Poeta em imagens propõe que autores se apresentem de maneira não convencional, por meio de fotografias, desenhos ou do que sua criatividade permitir, e comentem essas escolhas. Acesse também a publicação no Instagram do IC.

Um objeto companheiro

Fotografia colorida quadrada mostra uma mesa de madeira com uma fotografia no centro, também quadrada, de um lápis de duas pontas sobre um fundo branco. Nas laterais direita inferior e esquerdas superior e inferior há recortes de outros papéis brancos com informações que não conseguimos ver direito.
(imagem: Francisco Mallmann)

Qual é a função desse objeto na sua vida?

Um lápis de duas pontas. Quase como um convite inescapável. Função: furar o vício do apagamento. Escrever dos dois lados. Apontar: também dos dois. Deixar que se encontrem as pontas. Até lá: gastá-las.

Um poema especial

Fotografia colorida quadrada mostra uma mesa de madeira com um papel branco no centro, também quadrado, em que está escrito Por qué seremos tan hermosas, Néstor Perlongher. Nas laterais direita inferior e esquerdas superior e inferior há recortes de outros papéis brancos com informações que não conseguimos ver direito.
(imagem: Francisco Mallmann)

Por que esse poema?

Gosto de uma ideia de multiplicidade, da escrita no feminino. da pergunta. Esse poema porque: multidão-pergunta-feminino. Uma existência marica na América do Sul, desvendando outras existências maricas (im)possíveis.

Autorretrato

Fotografia colorida quadrada mostra uma mesa de madeira com um papel branco no centro, também quadrado, com uma fotografia de uma trança. Nas laterais direita inferior e esquerdas superior e inferior há recortes de outros papéis brancos com informações que não conseguimos ver direito.
(imagem: Francisco Mallmann)

Uma mentira e uma verdade sobre você, sem revelar qual é qual.

Sol em libra, tenho tudo programado.

O que é poesia para você?

Fotografia colorida quadrada mostra uma mesa de madeira com um papel branco no centro, também quadrado, em que está escrito Não há reconciliação possível. Nas laterais direita inferior e esquerdas superior e inferior há recortes de outros papéis brancos com informações que não conseguimos ver direito.
(imagem: Francisco Mallmann)

O que é poesia?

Não sei o que é, em definitivo, a poesia. Sei o que ela pode ser, transitoriamente: uma maneira de reunir as fúrias, encontrar as irmãs, criar corpo-comum, viver juntas, elaborar um plano de ação, sonhar o que virá. Um jeito de enganar o desencanto.

Veja também
Fotografia horizontal colorida mostra duas pessoas da cintura para cima se abraçando. À direita, uma mulher negra com cabelo preto trançado e raízes brancas, com brinco de ouro e vestindo uma blusa florida branca e azul marinho. Ela está de olhos fechados e apoia seu rosto no ombro da outra pessoa. A pessoa da esquerda também é negra e tem rosto e corpo cobertos por uma longa peruca de palha, que forma um coque em cima da cabeça e tem algumas contas presas nela. Ao fundo há vegetação.

Inventário: Saudade

Nesta nova coluna mensal, dois fotógrafos recebem uma palavra e são convidados a transformá-la em imagem e texto
Fotografia colorida de uma praça com um cenário amarelo e quem está pendurado o escrito Cheers (significa saúde em inglês, para brindes) e estrelas prateadas. Há duas pessoas sentadas, um homem e uma mulher, conversando. Há outras cadeiras e bancos com almofadas no espaço. O piso é cor de rosa pastel e no fundo há palmeiras.

Inventário: Rotina

Neste mês, Camila Svenson e Lucas Cordeiro transformam a “rotina” em imagem e texto