Tunga: conjunções magnéticas celebra a produção artística de Antônio José de Barros Carvalho e Mello Mourão (1952-2016), o Tunga. O artista, dono de um universo imaginativo único e de uma produção refinada, é figura emblemática das artes visuais do país.

A exposição, que entra em cartaz no sábado 11 de dezembro e tem curadoria de Paulo Venancio Filho e correalização do Instituto Tunga, propõe uma retrospectiva que apresenta a extensão da obra de Tunga em consonância com sua prática e sua poética plástica.

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Formado em arquitetura e urbanismo na década de 1970, Tunga dialogou com grandes nomes das artes contemporâneas, como Waltercio Caldas, Cildo Meireles, Sergio Camargo e Lygia Clark.

Desenhos, esculturas, objetos, instalações, vídeos e performances. A diversidade de suportes revela os seus múltiplos interesses, que percorriam diferentes áreas do conhecimento, como literatura, matemática, arte e filosofia. A pluralidade também se fez presente no uso de materiais. De maneira notável, Tunga explorou ímãs, vidro, feltro, borracha, dentes e ossos. Sua obra ganhou simbologia e presença, aproximando-o da produção artística em evidência no panorama internacional.

Fotografia colorida de Tunga, homem branco com cabelo grisalho, de calça vermelha, camisa branca, blazer preto e sapato marrom, em pé curvado para baixo desenhando no chão, Ao fundo uma de suas obras e do seu lado esquerdo um desenho.
Tunga (imagem: Gabi Carrera)

A partir da década de 1980, participou da Bienal de Veneza, teve quatro passagens pela Bienal internacional de São Paulo e esteve em mostras no Museu de Arte Moderna (MoMA), em Nova York, e na Whitechapel Gallery, em Londres. No Instituto Inhotim, em Minas Gerais, dois espaços destacam a obra do artista, a Galeria True Rouge (2002) e a Galeria Psicoativa (2012). Tunga foi o primeiro artista contemporâneo e o primeiro brasileiro a expor no Museu do Louvre, em Paris, em 2005.

Parte dessa extensa produção está em Tunga: conjunções magnéticas, que reúne aproximadamente 300 obras. Além do Itaú Cultural (IC), a mostra estende-se para o espaço do Instituto Tomie Ohtake, que recebe a escultura Gravitação magnética (1987) – cujos esboços ocupam o espaço de ambos os espaços culturais – e o filme-instalação Ão (1981).

Para complementar a exposição e convidar a um mergulho mais aprofundado na história de Tunga, durante a mostra serão publicados no YouTube do IC vídeos que reúnem depoimentos de Paulo Venancio Filho (curador da exposição), Fernando Santana (assistente de Tunga), Paulo Sérgio Duarte (curador e crítico de arte), Waltercio Caldas (artista), Gonçalo Mello Mourão (irmão de Tunga) e Lia Rodrigues (bailarina e coreógrafa) e que tratam de temas como quem foi Tunga, a energia da conjunção, suas inspirações, seu processo criativo e a variedade de suportes e materiais em seu trabalho.

Visitas

Visando à retomada segura das atividades para conter o avanço da pandemia de covid-19, é necessário apresentar comprovante de vacinação para ingressar na sede do Itaú Cultural. Saiba mais.

Tunga: conjunções magnéticas
abertura sábado 11 de dezembro de 2021

visitação até domingo 10 de abril de 2022

Itaú Cultural
Avenida Paulista, 149, Paraíso – São Paulo/SP
terça a sábado 11h às 20h
domingo 11h às 19h

piso 1, -1 e -2

Instituto Tomie Ohtake
Avenida Brigadeiro Faria Lima, 201, Pinheiros – São Paulo (entrada pela Rua Coropés, 88)
terça a domingo 11h às 20h

entrada gratuita

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Sala de espaço expositivo, com paredes brancas onde instalações da obra Fúria estão espalhadas pelo espaço, feitas com galhos de madeira, motores elétricos e fios, ao fundo Diego de Los Camposveste calça e camisa preta e está de pé em frente a uma mesa de controle.

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