Artes cênicas encerra a quarta edição do Festival Arte como Respiro
14/12/2020 - 18:36
- apresentação
- programação
A quarta edição do Festival Arte como Respiro segue em exibição até o próximo dia 21 de dezembro. Desde 11 de novembro, foram apresentados mais de 400 artistas nas áreas de artes visuais, música, literatura, audiovisual e poesia surda, além de cênicas.
Nessa última semana de programação, de quarta (16) a domingo (20), sempre às 20h, assista a espetáculos teatrais, circenses e de dança e a performances gratuitamente no site do Itaú Cultural (IC).
Os detalhes dos eventos desta semana podem ser vistos na aba programação – acesse aqui.
Mas, atenção, os trabalhos ficam disponíveis por apenas 24 horas, a partir do momento de sua disponibilização.
Festival Arte como Respiro 4ª edição exibe mais de 400 artistas
domingo 20 de dezembro de 2020, às 20h
Nossos Mortos: Arquivos Desarquivados (CE)
Teatro Máquina
[duração aproximada: 16 minutos]
[classificação indicativa: 12 anos]
Abril de 2020. Longe da sala de ensaio, seis artistas de teatro procuram por plataformas virtuais que permitam abrir janelas simultâneas. Cada um, de sua casa, trabalha para propor um novo olhar sobre Nossos Mortos, espetáculo estreado em abril de 2018 e que parte do massacre do Caldeirão da Santa Cruz do Deserto, na intenção de desenterrar, através do grito de Antígona, uma das inúmeras histórias brasileiras silenciadas. É pelo corpo tornado voz e pelos documentos do processo criativo que os artistas encontram uma forma de se engajar criativamente sem estarem juntos. Esta é uma tentativa de descobrir até onde o teatro sobrevive fora do teatro.
Carta Corpo (SP)
David Costa
[duração aproximada: 4 minutos]
[livre para todos os públicos]
Carta Corpo surge do desejo de conectar ainda mais os artistas da dança e criar novas perspectivas e futuros para enfrentar a pandemia de coronavírus. A ideia é que bailarinos e bailarinas criem uma rede de dança virtual através da montagem e edição de vídeos gravados na casa de cada artista, formando uma ilusão de plano sequência, em que o movimento de um tem continuidade no movimento do outro. A virtualidade será o fio que une os artistas e os dispositivos móveis ou computadores o suporte de exibição. A busca é por dar um novo significado a esse momento de isolamento e entender que, apesar do distanciamento, seguimos conectados por nossos sonhos e movimentos.
O Espirro, a Epifania (SP)
Ateliê Fomenta
[duração aproximada: 3 minutos]
[livre para todos os públicos]
O que faz o corpo isolado que a mente cria? Na mistura de poesia, dança e ilustração, guia-se uma narrativa epifânica. A dança, criação de Luaa Gabanini, se dá a partir dos movimentos que cabem em 1 m3, tendo como referência a janela e a mesa presentes no espaço cênico.
Coragem (SP)
Jéssica Lígia
[duração aproximada: 2 minutos]
[livre para todos os públicos]
Coragem é uma produção do coletivo Subtexto. O filme é um experimento performático em videopoesia que mistura escrita, imagens produzidas à distância e edição. Coragem poderia ser chamado também “Eu Não Vou Voltar” – um recado de todos os artistas que estão longe de suas cidades, batalhando e construindo suas carreiras.
Desgoverno (RJ)
Desgoverno
[duração aproximada: 5 minutos]
[livre para todos os públicos]
A beira do abismo, o corpo selvagem grita – nervo chicote de emoções. Narrativas pretas se entrelaçam entre sobras e ausências, enquanto um pequeno bando de piratas se movimenta. Pessoa, animal e governo em descontrole.
As Gaivotas que Nascem dos Tremores da Terra (SP)
Camila Mota e Cafira Zoé
[duração aproximada: 15 minutos]
[classificação indicativa: 14 anos]
As Gaivotas que Nascem dos Tremores da Terra é uma cena-poema-visual, um pequeno pulso teatral em circuito de planos-ruídos-elétricos. Um exercício de dramaturgia que põe em diálogo A Gaivota, de Tchecov, e Os Sertões, de Euclides da Cunha, além de “Notícias do Centro da Terra”, conto de ficção de Cafira Zoé. Os fios dessas dramaturgias colocam em cena a Terra, o planeta, o organismo vivo, atentando à dimensão cosmopolítica das existências. Dedicado à gaivota Cacilda Becker.
Matéria Escura
Cena 11
[duração aproximada: 17 minutos]
[classificação indicativa: 12 anos]
A obra apresenta recortes de vídeo captados e compartilhados pelos integrantes do Cena 11, reunindo todos em um trabalho à distância. Integram-se ao vídeo, textos e frames de vídeo criados para o espetáculo Matéria Escura, com estreia prevista para 2021.
disponíveis até as 20h de 21 de dezembro
sábado 19 de dezembro de 2020, às 20h
Quaren.Tina: o Cotidiano Isolado de Tina | episódio # 5 – Você Não Está Só (SP)
Isabela Mariotto e Júlia Burnier
[duração aproximada: 1 minuto]
[livre para todos os públicos]
Tina revela qual é a melhor companhia durante a quarentena.
Nada Falta (PE)
Diogo Luna
[duração aproximada: 6 minutos]
[livre para todos os públicos]
Dançar o vazio como se dança a vida. Habitar os espaços cotidianos que esquecemos. Tocar o ar desde o pulmão. Abrir os braços como se respira asas. Deixar o vento fluir vertigens em nossos corações. Girar o mundo até dobrar o tempo. Olhar para as árvores como se vê sabedoria. Algo que lá está, basta deixar ser. Reconhecer-se criança quando a pele enruga. Despejar sorrisos em feixes de sol. Remoer a terra escavando passados. E encontrar-se com o presente como seu único futuro. Nada Falta parece apontar mínimos gestos que tragam poesia para um tempo de solidão. Reaprender a se conectar com o que está, e não com o que falta. Dançar com cada canto da casa. Valorizar a presença da natureza em nosso mundo. Deixar o vazio dos dias tocar nosso íntimo e permitir-se transformar para outro mundo que vem. Uma provocação artística para o humano condicionado a um cotidiano exacerbado de funções e sensações. Um corpo que já estava além de si e que também coloca a natureza no limite de sua existência, chegando-lhe como um sopro no ouvido do outro, um convite para cultivo de outros tempos internos e outras éticas externas. Saber que essa natureza corpo que habitamos é o que nos sustenta. Nutrir a vida que nos habita.
Estado de Fazenda ou Poética do Despenhadeiro (SP)
Salloma Salomão
[duração aproximada: 8 minutos]
[livre para todos os públicos]
“A quarentena de 2020 nos levou a várias paragens mentais, ante a total restrição de mobilidade. Nosso ânimo mudou ao longo dos dias e também nossa capacidade produtiva. Medo, tristeza, desesperança e desejos de porvir se alternaram. Principalmente leituras e publicações nas redes sociais, num primeiro momento, forneceram companhias e alento. As interpretações cotidianas da realidade mostraram com mais nitidez os abismos, os limites e assombros. Mas, de alguma forma se pressupunha que, ao fim de todo caos, haveria na arte algum remédio. Sentimentos conflitantes sobre as melhores decisões a tomar diante de tal situação. Em todas as derivas possíveis buscava uma compreensão do tempo presente e Lima Barreto se aproximou. Veio falar de sua experiência num Brasil refém de militares corruptos, elites brancas perniciosas e promessas adiadas de igualdade. Entre as publicações na rede social, um agônico futuro. As leituras e brincadeiras com amigos virtuais que brotou da urgência. Vislumbres da arte sem fronteiras e sem catalogação fácil e derradeira em termos de linguagem. Ao acionar amigxs presentes na rede, quis tocá-lxs com o germe do pensamento de Barreto. Uma consciência tensa sobre nossa condição quase permanente nessa sociedade e ao mesmo tempo, os mananciais criativos que ofertamos ao mundo desde um tempo imemorial.”
Meus Cabelos de Baobá (RJ)
Fernanda Dias
[duração aproximada: 41 minutos]
[classificação indicativa: 14 anos]
Inspirada no caráter cíclico das mitologias africanas, a história se desenvolve em torno de Dandaluanda. Ao se deparar com episódios nefrálgicos na infância, a menina fantasia um diálogo com o Baobá e é correspondida. A magia que emana da árvore de origem africana invade a cena e faz com que Dandaluanda, agora como mulher também alimentada pela sua ancestralidade, valorize sua identidade negra e a torne rainha. Como um “Sankofa”, pássaro que busca no passado alimento para se transformar no futuro. A árvore milenar de galhos compridos e raízes fortes é a referência de suas ancestrais femininas, ensinou-lhes valores africanos que serviram como antídotos que faz Dandaluanda despertar para uma nova vida, primeiro como menina; em seguida, como mulher e, finalmente, como rainha.
disponíveis até as 20h de 20 de dezembro
sexta 18 de dezembro de 2020, às 20h
Quaren.Tina: o Cotidiano Isolado de Tina | episódio # 4 - Lavando a alma (SP)
Isabela Mariotto e Júlia Burnier
[duração aproximada: 35 segundos]
[livre para todos os públicos]
Tina estimula seus seguidores a lavarem louça, comparando essa atividade doméstica a uma sessão de terapia.
Solitude: Poesia em Movimento – Reencontro (DF)
Bárbara Campos
[duração aproximada: 5 minutos]
[classificação indicativa: 12 anos]
Durante o momento de reclusão, os sentimentos afloram e a necessidade de se redescobrir torna-se intensa. O projeto de videodança Solitude: Poesia em Movimento explora as diferentes sensações proporcionadas pelos momentos de solidão e experiencia os espaços limitados de um apartamento. A bailarina trabalha movimentos e expressões, representando a inquietação do corpo e da mente, a sensação de ausência e distanciamento e o reencontro com seu eu. Os vídeos se entrelaçam com poemas de autoria da idealizadora do trabalho e que foram escritos no período de isolamento. O poema inspirador do projeto é intitulado “Amor em Tempos de Quarentena”.
Cartas Para um Novo Mundo (SP)
Hellen Audrey
[duração aproximada: 20 minutos]
[livre para todos os públicos]
Cinco cartas, cinco temas e um mundo em transição. Cartas Para um Novo Mundo são pequenos vídeos-dança inspirados em cartografias corporais como possíveis diálogos acerca de um mundo em momento de transições. As cinco cartas – cinco vídeos – foram construídas durante o período de quarentena, na casa da própria artista, e são inspiradas livremente na leitura do livro 21 Lições Para o Século 21, do historiador e pensador contemporâneo israelense Yuval Noah Harari.
Galáxias (RJ)
Polifônica Cia.
[duração aproximada: 95 minutos]
[classificação indicativa: 12 anos]
Galáxias articula escritos inéditos do diretor Luiz Felipe Reis com textos do escritor argentino J.P. Zooey. A montagem dá sequência a uma investigação artística iniciada em 2015 com o experimento cênico-científico “Estamos Indo Embora...”, focada no tema do Antropoceno e nos impactos humanos na Terra: desequilíbrio climático, aquecimento global, extinção em massa de espécies e outros. Galáxias observa criticamente o modo como a humanidade, ao longo dos tempos, reage às condições de sua existência em meio às forças da Terra e do Cosmos. De que modo temos respondido à fragilidade e à finitude da vida, à ausência de controle ou domínio sobre a existência, ou à insignificância da vida humana diante das manifestações do Cosmos?
disponíveis até as 20h de 19 de dezembro
quinta 17 de dezembro de 2020, às 20h
Quaren.Tina: o Cotidiano Isolado de Tina | episódio # 3 – Quem Dança Seus Males Espanta (SP)
Isabela Mariotto e Júlia Burnier
[duração aproximada: 1 minuto]
[livre para todos os públicos]
Enquanto profissional das artes da cena, Tina lança o desafio da “Lagarta Autônoma” para seus seguidores.
Quarenteno (TO)
Fernando Faleiro
[duração aproximada: 2 minutos]
[livre para todos os públicos]
Quarentena. Casa. Café. Tempo. Muito tempo. Amigo. Amigo? Eu. Quarenteno.
Solitude: Poesia em Movimento – Ausência (DF)
Bárbara Campos
[duração aproximada: 5 minutos]
[livre para todos os públicos]
Durante o momento de reclusão, os sentimentos afloram e a necessidade de se redescobrir torna-se intensa. O projeto de videodança Solitude: Poesia em Movimento explora as diferentes sensações proporcionadas pelos momentos de solidão e experiencia os espaços limitados de um apartamento. A bailarina trabalha movimentos e expressões, representando a inquietação do corpo e da mente, a sensação de ausência e distanciamento e o reencontro com seu eu. Os vídeos se entrelaçam com poemas de autoria da idealizadora do trabalho e que foram escritos no período de isolamento. O poema inspirador do projeto é intitulado “Amor em Tempos de Quarentena”.
Bocas (SP)
Nathália Fiuza
[duração aproximada: 6 minutos]
[livre para todos os públicos]
O projeto Bocas é pensado como uma forma de transbordamento do corpo pela boca. A boca que fala, que sente, degusta, ama, julga e é julgada. Pela boca vermelha, se transborda sentimentos de um corpo inteiro, um corpo feminino, um corpo que se relaciona com a boca. O projeto se concretiza em três performances: “Palavra”, “Amarração” e “Da Mesma Carne”.
Zabeidas, Trolas, Pimoras, Gripas (RJ)
Warley Goulart
[duração aproximada: 17 minutos]
[livre para todos os públicos]
Zabeidas, Trolas, Pimoras, Gripas é uma narração oral cênica de um conto da tradição sufi. Idealizada e protagonizada por contadores de histórias de diferentes cidades, esta ação é o primeiro fruto do projeto de investigação cênica Cada Um no Seu Quadrado, inaugurado no dia 18 de março de 2020, início da quarentena da covid-19 no Brasil. Impossibilitados de trabalhar de forma presencial, os artistas passaram a se reunir virtualmente a fim de experimentar um processo criativo à distância. Pesquisadores nas práticas de oralidade, decidiram então investigar a relação entre a estrutura de contos de tradição oral e as possibilidades criativas dos aplicativos de videoconferência. A versão final da narrativa nasceu da improvisação, em tempo real, de cada artista, a partir dos recontos publicados por Idries Shah e Regina Machado.
Ensaio Para Ouvir Vozes Além de Quatro Paredes (CE)
Joaquina Carlos
[duração aproximada: 25 minutos]
[livre para todos os públicos]
Maria Beatriz narra a história do Cadeirão da Santa Cruz do Deserto, comunidade fundada, em 1926, pelo líder beato José Lourenço na cidade do Crato, Ceará, e destruída em 1936. Como remanescente do povoado, compartilha lembranças e experiências.
O Jardim (RJ)
Márcio Gonçalves
[duração aproximada: 37 minutos]
[livre para todos os públicos]
O Jardim reúne três contos do dramaturgo irlandês Oscar Wilde. Os contos fazem referência ao individualismo, à vaidade, às manipulações e à exploração do “homem pelo homem”. Provocando no espectador uma reflexão sobre seu comportamento na sociedade atual. Em cena, Márcio Gonçalves interpreta os contos de Oscar Wilde através de uma figura ancestral, presente no imaginário de inúmeras gerações ao longo da história: o contador de histórias.
disponíveis até as 20h de 18 de dezembro
quarta 16 de dezembro de 2020, às 20h
Quaren.Tina: o Cotidiano Isolado de Tina | episódio #2 – Brincando com as Palavras (SP)
Isabela Mariotto e Júlia Burnier
[duração aproximada: 50 segundos]
[livre para todos os públicos]
Tina conclama seus seguidores a escreverem poemas, contos ou romances durante a quarentena.
Solitude: Poesia em Movimento – Inquietação (SP)
Bárbara Campos
[duração aproximada: 5 minutos]
[livre para todos os públicos]
Durante o momento de reclusão, os sentimentos afloram e a necessidade de se redescobrir torna-se intensa. O projeto de videodança Solitude: Poesia em Movimento explora as diferentes sensações proporcionadas pelos momentos de solidão e experiencia os espaços limitados de um apartamento. A bailarina trabalha movimentos e expressões, representando a inquietação do corpo e da mente, a sensação de ausência e distanciamento e o reencontro com seu eu. Os vídeos se entrelaçam com poemas de autoria da idealizadora do trabalho e que foram escritos no período de isolamento. O poema inspirador do projeto é intitulado “Amor em Tempos de Quarentena”.
Pato (AM)
Gabriela Lima Morhyia
[duração aproximada: 10 minutos]
[classificação indicativa: 12 anos]
Pato é uma criação de olhos abertos. Para entrar nesse mundo paralelo, é preciso paciência e atenção, ter cuidado onde pisa, onde toca. Devagar, vai entender que precisa de espaço entre você e um ponto amarelo. É um mundo colorido de azul que você vai entrando aos poucos como se fosse uma tecla enter. Sobre o trabalho, a artista diz: “O autista na pandemia tirado de sua rotina é algo desesperador, e nessa pequena cena mostrei um pouco desse sentimento de ser tirado da sua zona que o deixa seguro, vivendo de perto as crises que vêm e passam”.
O Quarto (RO)
Rafael da Silva Barros
[duração aproximada: 18 minutos]
[livre para todos os públicos]
Fragmentos de microcontos que tecem linhas de vida(s) de um ser-persona que coleciona memórias e as partilha. Guardião limiar de afetos e efeitos. A obra é uma pesquisa e imersão dentro da Colônia Juliano Moreira e Museu Bispo do Rosário, resultando em uma experiência cênica que traz para perto sensações, histórias e silêncios.
Quarentena Poética
Tarcila Tanhã
[livre para todos os públicos]
Quarentena Poética possui 10 episódios de curtas-poéticos que têm como ponto de partida o isolamento social e os sentimentos causados por essa condição: medo, solidão e fé. Cada vídeo equivale a um dia de confinamento e podem ser assistidos na ordem de preferência dos espectadores.
Euforia (RJ)
Michel Blois
[duração aproximada: 54 minutos]
[classificação indicativa: 12 anos]
Dividida em dois solos, um idoso e uma cadeirante, a peça trata do desejo. Um desabafo de personagens que socialmente são olhados como seres assexuados, invisíveis aos olhos do prazer comum.
disponíveis até as 20h de 17 de dezembro