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Entregar-se ao exercício inventivo pode ser, entre vários caminhos, construir um depois em palavras. Em momentos de incerteza coletiva, então, a potência do amanhã se faz ainda mais presente. Pensando nisso, o edital Arte como Respiro dedicado à literatura incentivou os participantes a imaginar a vida no pós-pandemia. De 12.982 inscritos, foram escolhidos 200 trabalhos, cujos autores representam 24 estados do país.

Dos selecionados, 25 são de Poesia Falada e 175 da categoria Escrita (minicontos e poemas) – sendo deste conjunto as obras que compõem este livro. Vale salientar ainda que este volume, intitulado Onde Caber, é o terceiro de uma série de cinco compilações, as quais,  a partir de prismas variados, convidam o leitor para o futuro. Ou melhor: para muitos futuros. 

Nos textos desta reunião, cada existência após o surto ocupa 800 caracteres e a cidade, o metrô, a areia, o canto da cigarra e do sabiá,  o tronco, o sonho, a sede comum. O viver cabe, como antes, em locais  de medidas calculadas e de tamanhos do infinito.

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Imagem mostra a escritora Jarid Arraes. Ela está posando com um fundo acinzentado, usa uma blusa escura com bolinhas brancas e apoia o rosto em uma das mãos. Ela usa óculos, tem cabelos escuros cacheados e está com batom. Jarid também tem algumas tatuagens nos braços.

Jarid Arraes, um certo alguém

“Faço o exercício de não pensar muito no futuro. Viver com a cabeça esticada para o amanhã pode causar uma dor danada”, diz a escritora
Foto em preto e branco da escritora Aline Bei. Plano americano. Ela está com um braço cruzado em frente ao corpo e o outro apoiado neste, com a mão cobrindo metade do rosto. Ela é branca, veste uma camiseta regata clara e tem cabelos no ombro. Ela sorri para a câmera.

Aline Bei, um certo alguém

“Uma mulher habitada por uma menina, uma atriz e uma escritora. Todas elas procuram, desesperadamente, a Poesia”, diz a escritora sobre si mesma