus corações e alimentando esperanças que juntos, mas separados, podemos nos manter sadios através da arte e do respeito!
Gianni Schicchi (SP)
Ópera Estúdio Unicamp
[duração aproximada: 61 minutos]
[classificação indicativa: 12 anos]
A ópera cômica Gianni Scchichi do compositor italiano Giacomo Puccini, cantada em idioma original com legenda simultânea em português. Escrita em 1918 e baseada em uma passagem da Divina Comédia de Dante Alighieri, a ópera mostra de forma leve, divertida e através de belas melodias, as diferentes nuances das relações entre os membros de uma família tradicional italiana após a morte do tio rico, e as artimanhas que eles utilizam para se apossar da herança deixada por ele para a Igreja.
disponíveis até às 20h de 6 de dezembro
Sob a Lona em Movimento: Formação, Vínculos e Histórias a Partir da Vivência com o Circo
Sob a Lona em Movimento: Formação, Vínculos e Histórias a Partir da Vivência com o Circo
[duração aproximada: 60 minutos]
O circo é uma linguagem cênica que carrega a multiplicidade na sua essência. Sua existência secular, mutante e movente é complexificada, porosa e, como toda arte contemporânea, reinventa-se a cada dia. Nesta conversa, Galiana Brasil, gerente de Artes Cênicas do Itaú Cultural (IC), recebe três mulheres que atuam em diferentes lonas: Erminia Silva, Lívia Mattos e Fátima Pontes. Elas contam um pouco de suas vivências, tecendo juntas futuros possíveis para essa linguagem artística.
Números circenses
Vários artistas
[duração aproximada: 40 minutos]
[classificação indicativa: 12 anos]
Este material reúne 12 números circenses de artistas e circos de várias regiões do Brasil selecionados no edital de emergência Arte como Respiro | Artes Cênicas.
disponível até às 17h de 6 de dezembro
Vozes da Queda: Barbárie; O Abutre; Palavra de Stela
Vozes da Queda: Barbárie (BA)
Teatro da Queda
[duração aproximada: 3 minutos]
[livre para todos os públicos]
Da noite. Do dia. Do tempo. Assim é Barbárie, o décimo espetáculo fruto da parceria dos artistas Daniel Arcades e Thiago Romero. Barbárie estrearia em novembro de 2020 não fosse a pandemia de covid-19. O espetáculo performático conta com dez momentos em homenagem ao tempo e à ancestralidade diaspórica unindo palavra e imagem como uma homenagem sensorial. No trabalho, Barbárie, drag queen do artista Thiago Romero se encontra com as palavras poéticas de Daniel e a cultura oral prevalece em números que rasgam o papel e fazem um apelo à memória humana, à oralidade através do canto griot e da importância de escutarmos uns aos outros. Barbárie passeia pelas ruas, pelas matas e pelos ares neste espetáculo-sarau- performático-musical.
O Abutre (RJ)
Vinicius Soares, Dennis Pinheiro, Jessica Freitas, Karen Julia, Diego dos Anjos e Thiago Ramires
[duração aproximada: 15 minutos]
[classificação indicativa: 12 anos]
Diante de um prenúncio de caos, três pessoas refletem os ocorridos dos últimos tempos, sua relação com o trabalho e suas existências dentro de uma sociedade acometida por uma pandemia.
Palavra de Stela (SP)
CIC Produções Artísticas
[duração aproximada: 62 minutos]
[classificação indicativa: 14 anos]
O espetáculo solo Palavra de Stela traz para a cena Stela do Patrocínio, na figura de autora e de personagem. Diagnosticada como psicopata e esquizofrênica, com um histórico de mais de 30 anos em instituições psiquiátricas, Stela desenvolveu um discurso considerado de alto teor poético. Seu “falatório”, carregado de angústias, retrata a rotina manicomial à qual foi submetida durante seu isolamento e, sobretudo, revela sua visão da vida, do mundo e de si mesma. Preservando a intensidade e a emoção contidas nesse falatório, o roteiro e a direção concebidos e propostos por Elias Andreato para esta montagem privilegiam a interpretação da atriz Cleide Queiroz que, com sua presença cênica e potência vocal, dá voz e corpo à Stela do Patrocínio e ilumina o público com o brilho de suas falas.
disponíveis até às 20h de 5 de dezembro
Voz da Periferia; Danço Para Não Morrer de Tédio; Salve Ela! Carolina Maria de Jesus em Cena; Mercedes
Voz da Periferia (RJ)
Jaqueline Monteiro
[duração aproximada: 2 minutos]
[livre para todos os públicos]
O trabalho surgiu da vontade de expressão através da arte, da dança, da revolta política, de sensações mediante a notícia do início do isolamento, e todas as emoções que a artista sentia naquele momento. A coreografia foi feita em menos de 1 hora e gravada no mesmo dia. Tudo espontâneo e com muita verdade. Jaqueline Monteiro é mulher, negra, artista, periférica, empreendedora. O trabalho fala por si só. Pela música, coreografia, expressão corporal e facial, local e contextual.
Danço Para Não Morrer de Tédio (RN)
Mainá Santana e René Loui
[duração aproximada: 6 minutos]
[livre para todos os públicos]
Fragmentos de dança que se reorganizam por meio do encontro à distância, cotidianos recortados por memórias e pela instabilidade, costurados com uma dose de humor por dois corpos negros. Este vídeo é o segundo capítulo da websérie Plano de Abandono.
Salve Ela! Carolina Maria de Jesus em Cena: Expandindo a Cena (RJ)
Companhia Alternativa de Teatro
[duração aproximada: 17 minutos]
[livre para todos os públicos]
Duas cenas encenadas on-line a partir do espetáculo Salve Ela, Carolina Maria de Jesus em Cena, com dramaturgia e direção de Ribamar Ribeiro. Carolina. Este é seu nome. Negra e favelada. Escreveu um livro. E a partir daí toda a realidade difícil da favela é revelada. A voz dessa mulher ecoa para o mundo. E até hoje ela reverbera. O nome dela: Carolina Maria de Jesus. A escritora favelada. Com a Companhia Alternativa de Teatro.
Mercedes (RJ)
Cia. EMU de Teatro
[duração aproximada: 71 minutos]
[classificação indicativa: 12 anos]
Mercedes, espetáculo do Grupo Emú, celebra vida e obra da bailarina e coreógrafa Mercedes Baptista, um dos maiores ícones da cultura brasileira. A peça, através de artes integradas, aborda a vida da primeira bailarina negra a compor o corpo de baile do Theatro Municipal do Rio de Janeiro e principal precursora da dança afro-brasileira pelo mundo. O universo da ficção submete um retorno às expressões afro-brasileiras, através da apresentação de uma narrativa em torno da construção da identidade negra na dança brasileira, relatada por fatos reais e fictícios em torno da vida de Mercedes. A peça mergulha na história dessa personalidade, que atingiu lugar de prestígio no Brasil e no Mundo, a partir de uma visão poético-corporal das danças de matriz negra e folclóricas do Brasil.
disponíveis até às 20h de 4 de dezembro
Quaren.Tina; Número de Contorção com Gabriel Wallace; Sensitiva; Células Dançantes e Outras Coisas; Sr. Will
Quaren.Tina: o Cotidiano Isolado de Tina | episódio # 1 - O Sol da Manhã (SP)
Isabela Mariotto e Júlia Burnier
[duração aproximada: 30 segundos]
[livre para todos os públicos]
Tina revela começar seus dias de isolamento tomando sol.
Número de Contorção com Gabriel Wallace (MG)
Gabriel Wallace
[duração aproximada: 3 minutos]
[livre para todos os públicos]
O trabalho busca trazer equilíbrio e respiração, mas também a inquietude artística para o atual momento que estamos vivendo.
Sensitiva (SP)
Louisse Aldrigues
[duração aproximada: 4 minutos]
[livre para todos os públicos]
Sensitiva é um número de parada de mão que envolve fluidez e desperta a sensibilidade visual através da sincronia da coreografia e da técnica com a música.
Células Dançantes e Outras Coisas
Michael Stefferson
[duração aproximada: 10 minutos]
[livre para todos os públicos]
O breaking como fonte vocabular, aquilo que faz o breaking ser breaking. Na tentativa de inseri-lo em outra circunstância, a de atmosferas desdobradas pelos corpos que o atualizam ao desenvolver espaço poético singular. Produção cênica cujo tema é o questionamento se podemos dançar juntos a partir de um vocabulário individualizante do dançarino. Células Dançantes e Outras Coisas quer com o material ofertado pelo breaking é promover entendimento das possibilidades múltiplas das danças urbanas. O espetáculo aproveita esse cipoal de movimentos e gestos, e atualiza em corpos com repertório diferenciado e perspectiva revista pelas circunstâncias. Assim, desenvolver um ambiente cineticamente enformado.
Sr. Will (GO)
Giro8 Cia. de Dança
[duração aproximada: 55 minutos]
[livre para todos os públicos]
Por um lado, a explosão de estímulos proporcionados pelos meios eletrônicos; por outro, os mecanismos ocultos de controle social. Tudo no contemporâneo parece nos sequestrar da vida real para um outro tipo de experiência. Sr. Will leva à cena bailarinos e uma máquina manipulada e manipuladora para discutir como as relações humanas se constroem e se modificam neste contexto. Eis que o corpo, só ele, origem e fim da nossa humanidade, surge como um lugar de infinitas possibilidades e de descobertas reais. No palco, no ato desta arte transitória, no aqui e no agora, podemos observar a potência do corpo sensível. Os corpos e os encontros entre eles são tomados por uma mistura de afetos: sentimentais, estéticos, perceptivos e cognitivos. Com dramaturgia do espanhol Antonio Gómez Casas, coreografia de Joisy Amorim e trilha inédita de Cleyber Ribeiro, Sr. Will alerta para a necessidade de dar voz ao desejo, sem limitações ou preconceitos, de entregar-se ao universo dos sentidos e de libertar-se do que aprisiona e faz mal.
disponíveis até às 20h de 3 de dezembro.